Embora sejam objetos aparentemente simples, os cálices carregam consigo uma rica história e uma profunda simbologia que permeia diversas culturas e religiões ao longo dos séculos. Alguns são objetos de estudos longos, deixando cientistas intrigados.
Em 2018, a descoberta de um artefato romano, feita por arqueólogos da Universidade de Sheffield, na Inglaterra, movimentou o meio científico.
Crédito: divulgaçãoOs pesquisadores descobriram um cálice romano de 1.800 anos, conhecido como "Cálice Scremby", em um túmulo do século VI que fica no distrito de Lincolnshire, no leste do país britânico.
Crédito: Reprodução/European Journal of ArchaeologyO cálice, feito de liga de cobre esmaltado, mede 5,7 cm de altura e tem capacidade para cerca de 280 ml. Os pesquisadores acreditam que ele tenha sido importado da França no século III.
Crédito: reprodução/European Journal of ArchaeologySua superfície é decorada com característica do artesanato romano, como corações preenchidos com esmalte vermelho, água-marinha e azul profundo.
Crédito: reprodução/European Journal of ArchaeologyAlém do cálice, foram encontrados dois broches circulares e pulseiras no mesmo túmulo, que posteriormente descobriu-se ser de uma mulher. A posição do objeto deixou os cientistas intrigados: o cálice intacto estava próximo à cabeça da falecida, sugerindo um possível uso cerimonial ou ritual no enterro.
Crédito: wikimedia commons Tabitha LawrenceAnálises revelaram traços de gordura de porco crua no interior do cálice, indicando usos não culinários, possivelmente medicinais ou cerimoniais — existem evidências de textos bizantinos do século VI que mencionam o uso de gordura de porco para tratar infecções.
Crédito: Reprodução/European Journal of ArchaeologyAté hoje, os pesquisadores ainda investigam como um objeto romano foi incluído em um contexto funerário anglo-saxão, levantando duas hipóteses principais.
Crédito: Gerência de Pesquisa Arqueológica - Agnelo Queiroz DivulgaçãoUma das teorias indica que ele pode ter sido recuperado de um enterro romano mais antigo. A outra, que ele foi preservado como uma relíquia ou herança familiar.
Crédito: Gábor Bejó por PixabayA história de cálices pelo mundo é empolgante. Inicialmente, cálices eram usados como recipientes simples para beber, feitos de materiais como cerâmica, madeira ou pedra.
Crédito: freepikCom o tempo, sua forma e propósito evoluíram, tornando-se peças elaboradas e altamente significativas em diferentes contextos culturais e religiosos.
Crédito: Chico Lopez por PixabayNo cristianismo, o cálice adquiriu um significado ainda mais profundo, sendo associado à Paixão de Cristo e à Eucaristia.
Crédito: pexels MART PRODUCTIONO cálice utilizado por Jesus na Última Ceia tornou-se um dos símbolos mais importantes da fé cristã, representando o sangue de Cristo derramado pela redenção da humanidade.
Crédito: janeb13/PixabayFora do âmbito religioso, os cálices também aparecem como ícones de poder e status em diversas culturas.
Crédito: Kati Hoehl UnsplashNa Europa medieval, por exemplo, nobres e monarcas utilizavam cálices luxuosos em banquetes e celebrações, demonstrando riqueza e prestígio.
Crédito: freepikAlguns desses cálices tornaram-se verdadeiras obras de arte, frequentemente deixadas como herança ou expostas em museus.
Crédito: wikimedia commons Okapi07Além disso, o cálice possui uma aura mítica em lendas e histórias populares, sendo um dos exemplos mais famosos o Santo Graal, frequentemente associado à busca espiritual e ao misticismo.
Crédito: domínio públicoO Graal é descrito como o cálice usado por Cristo na Última Ceia, envolto em mistério e reverência ao longo dos séculos.
Crédito: autor desconhecido / domínio públicoNo hinduísmo, o cálice é utilizado em rituais de oferenda aos deuses e em cerimônias de casamento. No islamismo, é utilizado para beber água durante a oração e em outras cerimônias religiosas.
Crédito: freepikNa cultura popular, mesmo hoje em dia o cálice continua presente em filmes, livros e jogos, perpetuando sua importância simbólica.
Crédito: divulgação/warner bros.