A HBO Max liberou o primeiro teaser da minissérie dramática “Ângela Diniz: Assassinada e Condenada”, com estreia prevista para novembro de 2025.
A produção revisita o caso da socialite Ângela Diniz, assassinada em 1976 pelo então companheiro Doca Street, em um crime que chocou o Brasil.
Crédito: Reprodução do Canal HBO Max BrasilA protagonista é interpretada por Marjorie Estiano, enquanto Emilio Dantas assume o papel de Doca Street.
Crédito: DivulgaçãoO roteiro da minissérie tem base no podcast “Praia dos Ossos”, da Rádio Novelo, que conta a história da socialite com detalhes.
Crédito: DivulgaçãoOutros nomes do elenco incluem Antônio Fagundes como o advogado e ex-ministro do STF Evandro Lins Silva; Thiago Lacerda como Ibrahim Sued; Camila Márdila interpretando Lulu Prado; e Yara de Novaes no papel de Maria Diniz.
Crédito: DivulgaçãoEm 2023, o caso foi tema do filme “Ângela”, estrelado por Isis Valverde e Gabriel Braga Nunes e com direção de Hugo Prata.
Crédito: DivulgaçãoÂngela Maria Fernandes Diniz nasceu na cidade mineira de Curvelo, em 1944.
Crédito: - Domínio Público/Wikimédia CommonsSocialite de destaque nos anos 1970, ela ganhou fama e notoriedade por seu estilo de vida livre, com comportamentos que contrariavam visões conservadoras da época, e por ser uma presença constante na alta sociedade brasileira.
Crédito: - Reprodução do Youtube Canal Rádio e TV JustiçaEla se casou aos 17 anos com o engenheiro Milton Villas Boas, com quem teve três filhos. A união durou nove anos.
Crédito: Reprodução do Youtube Canal Rádio e TV JustiçaQuando terminou o relacionamento, ela firmou o desquite, já que o divórcio não era permitido legalmente à época. Após o fim do casamento, ela manteve uma pensão e uma mansão em Belo Horizonte, mas perdeu a guarda dos filhos.
Crédito: Angela Diniz - Assassinato de Ângela Diniz, história da morte da socialite através de um crime opcorrido em dezembro de 1976 - Reprodução do Youtube Canal Rádio e TV JustiçaEm meados de 1976, ela se envolveu com o empresário Raul Fernando do Amaral Street, conhecido como Doca Street, com quem manteve relacionamento conturbado marcado por manifestações de ciúme e violência verbal por parte dele.
Crédito: Reprodução do Youtube Canal Rádio e TV JustiçaO assassinato de Ângela Diniz aconteceu na noite de 30 de dezembro de 1976, quando ela estava na casa de veraneio na Praia dos Ossos, em Búzios, com Doca Street.
Crédito: - Domínio Público/Wikimédia commonsApós uma briga, Doca saiu da casa, mas voltou pouco tempo depois. A discussão recomeçou, e ele acabou atirando à queima-roupa em Ângela: foram quatro tiros disparados com uma pistola Beretta - três no rosto e um na nuca.
Crédito: Reprodução do Youtube Canal Rádio e TV JustiçaDepois do crime, Doca fugiu, mas ele acabou se entregando às autoridades em 18 de janeiro de 1977.
Crédito: Domínio Público/Wikimédia CommonsO caso teve grande repercussão nacional. O assassinato acendeu debates sobre direitos e violência contra as mulheres feminina e impunidade.
Crédito: Domínio Público/Wikimédia CommonsNo primeiro julgamento, em 1979, a defesa de Doca Street usou a tese da “legítima defesa da honra”, alegando que Ângela teria provocado o namorado.
Crédito: Reprodução do Youtube Canal Rádio e TV JustiçaAssim, ele foi condenado a dois anos de prisão, com direito a sursis, a suspensão condicional da pena. Ou seja, não cumpriu pena de fato, por ser réu primário. Esse resultado provocou protestos públicos, com o slogan “Quem ama não mata”.
Crédito: Reprodução do Youtube Canal Rádio e TV JustiçaA pressão social, especialmente de movimentos feministas, levou a um novo julgamento em 1981, no qual Doca Street foi condenado a 15 anos de prisão. Esse segundo julgamento tornou-se um marco contra a justificativa de violência sob alegações emocionais ou de honra.
Crédito: Reprodução do Youtube Canal Rádio e TV JustiçaO assassinato de Ângela Diniz permanece como um símbolo importante na história do feminismo no Brasil. O caso é frequentemente citado em discussões sobre violência de gênero, cultura do machismo e impunidade para agressores.
Crédito: Reprodução do Youtube Canal Rádio e TV JustiçaTambém tem gerado produções culturais: séries, filmes, livros e podcasts que revisitam o episódio sob diferentes olhares - muitos deles destacando como o tratamento midiático e jurídico da época culpabilizou a vítima e naturalizou justificativas machistas.
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