No Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro, araras-canindé passaram a receber uma “comidinha caseira”. São frutas típicas da Mata Atlântica que as aves mal conheciam porque foram criadas ilegamente em cativeiro.
Entre essas frutas nativas que passam a compor o cardápio das araras estão pimenta‑de‑mato, guapixava, jerivá, juçara e araçá. Esta última é a que aparece na foto.
Crédito: 1978 at Portuguese WikipediaA meta é que as araras se habituem à alimentação natural dentro do projeto de repovoamento da espécie, que não era vista no RJ há 200 anos. Quatro foram resgatadas e passaram um ano num parque em Aparecida, em São Paulo, antes de irem para o Rio.
Crédito: Reprodução TV GloboAgora, estão num viveiro no Parque Nacional da Tijuca, para ambientação, até que possam ser soltas na natureza, até o fim de 2025.
Crédito: Reprodução TV GloboDas 4 araras, 3 são fêmeas e um é macho. Biólogos do Instituto Refauna explicaram que o parque tem todas as condições necessárias para que elas possam se reproduzir, aumentando o número de aves da espécie no Rio.
Crédito: Reprodução TV GloboAs araras-canindés são nativas da América do Sul e habitavam as florestas do Rio de Janeiro, até serem extintas da região por causa da caça ilegal.
Crédito: Reprodução TV GloboAlém da ambientação na floresta, as araras passam por um treinamento para que tenham aversão a pessoas. O objetivo é que elas nunca se aproximem, para que não corram riscos.
Crédito: Reprodução TV GloboEspécies da Mata Atlântica têm grande relevância ambiental no Brasil. E existem projetos de reintegração de aves que haviam sumido da natureza por causa da ação criminosa dos homens.
Crédito: Reprodução TV GloboUma recente ação integrada do Ibama com o Museu de Zoologia da Universidade de SP e o Museu de História Natural de Berlim permitiu que retornasse ao país um exemplar científico raro da espécie tietê-de-coroa.
Crédito: Divulgação/IbamaO exemplar da ave de pequeno porte, endêmica da Mata Atlântica, foi encontrado há mais de 200 anos. O tietê-coroa foi considerado extinto por mais de um século - de 1860 até 1996.
Crédito: Domínio públicoNo fim da década de 90, um ornitólogo viu duas dessas aves no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, em Teresópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro.
Crédito: Shooterb/Wikimedia CommonsO exemplar que estava na Alemanha foi cedido para a coleção do Museu de Zoologia da USP para estudos, permitindo que os pesquisadores aprimorem os conhecimentos sobre a rara espécie da fauna brasileira.
Crédito: William Swainson/Wikimedia CommonsO tráfico de animais é um dos problemas ambientais mais graves. No dia 23/11/2024, a Polícia Militar Rodoviária apreendeu 122 aves silvestres em caminhão em Foz do Amambaí, no km 116 da rodovia MS-487, em Naviraí, Mato Grosso do Sul.
Crédito: Reprodução redes sociaisEntre as aves, estavam 15 filhotes de jandaias - animal que corre risco de extinção. Os outros 107 eram papagaios.
Crédito: Reprodução redes sociaisO Batalhão da PM Ambiental informou que o motorista confessou ter recebido as aves em um posto de combustível em Ivinhema, Mato Grosso do Sul, para transportá-las até a cidade paranaense de Ponta Grossa, onde seriam vendidas. Ele foi detido e multado.
Crédito: Polícia apreende papagaios e jandaias rodovia MS-487, em Naviraí (MS).Reprodução redes sociaisOs animais foram levados para a Fazenda Green Farm em Itaquiraí, instituição parceira do Centro de Reabilitação de Animais Silvestres - do governo do estado - para tratamento veterinário.
Crédito: Reprodução Facebook Green FarmEm agosto de 2024, biólogos festejaram quando uma jandaia, um dos símbolos do Ceará, voltou a aparecer na capital Fortaleza Chamada de Perequitão Nordestino, a bela ave corre risco de extinção na região.
Crédito: Sascha Kohlmann wikimedia commonsO Brasil tem vários animais que podem desaparecer - seja em regiões ou no país inteiro. Veja alguns.
Crédito:Choquinha-de-Alagoas - Só existe na Mata Atlântica. Estudo publicado na Bird Conservation International registrou apenas quatro indivíduos dessa espécie no país.
