Cientistas russos anunciaram a descoberta de um grande cemitério de baleias sob uma antiga geleira na Ilha Wilczek, no Ártico russo.
O achado ocorreu por acaso durante a expedição APU-2025, a bordo do navio de pesquisa Professor Molchanov, coordenada pelo Instituto de Pesquisa do Ártico e Antártico (AARI).
Crédito: Wikimedia Commons/ BluesyPeteA missão tinha como objetivo principal estudar o permafrost e a criolitozona, mas acabou surpreendendo os especialistas.
Crédito: Divulgação/AARIO vasto campo de ossos de baleias foi revelado em uma área que antes era coberta por gelo.
Crédito: Divulgação/AARIO derretimento acelerado dividiu a calota de gelo da ilha em duas partes, expondo um "terraço marinho" com vários quilômetros quadrados.
Crédito: Divulgação/AARIOs esqueletos mais próximos da geleira estavam bem preservados, enquanto os encontrados perto da costa sofreram com a erosão.
Crédito: Divulgação/AARIA descoberta sugere uma mudança abrupta no nível do mar nos últimos milhares de anos, alterando consideravelmente o ambiente do Ártico euroasiático.
Crédito: Divulgação/AARIOs pesquisadores acreditam que o local pode ter sido um antigo habitat marinho ou zona de encalhe.
Crédito: Divulgação/AARIA expedição, que foi iniciada no dia 9 de julho, segue até o início de agosto.
Crédito: Flickr - Alastair RaeCom os estudos, os cientistas ainda esperam obter mais informações sobre as condições geológicas e climáticas da região.
Crédito: Wikimedia Commons/Varakin EvgenyDescoberta em 1873 pela expedição austro-húngara liderada por Julius von Payer e Karl Weyprecht, a Ilha Wilczek é uma das muitas ilhas que compõem o arquipélago da Terra de Francisco José.
Crédito: Wikimedia Commons/Contains modified Copernicus Sentinel data 2019A ilha foi batizada em homenagem ao conde húngaro Johann Nepomuk Wilczek, um dos principais financiadores da expedição.
Crédito: Domínio PúblicoCom uma área de aproximadamente 220 km² e 190 ilhas, o arquipélago é relativamente coberto por geleiras e terrenos rochosos típicos do Ártico.
Crédito: NASAA região é praticamente inabitada, com presença humana limitada a expedições científicas e bases meteorológicas ou militares temporárias.
Crédito: Wikimedia Commons/Николай ГернетA fauna local inclui ursos-polares, focas e diversas aves marinhas que dependem do ambiente gelado para sobreviver.
Crédito: Wikimedia Commons/Николай ГернетA Ilha Wilczek, assim como o restante do arquipélago, está protegida como parte de uma reserva natural.
Crédito: Wikimedia Commons/TiminilyaAlém disso, sua localização a coloca em uma posição-chave no contexto geopolítico, devido às rotas marítimas que se tornam mais acessíveis com o derretimento do gelo e aos recursos naturais da região.
Crédito: Wikimedia Commons/Timinilya