Uma comunidade de imigrantes japoneses tem contribuído para que uma cidade da Amazônia se torne referência mundial na agricultura.
A colônia começou a se estabelecer no município de Tomé-Açu, localizado no interior do Pará, a partir dos anos 1920.
Crédito: Reprodução/BBCAtualmente, é considerada uma das maiores colônias japonesas do Brasil.
Crédito: Reprodução/BBCInicialmente, os imigrantes enfrentaram grandes dificuldades de adaptação, mas prosperaram com a monocultura da pimenta-do-reino.
Crédito: Wikimedia Commons/VengolisO cultivo do produto trouxe riqueza até ser devastado por uma praga nos anos 1970.
Crédito: Reprodução/BBCA crise levou os agricultores a criarem o Sistema Agroflorestal de Tomé-Açu (SAFTA), inspirado na diversidade da floresta e nos saberes dos ribeirinhos.
Crédito: Reprodução/BBCO modelo, que mistura diferentes espécies no mesmo terreno, recupera áreas degradadas e tornou-se referência mundial em agricultura sustentável.
Crédito: Reprodução/BBCAlgumas técnicas específicas que começaram a ser utilizadas incluíam o uso de cascas de cacau, folhas e galhos como adubo e restos de frutas para fertilização.
Crédito: Reprodução/BBCAlém do impacto econômico, a comunidade preserva tradições japonesas, como o conceito de mottainai (aproveitamento total dos recursos).
Crédito: Reprodução/BBCHoje, embora os descendentes sejam minoria entre os cerca de 67 mil habitantes da cidade, sua influência cultural permanece em templos, restaurantes e no cotidiano.
Crédito: Reprodução/BBCPara o futuro, há um temor de que os mais jovens saiam para trabalhar em outras áreas ou até mesmo retornem para o Japão.
Crédito: Reprodução/BBCPor conta disso, agricultores defendem que o conhecimento do SAFTA seja difundido além da comunidade japonesa.
Crédito: Reprodução/BBCO acordo entre Brasil e Japão foi impulsionado pela abolição da escravatura, em 1888.
Crédito: Reprodução/BBCNa época, havia muita demanda por mão de obra agrícola no Brasil, enquanto o Japão enfrentava pobreza rural.
Crédito: Reprodução/BBCA primeira leva de imigrantes chegou em 1908, mas foi em 1929 que o então governador do Pará, Dionísio Bentes, ofereceu terras na Amazônia para atrair os japoneses.
Crédito: Reprodução/BBCForam cedidos 600 mil hectares em Tomé-Açu, além de lotes em Monte Alegre e Marabá.
Crédito: Reprodução/BBCNo início, os japoneses estranharam os alimentos, as condições de moradia e a vida no meio da floresta.
Crédito: Reprodução/BBCTudo isso foi superado e hoje o legado do SAFTA é visto como um modelo universal de produção sem destruição, aberto a todos os interessados.
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