Há 33 anos, o mundo perdia o ator Anthony Perkins. Eternizado por sua performance como Norman Bates no clássico de terror "Psicose" (1960), dirigido por Alfred Hitchcock, ele morreu em 12/09/1992, aos 60 anos, vítima de complicações da AIDS.
Perkins redefiniu o terror psicológico com uma atuação que marcou gerações. O personagem foi tão impactante que ele o reprisou em "Psicose 2" (1983) e "Psicose 3" (1986), tornando-se inseparável da figura do vilão perturbado.
Crédito: DivulgaçãoSeu legado permanece vivo, não apenas como ator, mas como símbolo de resistência e sensibilidade em uma Hollywood que pouco aceitava vulnerabilidades. Sua frase final, deixada em um comunicado antes de morrer, resume sua jornada.
Crédito: Wikimedia Commons / Allan Warren“Aprendi mais sobre o amor e a compreensão humana com aqueles que encontrei no mundo da AIDS do que no mundo cruel da rivalidade em que passei minha vida", escreveu Anthony Perkins.
Crédito:Desde 1988, a AIDS tem sido lembrada anualmente, com data específica (1 de dezembro), que serve para alertar sobre riscos e defender a prevenção.
Crédito: Imagem de FranckinJapan por PixabayA AIDS é a sigla (em inglês) da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. O HIV, Vírus da Imunodeficiência Humana, afeta as defesas do organismo e, geralmente, o portador morre de outras doenças, agravadas pela existência do HIV. A pessoa tem dificuldade de reação.
Crédito: Gerd Altmann pixabayA primeira morte ocorreu em 1957 no Congo, mas apenas anos depois, com análise de sangue preservado, foi possível saber que o paciente - um homem - teve o vírus. A AIDS só foi documentada em 1981. Nos anos 1980 e 90, houve uma grande incidência.
Crédito: Divulgação / ONU / UnaidsNo início, a doença era uma sentença de morte. O portador do HIV tinha poucos anos ou até mesmo alguns meses de vida.
Crédito: PRess Serbia - FlickrNa época, além dos efeitos colaterais, os pacientes tinham que tomar muitos medicamentos, às vezes dezenas. Hoje, são poucos e às vezes só um, com nenhum ou pouco efeito colateral. Um tratamento bem feito permite ao portador do HIV ter uma vida com poucas ou nenhuma limitação.
Crédito: plgstd01 - FlickrA maior forma de transmissão da doença é através do sexo. Assim, a principal forma de prevenção é a camisinha.
Crédito: Wheeler Cowperthwaite - FlickrO compartilhamento de seringas também é arriscado e pode transmitir o vírus.
Crédito: seringa k-e-k-u-l-é pixabayO leite materno infectado também pode transmitir a doença.
Crédito: Wilson Dias/Agência BrasilO HIV, uma vez dentro do corpo, age destruindo o nosso sistema imunológico. Assim, o portador do vírus fica suscetível a doenças "oportunistas' como tuberculose e pneumonia...e uma delas pode acabar levando o soropositivo à morte.
Crédito: plgstd01 - FlickrAté hoje, cerca de 40 milhões de pessoas morreram com Aids no mundo. Cerca de 35 milhões têm HIV. No Brasil, são cerca de 920 mil pessoas infectadas. Dessas, cerca de 95% não desenvolveram a doença, mas têm o vírus e o não transmitem, por conta de uma carga viral baixa.
Crédito: MasterTux por PixabayNo Brasil, um dos artistas que morreram no começo da epidemia de Aids foi o cantor Cazuza, em 1990, aos 32 anos. Estima-se que ele adquiriu o HIV em 1985 e logo desenvolveu a AIDS.
Crédito: YouTube / TVE-RSTambém cantor, Renato Russo, da Banda Legião Urbana, morreu de AIDS em 1996, aos 36 anos. Ele ficou sete anos com o vírus.
Crédito: YouTube / Canal Heliomar NascimentoEm 1993, a atriz Sandra Bréa assumiu que tinha HIV e virou ativista na área, dizendo que se trataria e morreria de outra coisa. Em 2000, ela não resistiu ao câncer. Em 1989, o ator Lauro Corona também morreu por conta da AIDS. Estima-se que ele adquiriu o vírus em 1985.
Crédito: Reprodução TV Globo e Reprodução Revista AmigaEm agosto de 1997, o sociólogo Betinho morreu com Aids, aos 61 anos. Ele e dois irmãos - o cartunista Henfil e o compositor Chico Mário - morreram após serem contaminados com o vírus HIV por transfusão de sangue, procedimento necessário, já que eles eram hemofílicos.
Crédito: Divulgação G1, Jolteste1234 - Flickr e IbasenaredeEm 1994, morreu a atriz Cláudia Magno, aos 35 anos. Ela ficou com os sintomas por cerca de um ano e namorou o ator Marcelo Ibrahim, que morreu com sintomas da AIDS, embora nunca tenha se confirmado que era portador do HIV. Ele faleceu em 1986, aos 24 anos.
Crédito: TV Globo ReproduçãoO ator Wagner Bello, o eterno Etevaldo de "Castelo Rá-tim-bum", faleceu em 1994, com 34 anos. Também ator, Paulo César Bacellar da Silva, o Paulette morreu em 93, aos 41 anos.
Crédito: Instagram @fredy_allan e Youtube Canal Eduardo CassianoFora do Brasil, um famoso que morreu de AIDS foi o cantor Freddie Mercury, em 1991, aos 45 anos. A imprensa começou a dizer que ele tinha a doença em 1986, mas ele só confirmou publicamente poucos dias antes de morrer, em 24/11/1991, aos 45 anos.
Crédito: Reprodução de vídeoO filósofo Michel Foucault morreu em 1984, aos 57 anos. Após a sua morte, o então companheiro Daniel Defert fundou a instituição de caridade AIDES.
Crédito: Fernando339 - FlickrHoje, é possível viver com o vírus de forma tranquila, com acompanhamento. O ex-jogador de basquete Magic Johnson, por exemplo, revelou ter o vírus em 1991. Passados 33 anos, ele mantém a saúde, segundo ele, acordando às 4h da madrugada e levando vida regrada. E defende a causa contra o preconceito.
Crédito: Twitter @MagicJohnsonOutro portador que fala abertamente da doença é o cantor Andy Bell, vocalista do dueto Erasure. Ele descobriu o HIV em 1998 e hoje a doença está controlada, sem ser transmissível.
Crédito: Facundo Gaisler - FlickrDono de cinco medalhas olímpicas, sendo quatro de ouro, o americano Greg Louganis tem HIV desde 1988, mas só revelou cerca de dez anos depois. Ele é um dos fenômenos dos saltos ornamentais e também exibe boa forma. Hoje, está com 63 anos.
Crédito: John Mathew Smith - Wikimédia CommonsO ator americano Charlie Sheen, conhecido mundialmente pelo papel de Charlie Harper em "Two And a Half Men", é outro que convive com o vírus, fala abertamente sobre isso e demonstra saúde. Em 2015, ele afirmou que descobriu o HIV em 2011.
Crédito: Instagram @charliesheenO cantor austríaco Thomas Neuwirth, mais conhecido pelo nome artístico de Conchita Wurst, revelou em 2018 ter o vírus. Ele conta ainda que está indetectável, ou seja, sem transmitir o vírus.
Crédito: Instagram @conchitawurst