Um grande mistério envolvendo as iguanas parece finalmente ter sido resolvido pela ciência.
Até pouco tempo atrás, ninguém sabia como esses répteis haviam chegado às ilhas Fiji, um arquipélago localizado no Pacífico Sul.
Crédito: Marc Parra/PixabayO mistério estava em torno de como as iguanas tinham conseguido cruzar o Oceano Pacífico, percorrendo quase 8 mil quilômetros desde a costa oeste da América do Norte.
Crédito: Alec Perkins/wikimedia commonsDe acordo com um estudo recente divulgado pela CNN, cientistas analisaram o DNA dessas iguanas e descobriram que elas chegaram a Fiji de um jeito inesperado: flutuando em pedaços de plantas e troncos que boiavam no mar.
Crédito: pixabay/xxolaxxO método, conhecido como "rafting" (navegação em jangadas naturais), é raro no mundo animal, mas não é impossível de acontecer.
Crédito: Abdelrahman Harfoosh/unsplashPor muito tempo, alguns cientistas achavam que as iguanas tinham passado por terra, através da Ásia ou Austrália.
Crédito: wikimedia commons/25 OClockNo entanto, o novo estudo indica que os répteis vieram diretamente da América do Norte, cruzando o oceano.
Crédito: berenice melis UnsplashÀ CNN, o Dr. Simon Scarpetta, professor assistente na Universidade de São Francisco e principal autor do estudo, disse que as iguanas de Fiji são parentes próximas do Dipsosaurus, uma espécie que vive no deserto do sudoeste dos Estados Unidos.
Crédito: flickr - Joshua Tree National ParkScarpetta estudou o DNA de várias espécies e notou que as iguanas de Fiji se separaram de seus ancestrais americanos entre 34 e 30 milhões de anos atrás.
Crédito: wikimedia commons/Holger KrispO período coincide com a época em que as ilhas de Fiji estavam se formando por vulcões.
Crédito: reprodução/youtubeEssa descoberta contradiz teorias anteriores que sugeriam que essas iguanas chegaram por meio de uma rota terrestre, passando pela América do Sul e Antártida.
Crédito: Jana V. M./PixabayEmbora pareça difícil, a ideia de que elas sobreviveram a uma longa viagem pelo mar começou a fazer sentido.
Crédito: dorotheepaulus/PixabayIsso porque as iguanas são conhecidas pela resistência, acostumadas a lugares secos e capazes de aguentar o calor intenso, falta de comida e água.
Crédito: pexels/Fabricio TrujilloSegundo o Dr. Jimmy McGuire, também coautor do estudo, a viagem pode ter levado de dois meses e meio a quatro meses – um tempo curto o suficiente para essas criaturas sobreviverem.
Crédito: wikimedia commons/creative commons/MatthiasMesmo com pouca comida disponível, as iguanas herbívoras poderiam ter se alimentado das próprias plantas que as transportavam pelo oceano.
Crédito: pexels/Francesco UngaroO estudo não só resolve um mistério antigo, mas também mostra que essa nova visão sobre migração animal pode levar a mais pesquisas que revelam como espécies colonizaram lugares distantes.
Crédito: pexels/Camargo AnthonyAs iguanas de Fiji são conhecidas por sua coloração vibrante, que ajudam na camuflagem entre a vegetação tropical.
Crédito: wikimedia commons/creative commons/Benjamint444Elas são arborícolas, passando a maior parte do tempo em árvores, e se alimentam principalmente de folhas, flores e frutos.
Crédito: domínio públicoEntre as espécies mais conhecidas estão a iguana-de-crista-de-fiji (Brachylophus vitiensis) e a iguana-de-bandas-de-fiji (Brachylophus fasciatus).
Crédito: wikimedia commons/creative commons/H. ZellInfelizmente, as iguanas de Fiji enfrentam ameaças como a perda de habitat, predação por espécies introduzidas e o comércio ilegal, sendo consideradas vulneráveis ou em perigo de extinção.
Crédito: flickr - _paVan_