Matheus Nachtergaele esteve na Mostra de Cinema de Gostoso (RN), evento que ele chama de sua “casinha do cinema”, para se reconectar com o universo das telas grandes após dois anos intensos de novelas. Pela primeira vez na carreira, emendou duas produções seguidas: “Renascer”, que considerou instigante e cinematográfica, e “Vale Tudo”, experiência mais pop e voltada ao engajamento digital.
Embora tenha definido as novelas das nove como “o maior palco do Brasil”, o ator — um dos mais consagrados do cinema nacional e querido pelos companheiros de profissão — sente necessidade de voltar ao cinema para respirar novos ares criativos. Na Mostra, que monta uma tela ao ar livre na praia, Matheus destacou filmes como “O Agente Secreto”, “Morte e Vida Madalena” e Carvão”.
Crédito: Reprodução InstagramMatheus prepara uma sequência de três longas que marcam sua volta definitiva às telas de cinema. A trinca inclui um sucesso comercial e dois mais autorais. Primeiramente, retorna como Trindade em “Cabras da Peste 2”, comédia que deve estrear nos cinemas após o sucesso do original na Netflix.
Crédito: - Flickr Aline ArrudaEm seguida, o ator viaja ao Maranhão para trabalhar com Frederico Machado em um filme sobre a vida de Mauro Machado, poeta e boêmio. Por fim, reencontra Petrus Cariry no Ceará, com quem já fez “Mais Pesado é o Céu”, reafirmando sua ligação afetiva e criativa com o Nordeste.
Crédito: Reprodução InstagramNascido em São Paulo, no dia 3 de janeiro de 1968, Matheus Nachtergaele é filho de belgas da classe média alta paulistana. Quando tinha apenas três meses, perdeu sua mãe, Maria Cecília, que suicidou-se. Ela era poetisa e musicista.
Crédito: ReproduçãoEm 1989, a convite de uma amiga, o ator fez um teste para a companhia do diretor teatral Antunes Filho e logo foi aprovado. Em seguida, entrou para a Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo (EAD USP), formando-se em 1991.
Crédito: - Reprodução do Instagram @mathnachtergaeleNo ano seguinte, Nachtergaele fez sua estreia no teatro profissional com a peça "Paraíso Perdido", de Sérgio Carvalho, com a companhia Teatro da Vertigem, onde ele encenou o Anjo Caído.
Crédito: - Reprodução do Instagram @mathnachtergaeleGanhou notoriedade, em 1992, com a peça "Livro de Jó". Assim, foi agraciado com o Troféu APCA de Melhor Ator em Teatro, o Prêmio Shell de Melhor Ator e o Troféu Mambembe.
Crédito: - Reprodução do Instagram @mathnachtergaeleEsse sucesso inicial o levou à televisão, onde fez sua estreia com participações no seriado "A Comédia da Vida Privada", da TV Globo, em 1997. Também fez sua estreia no cinema, no drama "Anahy de las Misiones", dirigido por Sérgio Silva.
Crédito: - Reprodução do Instagram @mathnachtergaeleTeve seu talento reconhecido em "O Que É Isso, Companheiro?", de Bruno Barreto, obra indicada ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Ele também esteve em outro filme presente no Oscar: o clássico drama "Central do Brasil", dirigido por Walter Salles.
Crédito: DivulgaçãoNachtergaele adquiriu maior notoriedade na televisão apenas em 1998, quando atuou na minissérie "Hilda Furacão", como Cintura Fina. Esse papel o rendeu seu segundo Troféu APCA, desta vez pela performance como Melhor Ator Revelação em Televisão.
Crédito: - Reprodução do Instagram @mathnachtergaeleO sucesso da personagem o levou a atuação como protagonista na minissérie "O Auto da Compadecida", em 1999, baseado na obra de Ariano Suassuna, no papel de João Grilo. No ano seguinte, a obra se tornou um filme, dirigido por Guel Arraes, de enorme repercussão.
Crédito: divulgaçãoAinda naquele ano, voltou aos cinemas, sob a direção de Walter Salles, em "O Primeiro Dia", que se passa na virada para o ano 2000. Interpretou Francisco e tornou-se o primeiro a vencer o prêmio "Grande Otelo" de Melhor Ator, concedido pela Academia Brasileira de Cinema.
Crédito: - Reprodução do Instagram @mathnachtergaeleEm seguida, retornou à TV em minisséries como "A Muralha" e "Os Maias", mas sem largar o cinema. Mostrou, então, muita estrela ao novamente atuar em um filme indicado ao Oscar, desta vez "Cidade de Deus" (2002), de Fernando Meirelles.
Crédito: - Reprodução do Instagram @mathnachtergaeleCom o enorme sucesso nos cinemas, a estreia em telenovelas veio com o cômico Pai Helinho, em "Da Cor do Pecado" (2004), de João Emanuel Carneiro. No ano seguinte, participou do elenco da novela "América", como o peão destrambelhado Carreirinha.
Crédito: DivulgaçãoNa mesma época, o ator fez também sua estreia no cinema internacional ao atuar no drama "Journey to the End of the Night", de Eric Eason. Além disso, estrelou a comédia "Tapete Vermelho", de Luiz Alberto Pereira, que lhe rendeu inúmeros prêmios.
Crédito: - Reprodução do Instagram @mathnachtergaeleNa televisão, ele esteve nas minisséries "Amazônia, de Galvez a Chico Mendes" e "Queridos Amigos". O ator também atuou no filme venezuelano "La Virgen Negra" e esteve no elenco de obra "Terra Vermelha", uma coprodução entre Brasil e Itália.
Crédito: DivulgaçãoComo diretor, se destacou no drama "A Festa da Menina Morta". O filme ganhou repercussão internacional sendo exibido no Festival de Cannes, na França. Esteve em no obra "O Bem-Amado", que mais tarde tornou-se minissérie na TV Globo.
Crédito: - Reprodução do Instagram @mathnachtergaeleO ator retornou às telenovelas após seis anos em "Cordel Encantado", enquanto fez "Febre do Rato" nos cinemas. Na sequência, emendou trabalhos como "Serra Pelada" (filme), "O Inventor de Sonhos" (filme) e "Cidade de Deus — 10 Anos Depois" (documentário).
Crédito: DivulgaçãoInterpretou um dos quatro filhos de Fernanda Montenegro na série "Doce de Mãe", vencedora do Emmy Internacional. O consagrado ator também esteve no remake de "Saramanbaia", na TV Globo, e em "Big Jato", em nova parceria com o diretor Cláudio Assis.
Crédito: DivulgaçãoMatheus protagonizou a cinebiografia Trinta, dirigida por Paulo Machline, que conta a história de vida do carnavalesco Joãosinho Trinta. Ele também estrelou a série "Zé do Caixão", do Canal Space, ao interpretar José Mojica Marins.
Crédito: DivulgaçãoDepois do monólogo "Concerto do Desejo", produzido por ele a partir das poesias escritas pela mãe, esteve em "Cine Holliúdy" no papel do Prefeito Olegário Maciel, e também em todas as Mulheres do Mundo" Participou do remake de "Renascer", em 2024 e do "Auto da compadecida 2".
Crédito: - Reprodução do Instagram @mathnachtergaelePor fim, em 2025, o ator retornou às novelas em "Vale Tudo", refilmagem do clássico das telenovelas exibido em 1988. Ele interpretou Poliana, que na versão original foi personagem do saudoso Pedro Paulo Rangel, inseparável amigo da protagonista Raquel.
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