Casada com Gilberto Gil e um dos maiores nomes da MPB: Relembre trajetória de Nana Caymmi

Considerada uma das maiores vozes da música brasileira, a cantora Nana Caymmi faleceu nesta quinta-feira (1/5), aos 84 anos, no Rio de Janeiro.

Crédito: Divulgação/Lívio Campos

Nana estava internada desde julho de 2024 na Casa de Saúde São José, no bairro Humaitá, para tratar problemas no coração.

Crédito: Reprodução/ Redes Sociais

De acordo com o hospital, sua morte foi causada por falência múltipla dos órgãos.

Crédito: Reprodução/Redes sociais

Nana nasceu no dia 29 de abril de 1941, no Rio de Janeiro, e havia completado 84 anos dois dias antes de morrer.

Crédito: Reprodução/@nanacaymmi

Vinda de uma família com forte ligação à música, era filha do cantor e compositor Dorival Caymmi e de Stella Maris, além de irmã dos músicos Danilo e Dori Caymmi (foto).

Crédito: Divulgação

Segundo seu irmão, Danilo Caymmi, a cantora tinha sofrido uma "overdose de opioides" no dia do seu aniversário.

Crédito: Reprodução/TV Globo

"O Brasil pede uma grande cantora, uma das maiores intérpretes que o Brasil já viu, de sentimento, de tudo. Estamos todos realmente muito tristes, mas ela passou nove meses de sofrimento intenso dentro de hospital", disse o irmão.

Crédito: Grupo Tom Brasil - Flickr

Reconhecida por sua voz única e escolhas musicais refinadas, Nana Caymmi teve uma trajetória marcante na MPB.

Crédito: Cid Edson Povoas - Flickr

Ela começou a cantar ainda jovem, estreando ao lado do pai. Sua primeira gravação foi "Acalanto" (1960), canção que se tornou um clássico infantil no Brasil.

Crédito: Reprodução/TV Globo

Após um início conturbado, incluindo um período morando na Venezuela, retornou ao Brasil e se consolidou na MPB.

Crédito: Reprodução/TV Globo

Em 1975, lançou o álbum homônimo que a consagrou. Nele, interpretou clássicos como "Ponta de Areia" (Milton Nascimento) e "Beijo Partido" (Toninho Horta), além de uma marcante versão de "Só Louco", de seu pai, Dorival Caymmi.

Crédito: Divulgação

Ainda na década de 1970, Nana se destacou ao cantar obras de grandes nomes da música brasileira, como João Bosco, Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Ivan Lins e Gonzaguinha.

Crédito: Reprodução/TV Globo

Nana emplacou parcerias importantes com pianistas como João Donato (com quem teve um romance) e Cesar Camargo Mariano (com quem gravou "Voz e Suor", em 1983, considerado por ela seu melhor trabalho).

Crédito: Reprodução/TV Globo

Um de seus maiores sucessos veio em 1998, com "Resposta ao Tempo" (de Aldir Blanc e Cristovão Bastos), tema da minissérie "Hilda Furacão".

Crédito: Reprodução/TV Globo

Apesar de não ter a popularidade de outras cantoras da MPB, como Elis Regina e Gal Costa, Nana foi amplamente reconhecida por sua voz marcante e interpretação intensa.

Crédito: Roberto Filho/divulgação

Na vida pessoal, Nana foi casada com o médico venezuelano Gilberto José Aponte Paoli, com quem teve duas filhas. Ela voltou ao Brasil em 1965, enquanto estava grávida de seu terceiro filho.

Crédito: Divulgação

Em 1967, casou-se com Gilberto Gil, mas o romance durou pouco e eles se separaram em 1969 por conta do conturbado período da ditadura militar — na época, Gil foi morar na Inglaterra, exilado.

Crédito: Reprodução/Instagram

Na década de 1970, Nana namorou João Donato (1970-1974) e, em 1979, iniciou um relacionamento com Claudio Nucci, com quem morou junto até 1984. Esse foi seu último casamento, embora tenha tido outros namoros ocasionais.

Crédito: Divulgação

Na música, seus últimos trabalhos foram "Nana Caymmi Canta Tito Madi" (2019) — indicado ao Grammy Latino de Melhor Álbum de MPB — e "Nana, Tom, Vinicius" (2020).

Crédito: Reprodução/TV Globo