Arquiteto chinês morto em acidente aéreo no Pantanal era um dos mais renomados do mundo

A queda de um avião de pequeno porte na zona rural de Aquidauana, Mato Grosso do Sul, causou a morte de quatro pessoas. Foi no dia 23 de setembro.

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Segundo o Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) e o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), a aeronave não tinha autorização para transporte remunerado de passageiros.

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De acordo com informações do g1, a pista da fazenda só podia ser usada até as 17h39, porém o acidente aconteceu depois das 18h.

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A aeronave, um Cessna 175 fabricado em 1958, tinha autorização apenas para voo diurno por regras visuais (VFR Diurno) e não possuía equipamentos para voar à noite.

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Testemunhas relataram que, durante a tentativa de pouso, o avião arremeteu, desapareceu e caiu a cerca de 100 metros da pista, explodindo em seguida.

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O piloto e dono do avião, Marcelo Pereira de Barros, que morreu no acidente, já havia sido investigado na "Operação Ícaro", de 2019, por transporte irregular de passageiros.

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Na época, a mesma aeronave foi apreendida por documentação adulterada e certificado de aeronavegabilidade cancelado.

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Após três anos, a Justiça liberou o uso do avião apenas de forma particular, ou seja, sem autorização para serviços de táxi-aéreo.

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Além do piloto, morreram no acidente o renomado arquiteto chinês Kongjian Yu e os cineastas brasileiros Luiz Fernando Feres da Cunha Ferraz e Rubens Crispim Jr.

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Eles estavam na região para gravar um documentário sobre o conceito das "cidades-esponja", criado por Yu.

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O conceito busca integrar soluções naturais à infraestrutura urbana para absorver, limpar e reutilizar águas pluviais e fluviais com o intuito de evitar enchentes.

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A ideia surgiu depois da tragédia de Pequim em 2012, quando fortes chuvas mataram quase 80 pessoas.

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No mesmo período, a Cidade Proibida, que conta com um antigo e eficiente sistema de drenagem, permaneceu seca.

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Nascido em 1963 na província de Zhejiang, Kongjian Yu era considerado um dos maiores arquitetos e paisagistas do mundo.

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Ele era professor da Universidade de Pequim, fundador e diretor do escritório Turenscape, um dos maiores do mundo, e atuava como consultor do governo chinês.

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Com doutorado em Harvard, Yu projetou obras em mais de 70 cidades, tornando-as capazes de lidar melhor com enchentes.

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No dia 19 de setembro, o arquiteto ministrou uma palestra na Bienal de Arquitetura de São Paulo e falou sobre seus projetos.

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Conhecido como Luizão, Luiz Fernando Feres da Cunha Ferraz era natural de São Paulo e especializado em documentários.

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Seu trabalho mais recente foi a direção da série “Dossiê Chapecó: O Jogo por Trás da Tragédia”, sobre o acidente aéreo da Chapecoense. A produção foi indicada ao Emmy Internacional.

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Já Rubens Crispim Jr., também nascido em São Paulo, era documentarista, diretor de fotografia e produtor independente.

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Entre seus principais trabalhos, ele fundou a produtora Poseídos e desenvolveu projetos para canais como Discovery Channel, National Geographic, Arte 1, TV Globo e TV Cultura.

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