Arte, política e cultura: o legado de Di Cavalcanti, artista genial que foi preso duas vezes

No dia 26/10/2024 completaram-se 48 anos da morte do artista plástico Di Cavalcanti, um dos principais nomes do modernismo brasileiro, sendo reconhecido internacionalmente por suas gravuras. Veja a incrível carreira desse brasileiro.

Crédito: Arquivo Nacional/Wikimedia Commons

Di Cavalcanti, nome artístico de Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque Melo, nasceu no Rio de Janeiro em 6 de setembro de 1897.

Crédito: Imagem de Jose Antonio Núñez / Pixabay

Desde a infância, Di Cavalcanti demonstrou uma forte inclinação para as artes. Recebeu aulas de piano e, aos 11 anos, começou a tomar aulas, que viriam a lhe ajudar em seu dom com os pincéis.

Crédito: Imagem de Social Butterfly por Pixabay

Esse ambiente artístico, especialmente o contato com seu tio José do Patrocínio, um abolicionista proeminente, moldou sua sensibilidade artística.

Crédito: Michael Gaida - pixabay

Inicialmente, ele cursou Direito na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo, mas logo se voltou completamente para a carreira nas artes.

Crédito: USP/Wikimédia Commons

Em 1917, Di Cavalcanti teve sua primeira exposição, que foi um marco em sua trajetória, apresentando caricaturas que capturavam a vida cotidiana e os costumes brasileiros.

Crédito: Autor desconhecido/Wikimédia Commons

Sua habilidade como ilustrador foi reconhecida, e ele começou a trabalhar na revista Fon-Fon, ganhando notoriedade na cena cultural de São Paulo.

Crédito: Divulgação

A participação de Di Cavalcanti na Semana de Arte Moderna de 1922 foi fundamental para consolidar sua posição no cenário artístico brasileiro.

Crédito: Governo do estado de São Paulo/Wikimédia Commons

O evento, que buscava romper com as tradições acadêmicas e valorizar a cultura nacional, contou com a presença de outros artistas renomados, como Mário de Andrade e Oswald de Andrade.

Crédito: Arquivo Nacional/Wikimedia Commons

Durante a semana, Di Cavalcanti expôs 11 obras, que refletiam sua visão inovadora e seu compromisso com a arte moderna.

Crédito: Divulgação

Em 1923, Di Cavalcanti viajou para a Europa, onde teve a oportunidade de conhecer importantes vanguardas artísticas e artistas renomados, como Pablo Picasso (na foto) e Georges Braque. Essa experiência transformadora o influenciou para incorporar elementos cubistas e surrealistas em seu trabalho.

Crédito: Domínio público

Quando retornou ao Brasil em 1926, trouxe consigo novas perspectivas artísticas que enriqueceram sua produção. Assim, começou a abordar temas mais próximos à cultura brasileira, como o samba e a vida nas favelas.

Crédito: freepik

Sua capacidade de capturar a essência do povo brasileiro e suas vivências fez com que suas obras se tornassem muito populares.

Crédito: Reprodução Tv BAND

Na década de 1930, sua fama estava consolidada. Ele participou de exposições internacionais e fundou o Clube dos Artistas Modernos (CAM) em 1932, ao lado de outros artistas proeminentes.

Crédito: Divulgação

A década de 1930 também foi marcada por desafios políticos para Di Cavalcanti. Ele foi preso duas vezes: a primeira em 1932, durante a Revolução Constitucionalista, e a segunda em 1935, por sua filiação ao Partido Comunista do Brasil.

Crédito: pexels Jimmy Chan

Essas experiências de perseguição política o levaram a deixar o Brasil em 1935 e residir na Europa por cinco anos. Mesmo no exílio, continuou a produzir obras significativas.

Crédito: Arquivo Nacional/Wikimédia Commons

Ao retornar ao Brasil em 1940, trouxe consigo novas influências e continuou a explorar a condição humana e as questões sociais em suas gravuras. Sua obra nesse período é caracterizada pela forte presença de figuras femininas e pela crítica à arte abstrata, que começava a ganhar destaque.

Crédito: Reprodução TV BAND

A longa carreira de Di Cavalcanti resultou em uma vasta produção artística, com centenas de obras que são consideradas pilares da cultura brasileira.

Crédito: - Reprodução TV BAND

Faleceu aos 79 anos no Hospital da Beneficência Portuguesa, no Rio de Janeiro, enquanto estava internado tratando de uma crise renal.

Crédito: Reprodução TV BAND

Entre suas criações mais conhecidas estão "Samba" (1925), "Vênus" (1938) e "Ciganos" (1940), que expressam a vívida cultura nacional.

Crédito: Divulgação

Di Cavalcanti recebeu diversos prêmios e reconhecimentos ao longo de sua vida, incluindo menções em exposições internacionais.

Crédito: Reprodução TV BAND

Seu legado é celebrado até hoje, com suas obras expostas em importantes galerias e museus ao redor do mundo, como em Bruxelas, Paris, Londres e Amsterdã.

Crédito: Reprodução TV BAND