Caso de brasileiro morto por engano pela polícia de Londres ganha série no Disney+

O caso de um brasileiro morto por engano pela polícia de Londres completou 20 anos em 2025 e já ganhou até série no Disney+. Relembre!

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Jean Charles de Menezes foi morto a tiros por policiais na estação de metrô de Stockwell, em Londres, em 22 de julho de 2005, após ser erroneamente identificado como suspeito de terrorismo.

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Morador do mesmo prédio que um dos suspeitos dos atentados fracassados ocorridos um dia antes, Jean foi seguido desde que saiu de casa até entrar no trem.

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Ele havia saído do seu apartamento que ficava em Tulse Hill, no sul da capital britânica, para realizar um trabalho como eletricista.

Crédito: Wikimedia Commons/Bottom of Tulse Hill, Tulse Hill by Richard Vince

Uma série de erros operacionais, falhas de comunicação e suposições infundadas levaram os agentes a acreditar que ele era uma ameaça.

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Seu comportamento (como voltar ao ônibus após encontrar o metrô fechado) foi visto como "suspeito" pela polícia londrina.

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Inicialmente, a polícia divulgou versões falsas, alegando que Jean Charles havia pulado a catraca e usado roupas volumosas, o que foi posteriormente desmentido por testemunhas e investigações.

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Um relatório vazado revelou a sucessão de falhas da operação e levantou suspeitas de acobertamento.

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Sua história foi retratada na série britânica "Caso Jean Charles: Um Brasileiro Morto por Engano", lançada no Disney+ em 30 de abril de 2025.

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Em entrevistas, a mãe de Jean rejeitou relatos iniciais de que o filho teria agido de forma suspeita, e sempre afirmou que ele foi um jovem educado e respeitador das leis.

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A tragédia ocorreu no contexto de uma forte tensão após atentados terroristas em Londres, que provocaram a morte de 52 pessoas no dia 7 de julho.

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Nenhum agente foi responsabilizado criminalmente pela morte de Jean. A Polícia Metropolitana foi multada por infringir normas de segurança.

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"A polícia não veio a público e não corrigiu isso na imprensa. E quando a polícia ou o Estado mentem, encobrem ou espalham informações errôneas, o legado disso pode ser visto", disse a ativista Yasmin Khan.

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Em 2016, a família teve um recurso rejeitado pela Corte Europeia de Direitos Humanos no qual se contestava a decisão de não processar os policiais.

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O criador da série, Jeff Pope, levou cinco anos para concluir o projeto, alegando o peso e a responsabilidade de retratar o caso com precisão.

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"Foi um material incrivelmente difícil de debater, e de entender o que você queria dizer. Foi extremamente importante conversar com o maior número possível de pessoas e fazer a pesquisa", disse ele.

Crédito: Divulgação/Disney+

A família, ainda profundamente abalada, continua a lutar para manter viva a memória de Jean Charles e buscar justiça.

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Jean Charles de Menezes tinha 27 anos e era natural de Gonzaga, Minas Gerais. Ele havia se mudado para o Reino Unido em 2002.

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