13 anos sem a ‘Rainha da TV Brasileira’; relembre a trajetória de Hebe Camargo

Há 13 anos, no dia 29 de setembro de 2012, o Brasil se despedia de Hebe Camargo. A apresentadora, que morreu aos 83 anos vítima de câncer no peritônio, deixou um legado marcante na televisão brasileira. A seguir, o Flipar relembra a sua trajetória!

Crédito: Sergio Savarese/Wikimédia Commons

Hebe Maria Monteiro de Camargo Ravagnani nasceu em 8 de março de 1929, em Taubaté, no interior de São Paulo, filha de Esther Magalhães de Camargo e Sigesfredo Monteiro de Camargo.

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Ela era a mais nova de sete irmãos e desde pequena conviveu com música. Seu pai, que conhecido como “Fêgo Camargo”, era músico de formação e fazia apresentações em festas, casamentos e recitais. Hebe o acompanhava nesses eventos.

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A sua infância foi modesta. Os seus estudos limitaram-se ao ciclo primário, mas cedo Hebe mostrou inclinação para o canto e para o palco.

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Em 1943, ela se mudou para a capital paulista junto com a família. Foi nessa época que começou a carreira de Hebe na Rádio Tupi, onde aos 15 anos participou do programa “Clube Papai Noel”. Ela também integrou grupos vocais com familiares e cantou sambas e boleros em boates.

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A década de 1950 marcou sua transição para a televisão e para gravações musicais. Na época, ela lançou seus primeiros compactos - “Oh! José” e “Quem Foi que Disse”. Também começou a trabalhar em emissoras de TV, participando de programas musicais.

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Em 1955 estreou “O Mundo é das Mulheres”, considerado um dos primeiros programas femininos da televisão brasileira. Hebe ficou conhecida pela voz, presença, carisma, forma de conduzir entrevistas e pelos temas que aceitava trazer ao público.

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No mesmo período, Hebe tornou-se figura ativa na música e no entretenimento mais amplo, inclusive com discos e aparições em programas variados.

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Nos anos 1960, ela se afastou temporariamente da televisão para se dedicar à maternidade - seu filho Marcello, fruto da relação com o primeiro marido, nasceu em 1965.

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Em 1966, ela estreou o programa “Hebe”, na RecordTV. A atração foi decisiva para fixar seu nome nacionalmente, tanto como apresentadora de entrevistas quanto como personalidade influente da cultura popular.

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Nas décadas seguintes, Hebe viveu altos e baixos, mas nunca deixou de estar presente no cenário televisivo. Seu programa “Hebe” passou por diversas emissoras: RecordTV, Rede Tupi, Bandeirantes, SBT e, por fim, RedeTV!.

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Ele foi ao ar por décadas, mudando dias, horários, cenários, mas sempre mantendo sua característica de acolhimento, conversas pessoais, convidados variados e também polêmica e espontaneidade.

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Uma marca registrada da carreira de Hebe Camargo foi a tradição dos “selinhos” que dava em seus convidados.

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A tradição do “selinho” de Hebe teve início em 1997, durante uma edição de seu programa no SBT. Naquele dia, enquanto a apresentadora se divertia no palco cantando e dançando ao lado do grupo vocal Três do Rio, foi surpreendida pela cantora Rita Lee, que entrou em cena usando cartola e jaqueta de couro.

Crédito: Reprodução de vídeo SBT

De forma inesperada e bem-humorada, Rita aproximou-se e deu um beijo nos lábios da apresentadora. O gesto inaugurou uma marca registrada na trajetória de Hebe. A partir dali, ela seria repetida com inúmeros convidados ao longo dos anos.

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Além do trabalho em televisão, Hebe também participou de cinema, novelas, musicais, lançou discos, gravou músicas, fez publicidade, investiu em licenças de produtos com sua marca e acumulou fortuna considerável ao longo dos anos.

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No campo pessoal, Hebe teve dois casamentos. A primeira união foi com Décio Capuano, com quem teve seu filho Marcello. Depois, esteve junto com Lélio Ravagnani, com quem viveu muitos anos até a morte dele em 2000.

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Nos últimos anos de vida, Hebe enfrentou graves questões de saúde. Ela descobriu um tumor raro no peritônio em 2010 e precisou passar por cirurgia e sessões de quimioterapia, com períodos de internação, mas continuou trabalhando até pouco tempo antes de sua morte.

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Após sua morte, ela recebeu muitas homenagens: seu corpo foi velado no Palácio dos Bandeirantes e enterrado no cemitério Gethsemani.

Crédito: Sergio Savarese/Wikimédia Commons

O nome de Hebe Camargo batizou avenidas e espaços culturais. Além disso, peças de teatro, filmes, exposições posteriores relembram sua vida e seu papel na cultura brasileira.

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