Corrida e show: a combinação perfeita de Bell Marques, aos 73 anos

Um dos ícones do Axé Music, do Carnaval e da música baiana, Bell Marques completou 73 anos no dia 5 de setembro e não vê a hora de celebrar ao lado do público. Para ele, nada melhor do que comemorar mais um ano de vida unindo duas de suas grandes paixões: a corrida e a música.

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Bell vai correr ao lado dos fãs em Salvador no dia 7 de setembro, data em que a cidade recebe a segunda edição da Corrida 100% Você. O evento alia saúde, movimento e música com trajetos de até 10 quilômetros pela orla da cidade — a largada será no Farol da Barra e a chegada no Rio Vermelho.

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A corrida é organizada por Bell e seus filhos, Rafa e Pipo Marques, e tem como desfecho um show da família para baiano nenhum colocar defeito. Assim, a celebração à música baiana e a conexão com o público estão garantidas. O formato, aliás, vem conquistando o país.

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Com mais de 60 mil participantes nas edições anteriores, a Corrida 100% Você já passou por cidades como Brasília, Aracaju, São Luís, Fortaleza e Recife. Agora, é a vez de Salvador reviver essa experiência marcante.

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Bell Marques, aliás, continua com uma intensa agenda de shows pelo Brasil . Em entrevista recente à GQ, ele disse como consegue manter a energia. E engana-se quem pensa que ele fica restrito às corridas.

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Ele também contou que tem práticas diárias de ciclismo, musculação, pilates e tênis. “Cantar por seis horas em cima de um trio ou fazer três shows na mesma noite exige muito. O corpo precisa estar forte para aguentar”, afirmou

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Em 2025, Bell Marques completa 11 anos de carreira solo e segue sendo um dos artistas que mais se apresentam na folia tradicional baiana. O artista demonstra disposição, sendo um dos pioneiros no Carnaval de Salvador.

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Washington Bell Marques da Silva nasceu em Salvador, no dia 5 de setembro de 1952. Além de cantor, é compositor, produtor musical e multi-instrumentista. Começou a sacudir o público e os carnavais como vocalista da banda Chiclete com Banana.

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Casado há mais de 30 anos com Ana Marques, Bell é pai de Rafael e Filipe Marques, conhecidos como Rafa e Pipo, que formaram a banda de axé Oito7Nove4, renomeada depois para Rafa & Pipo Marques. Antes do casamento, foi pai da artista plástica Rebeca Teixeira, mãe de Íris e Elis, suas duas netas.

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A primeira atuação de Bell Marques em cima de um trio elétrico aconteceu em 1979, tocando no bloco Traz os Montes, no Trio Tapajós. Entre 1980 e 2014, o Chiclete com Banana vendeu 8 milhões de álbuns no país.

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Em 1980, passou a integrar a banda Scorpius e, em 1981, o conjunto alterou o nome para Chiclete com Banana. A banda originou-se de um conjunto de baile que se apresentava em festas de formatura. Tocava, na época, músicas de astros estrangeiros como Rod Stewart, Paul McCartney e Elton John.

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Desse grupo, já faziam parte Bell (à época tecladista), Rey (à época guitarrista), Missinho, Rubinho Gramacho, Waltinho Magarão (à época baterista), Wadinho (à época guitarrista). Denny e Cacik Jonne se juntaram mais tarde aos demais integrantes.

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No ano seguinte, o engenheiro de som Wilson Silva (irmão de Bell e Wadinho) sugeriu e pôs em prática uma ideia revolucionária. Fechar toda a lateral do Trio com caixas de som e usar equipamentos de potência transistorizada, passando todos os músicos a tocarem na parte superior do trio.

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Lançaram o primeiro álbum, intitulado 'Traz os Montes' e iniciaram a carreira em Salvador. Na sequência, gravaram o 2º LP, "Estação das Cores", já com o selo Continental. As músicas mais executadas foram "Meu balão" e "Estação das Cores"

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Em 1984, lançaram o LP "Energia". O disco teve grande importância, não pela vendagem, mas pela divulgação da música "Mistério das Estrelas" em todas as rádios baianas. A música foi o primeiro grande salto da banda e a vendagem do disco só não teve boa performance devido a uma decisão da Censura Federal de recolher todos os exemplares que se encontravam nas lojas.

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Em 1985, receberam o convite do bloco "Os Internacionais", onde tocaram por cinco anos. No ano seguinte, com o lançamento do disco "Gritos de Guerra", venderam cerca de um milhão de cópias. Até abril de 1986, o Chiclete com Banana era composto por oito integrantes.

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O Chiclete com Banana passou a ter o apoio de um público fiel, constituído das mais variadas faixas etárias. Elas lotam clubes, ginásios, campos de futebol, casas de espetáculos e diversos outros locais em que o grupo se apresenta.

