Geleira recua e cientistas descobrem cemitério de baleias

Cientistas russos anunciaram a descoberta de um grande cemitério de baleias sob uma antiga geleira na Ilha Wilczek, no Ártico russo.

Crédito: Flickr - Christopher Michel

O achado ocorreu por acaso durante a expedição APU-2025, a bordo do navio de pesquisa Professor Molchanov, coordenada pelo Instituto de Pesquisa do Ártico e Antártico (AARI).

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A missão tinha como objetivo principal estudar o permafrost e a criolitozona, mas acabou surpreendendo os especialistas.

Crédito: Divulgação/AARI

O vasto campo de ossos de baleias foi revelado em uma área que antes era coberta por gelo.

Crédito: Divulgação/AARI

O derretimento acelerado dividiu a calota de gelo da ilha em duas partes, expondo um "terraço marinho" com vários quilômetros quadrados.

Crédito: Divulgação/AARI

Os esqueletos mais próximos da geleira estavam bem preservados, enquanto os encontrados perto da costa sofreram com a erosão.

Crédito: Divulgação/AARI

A descoberta sugere uma mudança abrupta no nível do mar nos últimos milhares de anos, alterando consideravelmente o ambiente do Ártico euroasiático.

Crédito: Divulgação/AARI

Os pesquisadores acreditam que o local pode ter sido um antigo habitat marinho ou zona de encalhe.

Crédito: Divulgação/AARI

A expedição, que foi iniciada no dia 9 de julho, segue até o início de agosto.

Crédito: Flickr - Alastair Rae

Com os estudos, os cientistas ainda esperam obter mais informações sobre as condições geológicas e climáticas da região.

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Descoberta em 1873 pela expedição austro-húngara liderada por Julius von Payer e Karl Weyprecht, a Ilha Wilczek é uma das muitas ilhas que compõem o arquipélago da Terra de Francisco José.

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A ilha foi batizada em homenagem ao conde húngaro Johann Nepomuk Wilczek, um dos principais financiadores da expedição.

Crédito: Domínio Público

Com uma área de aproximadamente 220 km² e 190 ilhas, o arquipélago é relativamente coberto por geleiras e terrenos rochosos típicos do Ártico.

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A região é praticamente inabitada, com presença humana limitada a expedições científicas e bases meteorológicas ou militares temporárias.

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A fauna local inclui ursos-polares, focas e diversas aves marinhas que dependem do ambiente gelado para sobreviver.

Crédito: Wikimedia Commons/Николай Гернет

A Ilha Wilczek, assim como o restante do arquipélago, está protegida como parte de uma reserva natural.

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Além disso, sua localização a coloca em uma posição-chave no contexto geopolítico, devido às rotas marítimas que se tornam mais acessíveis com o derretimento do gelo e aos recursos naturais da região.

Crédito: Wikimedia Commons/Timinilya