Encanto por Dinossauros coloca Santa Inês no mapa do turismo na Bahia

Extintos há cerca de 66 milhões de anos, os dinossauros seguem muito vivos no imaginário social das pessoas, sobretudo nesta sociedade de consumo e focada no entretenimento. Assim, eles também chamam a atenção de um município do Centro-sul baiano: Santa Inês.

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O pacato local se transformou na “cidade dos dinossauros”. A inspiração veio do paleoartista Anílson Borges, apaixonado pelo filme “Jurassic Park”, de 1993, do diretor de cinema americano Steven Spielberg.

Crédito: Reprodução do Youtube Canal Nosso Cantinho Artes AeC

O que começou como um hobby em 1995, com sua primeira escultura, tornou-se um trabalho profissional após uma exposição em 2001, que despertou o interesse do público.

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Autodidata, Anilson Borges começou a esculpir aos 15 anos, aprimorou técnicas ao longo de décadas e, atualmente, utiliza ferro, isopor, resina e fibra de vidro para dar realismo às peças.

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“Aprendi sozinho a fazer esculturas. Com o tempo, fui aprimorando a técnica, usando materiais melhores, mais resistentes”, disse o paleoartista ao jornal Correio, de Salvador.

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Em 2001, Anilson recebeu o convite para realizar sua primeira exposição no antigo Shopping Iguatemi, atual Shopping da Bahia, em Salvador. Na época, apresentou esculturas menores, porém chamou a atenção logo de primeira.

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O artista também tem trabalhos espalhados em museus de estados como Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina e Ceará.

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Dessa forma, as réplicas em tamanho real de animais pré-históricos nacionais ganharam as praças da cidade de 10 mil habitantes e atraem turistas.

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O cenário com as réplicas faz parte de um projeto da prefeitura de Santa Inês chamado “Dinovale”. Ela busca fazer da cidade uma atração turística e gerar renda.

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A Prefeitura, então, espalhou pelas praças e ruas réplicas em tamanho real dos animais pré-históricos, tornando o cenário urbano um verdadeiro museu a céu aberto.

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Entre eles, está o Pycnonemossauro, carnívoro que viveu no Centro-Oeste do Brasil há 70 milhões de anos, no período Cretáceo. A réplica, então, tem cerca de 8,5 metros de comprimento.

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Além disso, no município também tem o Irritator Challengeri. Dinossauro de porte médio do período Cretáceo inferior, há 110 milhões de anos, na Chapada do Araripe (CE) ou o Pterossauro Tropeognathus, também do período Cretáceo.

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Anilson criou a escultura do Camarassauro, dinossauro herbívoro quadrúpede que viveu no período Jurássico, na América do Norte.

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A peça, com 18 metros de comprimento e cerca de 8 metros de altura, levou oito meses para ser concluída com o apoio de três artistas que trabalharam diariamente no ateliê “Criando Dinossauros”.

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O trabalho ainda inclui uma preguiça-gigante, animal pré-histórico que habitou a Bahia há mais de 11 mil anos. Os fósseis foram encontrados em cidades vizinhas como Irajuba, Anagé e Planaltino.

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Além de embelezar os espaços públicos, as réplicas são contextualizadas com informações sobre cada dinossauro, seu período histórico e contexto ambiental, criando uma "aula de campo" para os visitantes.

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As réplicas também têm um forte apelo pedagógico, ao tentar educar o público, especialmente crianças, sobre a história desses animais.

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A cidade tem o Núcleo Paleontológico de Santa Inês, que conta com o Museu dos Dinossauros (MUSINÊS), que abriga e expõe esculturas e outros materiais relacionados à era dos dinossauros.

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Os primeiros a ocuparem o território foram Pedro da Costa Avelar e Vicente Ferreira de Sousa, os dois genros de Francisco de Sousa Feio, antigo proprietário das sesmarias de São Paulo e Poço Facão onde residiam.

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Os dois genros de Francisco, construíram suas residências no local onde se encontra a atual cidade de Santa Inês, na Bahia.

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Entre os anos de 1824 e 1827 houve uma drástica seca, que fez com que Pedro da Costa Avelar e Vicente Ferreira de Sousa abandonassem o povoado estabelecido por eles e retornassem à propriedade de Francisco Feio.

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Com a aquisição dessas terras pelo latifundiário Luís Teófilo Rodrigues, foi dada continuidade ao lugarejo antes abandonado pelos exploradores pioneiros. Teófilo reformou a antiga capela de Santa Inês e construiu novas habitações, retomando assim o povoado.

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Por fim, Santa Inês também é conhecida por seu festival anual, o Forró do Dino, que atrai muitos turistas e celebra a cultura local.

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