Com uma história de mais de quatro décadas na teledramaturgia da Rede Globo, a atriz Maria Zilda Bethlem Bastos trava uma batalha jurídica com a emissora desde 2024.
Maria Zilda, de 73 anos, é a primeira a processar a Globo pelos valores que são repassados por reprises e vendas das novelas em que trabalhou.
Crédito: Reprodução do Instagram @mzbethlemoficialEm sua defesa no processo, a Globo acusa Maria Zilda de querer “enriquecer ilicitamente”. “Beira a má-fé a afirmação de que as obras audiovisuais teriam sido ‘ilicitamente licenciadas a terceiros’”, diz a emissora no documento, de acordo com a coluna “Outro Canal”, do jornal “Folha de S.Paulo”.
Crédito: Hans Donner e Roberto Shimose - Wikimédia CommonsA Globo sustenta que nos contratos assinados pela atriz estavam previstas as vendas e reprises das novelas. No processo, a empresa anexou os recibos de pagamentos que fez a Maria Zilda entre 2018 e 2024 pelas reexibições feitas no período. O valor total foi de R$ 218 mil.
Crédito: Reprodução do Instagram @mzbethlemoficialAo portal F5, Maria Zilda afirmou que a Globo se apoia “na força dos contratos para perpetuar uma lógica de apropriação indébita”.
Crédito: Reprodução do Instagram @mzbethlemoficial“Ela (Globo) se apossou dos meus sucessos antigos e segue lucrando com eles”, declarou Maria Zilda. A atriz pontuou que as principais novelas em que atuou foram ao ar originalmente em época que não havia streaming ou TV paga.
Crédito: -Reprodução do Instagram @mzbethlemoficial"Não estou lutando só pelo que me é devido, mas para que as próximas gerações de artistas não sejam tratadas como meros fornecedores de material bruto para exploração ilimitada", completou.
Crédito: Reprodução do Instagram @mzbethlemoficialMaria Zilda pede pagamento pelos direitos conexos — os direitos do intérprete relacionados ao uso da imagem e da voz. Relembre a seguir a trajetória da atriz!
Crédito: Reprodução do Instagram @mzbethlemoficialNatural do Rio de Janeiro, onde nasceu em 20/10/1951, Maria Zilda Bethlem iniciou sua carreira no teatro, em 1972. Em seguida, ela integrou o elenco de uma série de filmes, entre eles “O Grande Palhaço” e “O Segredo da Múmia”.
Crédito: Reprodução do Instagram @mzbethlemoficialA trajetória da televisão, meio em que viria a se destacar, começou em 1975, na novela “Escalada”, escrita por Lauro César Muniz.
Crédito: Reprodução do Instagram @mzbethlemoficialNo início da década de 1980, ela esteve em duas novelas marcantes. Em “Água Viva”, encarnou a personagem Gilda. Já em “Coração Alado”, fez o papel de Glorinha França.
Crédito: Reprodução do Instagram @mzbethlemoficialApós mais alguns papéis, ela destacou-se especialmente em “Vereda Tropical”, que foi ao ar entre 1984 e 1985. Pelo trabalho como Verônica de Oliva Salgado, ela foi indicada ao Troféu Imprensa.
Crédito: DivulgaçãoNa mesma década, ela teve outros trabalhos importantes em folhetins como “Selva de Pedra” (1986) e “Bebê a Bordo” (1988).
Crédito: DivulgaçãoNos anos 90, ela seguiu com papéis relevantes em novelas bem-sucedidas, a exemplo de "Top Model", “Vamp”, “De Corpo e Alma” e “Por Amor”.
Crédito: -DivulgaçãoNessa mesma época, Maria Zilda atuou no lendário humorístico “TV Pirata”, participou de episódios do programa “Você Decide” e também teve atuações especiais em “Sai de Baixo” e “Malhação”.
Crédito: Reprodução do Instagram @mzbethlemoficialEm 2000, Maria Zilda ganhou o Kikito de Ouro do Festival de Gramado como Melhor Atriz por sua performance no filme “Eu Não Conhecia Tururu”.
Crédito: Reprodução do Instagram @mzbethlemoficialNeste milênio, algumas das novelas em que a atriz atuou foram “Agora É que São Elas”, “Pé na Jaca”, “Caras e Bocas” e “Ti Ti Ti”.
Crédito: Reprodução do Instagram @mzbethlemoficialApós cinco anos longe da TV, em 2016 ela fez o papel de Emma em “Êta Mundo Bom”, seu último trabalho na Globo.
Crédito: Reprodução do Instagram @mzbethlemoficialNos últimos anos, ela fez trabalhos para canais por assinatura, como na série “Magnífica 70”, da HBO Brasil, e “Chuteira Preta”, da Prime Box Brasil.
Crédito: Reprodução/Instagram @mzbethlemoficialMaria Zilda foi casada com o engenheiro César Leite Fernandes, com quem teve o filho Rodrigo Bethlem. Do seu segundo matrimônio, com o diretor de televisão Roberto Talma, nasceu Raphael Vieira. Em 2008, ela se casou com a arquiteta Ana Kalil, com quem ficou até o início de 2017.
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