Símbolo da Argentina desde o século XIX, o alfajor também se destaca no Brasil em algumas regiões. Afinal, a marca gaúcha Odara conquistou a medalha de bronze no Campeonato Mundial del Alfajor 2025, realizado em Buenos Aires, capital do país hermano.
Na quarta edição, o campeonato reuniu 120 marcas de 12 países e teve o intuito de celebrar a tradição e a diversidade de receitas do doce mais emblemático da América Latina.
Crédito: Reprodução de Instagram @ alfajoresodaraA marca gaúcha Odara medalhou na categoria de Melhor Alfajor Triplo do Mundo com seu produto mais vendido. O doce é recheado com dupla camada de doce de leite e coberto com chocolate meio amargo.
Crédito: Reprodução de Instagram @ alfajoresodara"Esse reconhecimento é mais do que uma medalha: é a prova de que o Brasil tem lugar de destaque na tradição do alfajor latino-americano", destacou Jeison Scheid, CMO da Odara.
Crédito: Reprodução de Instagram @ alfajoresodaraAlém do reconhecimento internacional, a Odara atingiu produção recorde de um milhão de unidades mensais, um ano após sua operação ser paralisada pela enchente histórica. Ela, no momento, tem mais de 10 mil pontos de venda pelo país.
Crédito: Reprodução de Instagram @ alfajoresodaraAcredita-se que a receita do alfajor tenha se originado com os árabes, que a introduziram na Península Ibérica durante a ocupação muçulmana por volta do século VIII.
Crédito: Reprodução de InstagramOriginalmente, o doce era feito com uma mistura de mel, amêndoas, nozes e pão ralado. Assim, o nome vem do árabe "al-hasú", que significa "recheado", e "al-fakhir", que quer dizer luxuoso.
Crédito: Reprodução de InstagramO doce se espalhou pela Espanha e, com o tempo, passou por diversas adaptações, mas manteve a base de dois biscoitos unidos por um recheio.
Crédito: Reprodução de InstagramDessa forma, a palavra "alfajor" foi documentada em dicionários espanhóis no século XIV, como uma variação da receita original.
Crédito: Julgon/Wikimédia CommonsEm sua história, o popular doce alfajor chegou à América Latina através da colonização e foi adaptado aos ingredientes locais.
Crédito: Silvio Tanaka/Wikimédia CommonsCom a colonização espanhola na América no século XVI, o alfajor não demorou muito para chegar aos países hispânicos, incluindo a Argentina. Entretanto, o doce passou a contar com diversas versões, variando conforme cada região do continente.
Crédito: ♥Melu♥Rogi♥ /Wikimédia CommonsNa Argentina, a versão com doce de leite se tornou a mais popular e um símbolo nacional, sendo produzida tanto artesanalmente quanto em escala industrial.
Crédito: Reprodução do Flickr Rafael ZanettePor lá, o químico francês Dr. Augusto Chammas é considerado o pioneiro na produção em massa do doce, fundando a primeira fábrica em 1869, o que impulsionou sua popularidade no país.
Crédito: Francisco B. Bautista, Jr/Wikimédia CommonsO primeiro alfajor argentino, no entanto, foi o "santafesino", criado em 1851, que possui três camadas de massa e cobertura de merengue.
Crédito: TitiNicola/Wikimédia CommonsContudo, no Brasil, a produção industrial de doces tem uma história diferente, com a influência inicial dos portugueses e o desenvolvimento posterior de indústrias nacionais de alimentos.
Crédito: Reprodução do Facebook Caminos y SaboresEntre essas indústrias, estão as de leite condensado e chocolate em pó, que impulsionaram doces tipicamente brasileiros como o brigadeiro.
Crédito: Reprodução do Flickr Marina ArvanitidouO alfajor Havanna vem da Argentina, onde a empresa foi fundada em 1947, em Mar del Plata. A marca é reconhecida mundialmente por exportar 10 milhões desses doces por ano.
Crédito: Reprodução do X @matiferO alfajor "gramadense" não tem uma origem histórica em Gramado, mas sim uma apropriação e adaptação local do doce. A produção está ligada ao desenvolvimento da indústria de chocolate artesanal na cidade.
Crédito: Divulgação