Atenção com o Golpe do Vinho: Suco de uva, água e álcool na garrafa

Golpes envolvendo vinhos têm sido comuns por causa da valorização da bebida. Há casos até de interdições de estabelecimentos, como ocorreu em julho de 2024, quando o Ministério da Agricultura e a Polícia Civil do Paraná fecharam uma fábrica clandestina na região metropolitana de Curitiba.

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Os agentes encontraram 32 mil litros de vinho falsificado. Os golpistas rotulavam a bebida como “vinho colonial gaúcho”, que seria produzido em Caxias do Sul (RS), mas a bebida era uma mistura de suco, álcool e corante. O dono foi preso. O FLIPAR mostrou na ocasião.

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Outra preocupação nesse segmento é com a troca de rótulos. Por isso, pesquisadores criaram recentemente um sistema de inteligência artificial para detectar garrafas de vinho com rótulos trocados, usando análises químicas para rastrear a origem das bebidas.

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Segundo o professor Alexandre Pouget, da Universidade de Genebra, na Suíça, muitas pessoas que produzem bebidas em casa trocam os rótulos por marcas caras e vendem esses produtos caseiros por preços elevados.

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Graças à tecnologia, os cientistas conseguem rastrear desde a região de origem dos vinhos até a vinícola onde foram feitos.

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Elementos como a qualidade e tipo das uvas, solo, microclima e processo de vinificação são analisados pela IA para distinguir as bebidas.

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Em junho de 2023, jornalistas de TV da Bélgica armaram um esquema para provar que especialistas em vinho, eventualmente, podem se guiar pela fama dos rótulos para avaliar a qualidade da bebida.

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O grupo era do programa "On n'est pas des pigeons" ("Nós não somos pombos", na tradução), da RTBF. E o flagrante contou com um especialista em vinhos.

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A equipe pediu ajuda do prestigiado sommelier belga Eric Boschman para escolher um vinho barato no supermercado. O escolhido foi um vinho de 2,79 euros ( cerca de 17 reais).

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A equipe mudou o rótulo para que a garrafa do vinho parecesse ser de uma bebida renomada: Château du Colombier. O rótulo incluía a lista de ingredientes que normalmente aparece nos vinhos mais prestigiados.

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Os jornalistas pagaram 50 euros (cerca de 317 reais) para participar da degustação, como provadores amadores e, assim, influenciar o júri.

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O vinho alcançou 88 pontos numa escala máxima de 100 pontos. E os jurados ainda fizeram um elogio: "Paladar suave e rico, com aroma jovem e limpo que promete uma agradável complexidade".

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Portanto, um vinho de 17 reais recebeu ótima cotação na avaliação dos degustadores especializados no ramo. Como explicar?

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A única hipótese para que os sommeliers não tenham sido influenciados pelo charme do rótulo é a seguinte: o vinho de 17 reais é mesmo ótimo. Corram ao supermercado!

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O vinho é definido como a bebida produzida exclusivamente por fermentação parcial ou total de uvas frescas, inteiras ou esmagadas, ou de mostos.

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A constituição química das uvas permite que elas fermentem sem qualquer adição de açúcares, ácidos, enzimas ou outros nutrientes.

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A história do vinho remonta a 6.000 anos antes de Cristo, na região ocupada hoje por Geórgia, Irã e Turquia.

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Na Europa, o vinho era comum na Grécia e na Roma antigas. Fez parte do dia a dia dos moradores e foi retratado em muitas obras de arte como elemento associado, inclusive, à Mitologia.

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Os vinhos podem ser tintos, brancos, rosés e espumantes.

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O vinho tinto é produzido com uvas escuras, com longo contato com a casca da fruta. A diferença de tonalidade depende de tipo de fruto, do tempo e do método de envelhecimento.

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Essa fase de prensagem leva de 1 a 4 horas. Logo após, o mosto é colocado para iniciar a fermentação.

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Para melhorar o aroma do vinho, há recursos, como maceração a frio, utilização de enzimas e congelamento pré-fermentativo.

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Um bom vinho tinto pode melhorar muito suas características com o envelhecimento, desde que seja bem armazenado.

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Teoricamente, os sommeliers percebem cada detalhe e conseguem avaliar bem as bebidas. Mas a reportagem mostrou que surpresas acontecem.

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