Crédito: Dario Sanches wikimedia commonsDesde 2016, uma equipe da SAVE Brasil monitora a espécie na Estação Ecológica de Murici, em Alagoas, onde vivem as choquinhas remanescentes. A área de preservação, criada em 2001, é um refúgio de Mata Atlântica.
Crédito: Divulgação Ministério do Meio AmbienteOs pesquisadores da SAVE Brasil lembram que o limpa-folha-do-nordeste (foto), o gritador-do-nordeste e o caburé-de-pernambuco já desapareceram. Ambientalistas conseguiram salvar o mutum-de-alagoas em cativeiro, mas ele está extinto na natureza.
Crédito: Ciro Albano wikimedia commonsArarinha Azul - Espécie endêmica do norte da Bahia, sofreu com a caça e com o corte indiscriminado de árvores da caatinga e chegou a ser considerada extinta em 2020. Mas em junho de 2022 oito aves dessa espécie foram trazidas da Alemanha para reintrodução no Brasil.
Crédito: Divulgação ACTP ICMBioArarajuba - Ave verde e amarela que só existe na Amazônia e entrou na lista das ameaçadas de extinção em 2016.
Crédito: ICMBioAriranha - Mamífero do Pantanal, também é conhecido como lontra gigante e é caçado para obtenção da pele aveludada.
Crédito: ICMBioLobo-Guará - Vive em savanas do centro-oeste do Brasil. Tem sofrido com a destruição do cerrado para ampliação da agricultura. É vítima de caça, atropelamento e doenças transmitidas por cães domésticos.
Crédito: Rogerio Cunha de Paula ICMBioSapo-Folha - Espécie da Serra do Timbó, na Bahia, tem apenas 4 cm e vem sendo afetada pelo desmatamento para cultivo de cacau e banana e também para criação de áreas de pastagem.
Crédito: Marco Freitas ICMBioMuriqui-do-Norte - É o maior primata das Américas, chegando a pesar 15 kg. Só é encontrado na Mata Atlântica e sofre com o desmatamento e a caça.
Crédito:Macaco-Prego Dourado - Natural da Mata Atlântica, habita unidades de conservação na Paraíba e no Rio Grande do Norte. E tem sido tratado por especialistas num grande esforço pela preservação da espécie.
Crédito: Keoma Coutinho Arquivo Keoma Coutinho ICMBioMico-Leão Dourado - Há décadas sofre ameaça de extinção e os poucos que ainda existem vivem em florestas do Rio de Janeiro. Projetos de conservação têm conseguido impedir o fim da espécie, com muito esforço.
Crédito: ICMBio 2Tatu-Bola - Animal da Caatinga, sua população foi reduzida em 45% em 20 anos. A caça e a degradação ao ambiente em que eles vivem são as causas do risco de extinção do animal, que vem sendo protegido por organizações não governamentais.
Crédito: Arquivo ICMBioJacaré do Papo Amarelo - Sua população tem se reduzido muito nos últimos anos devido às queimadas e à poluição das águas no Pantanal.
Crédito: reprodução site da EMBRAPABoto Cor-de-Rosa - O maior golfinho de água doce vive na Amazônia e faz parte, inclusive, da cultura popular: o folclore de que se transforma em homem que atrai as mulheres. Tem sido vítima de pesca predatória.
Crédito: Arquivo SIbBrCurimatã - É um dos peixes mais comuns para refeição no Brasil. Mas a pesca de rede faz com que esse animal de água doce corra risco de extinção.
Crédito: Divulgação CRBIO08Pacu - Outro peixe comum no prato dos brasileiros, é vítima de pesca em épocas inapropriadas, quando deveria ser protegido pelo defeso para garantia da reprodução.
Crédito: I. Omnitarian wikimediaTartaruga Cabeçuda - Vive na costa brasileira, principalmente no Espírito Santo, Bahia, Sergipe e Rio de Janeiro. Bota os ovos no litoral e, muitas vezes, os ovos são destruídos nas praias, impedindo a reprodução.
Crédito: Dermochelys coriacea (Fauna - Réptil) TamarGato do Mato Pequeno - É menor do que os gatos domésticos: raramente passa de 50 cm de comprimento e pesa em média 2 kg. Natural do Norte e do Nordeste do Brasil, foi perdendo espaço com a ocupação de seu habitat por construções irregulares.
Crédito: Gustavo Pedro miraserra org br 2