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Ao romper as barreiras regionais, a banda recebeu o carinho de um grande nome da história da televisão no Brasil: Chacrinha. O grupo chegou a participar 23 vezes do programa do Velho Guerreiro, na TV Globo, nos anos 80. 

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Depois de "Gritos de Guerra" veio o disco "Fé brasileira", com 400 a 450 mil cópias vendidas, que é a média de discos da banda vendidos por ano, ou seja, 4 discos de ouro e um de Platina. O Chiclete fazia experiências com todo estilo de música, do rock ao forró e atraía cada vez mais público.

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No Carnaval, começaram no bloco "Traz os Montes", voltado à garotada da Barra. Depois ficaram por 2 anos no "Traz a massa", que era um bloco mais popular. Receberam então o convite do bloco "Os internacionais", onde tocaram por 4 anos. Neste meio tempo apareceu a proposta tentadora do bloco "Camaleão".

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Era a oportunidade de tocar para um público diferente. Firmaram, então, contrato com o "Camaleão". É interessante enfatizar que em todos os blocos que a banda Chiclete com Banana passou como contratada fez grandes amigos e recebe visitas dos seus diretores, sempre mantendo um ótimo relacionamento com eles.

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O "Camaleão" nasceu com a proposta de lançar um bloco alternativo que desfilasse no circuito Barra-Ondina. Bell, então, sugeriu que o nome fosse "Nana Banana", e Pedrinho da Rocha criou a logomarca. O sucesso foi tão grande que o "Nana Banana" arrematou vários prêmios como, Melhor Bloco Alternativo, Melhor Abadá, etc.

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O sucesso sempre andou lado a lado com o Chiclete. São mais de 7 milhões e 800 mil cópias vendidas, somando-se 12 discos de Ouro e 10 discos de Platina. Além disso, inúmeros troféus, como: Prêmio Sharp de Música, Antena de Ouro - ano XX, Troféus Dodô e Osmar, Troféu Caymmi, Bahia Folia, entre tantos outros.

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O Chiclete emplacou várias músicas como "Intelecto", "Janela x Janela", "Macacos me mordam", "Mude esse mundo", "Que força é essa", "Pedacinho do céu", "Instrumental", "Batuque do Cais", "Menina do Cateretê", "Essa mulher é minha", "Meu cabelo duro é assim", "Fazer amor", "Delícia para ti" e "Chiclete Chopp".

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O Chiclete ultrapassou as fronteiras do Brasil e foi mostrar seu swing na França, Espanha, Alemanha, Holanda, Estados Unidos da América e Argentina, onde o 12º disco do grupo foi lançado, alcançando uma significativa vendagem.

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O CD ao vivo "Chiclete é Festa" foi mais um marco em inovação na carreira da banda. O 1º disco gravado ao vivo transformou-se num dos maiores sucessos. Durante o Carnaval de 97 em Salvador, pela primeira vez foi feita uma gravação em cima de um trio elétrico. Diversos microfones foram instalados nas laterais do trio do Chiclete, para captar assim, a reação do público e o ambiente.

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Vendeu 250 mil cópias em menos de 25 dias de lançado e foi o resultado desta ideia inédita. Já em 1998, o CD "Bem me quer" foi para as lojas com algumas novidades: A música carro-chefe do disco, "Perfume do luar ", fez parte da trilha sonora da novela 'Meu bem querer', da Rede Globo.

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Em 2001, o Chiclete lançou o novo CD Universo Paralelo apostando que este terá, por baixo, dez hits garantidos em todas as rádios do Brasil. Músicas como "Merengueira siga-me", "Ela não é não", "Nana Rumbeira", "Me leva com você" e "Vêm Nana".

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No ano anterior, lançou o Tiranossauro Rex, o mais sofisticado trio elétrico do país. Batizado como o "Predador da Tristeza", o novo trio da banda Chiclete com Banana teve um design arrojado e futurista.

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Em 4 de março de 2014, Bell se lançou em carreira solo, que dura até os dias de hoje. Na época, iniciou com o bloco Vumbora?!, no circuito Barra-Ondina, em Salvador. O artista segue firme e forte, quase 45 anos após a estreia em um trio elétrico, o Tapajós, no bloco Traz os Montes.

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As dez músicas mais tocadas de Bell são: "Menina me dá seu amor", "Cara caramba sou camaleão", "Meu cabelo duro é assim","Foi por esse amor", "Preciso dormir princesa", "Amar você não dói", "Durvalino meu rei","Aê aê do amor", "Vem" e "Gritos de guerra".

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Até o momento, Bell Marques tem mais de 100 músicas e 837 gravações cadastradas no banco de dados do Ecad. Nos últimos dez anos, o artista teve mais de 85% de seus rendimentos em direitos autorais de execução pública provenientes dos segmentos de Shows, Carnaval e Rádio.

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