Durante a 72ª edição do Cannes Lions de 16 a 20 de junho, o festival prestou uma homenagem emocionante a Washington Olivetto, celebrado como o “padrinho da publicidade brasileira”.
Durante a cerimônia de encerramento em 20 de junho, o CEO Simon Cook destacou o impacto de Olivetto ao apresentar uma réplica do primeiro Leão de Ouro conquistado pelo Brasil, reforçando seu legado criativo .
Crédito: 196401yoyo wikimedia commonsParalelamente, a WMcCann lançou em Cannes um filme-tributo que celebra a trajetória de Olivetto utilizando a letra “W” como símbolo central da campanha. Em poucas cenas, o curta evoca o alcance icônico de sua carreira na publicidade brasileira e internacional
Crédito: DivulgaçãoÍcone da história da publicidade brasileira, Washington Olivetto morreu no dia 13/10/2024, no Rio de Janeiro, aos 73 anos. Ele teve pneumonia e choque séptico, que levaram à falência múltipla dos órgãos.
Crédito: reprodução tv globoOlivetto passou quatro meses internado no Hospital Copa Star, devido a uma infecção pulmonar. Relembre quem foi um dos publicitários mais premiados do Brasil!
Crédito: Divulgação/MiroFilho de imigrantes italianos, Washington Olivetto nasceu em São Paulo, em setembro de 1951, e foi criado pela mãe, uma dona de casa, e pelo pai, que trabalhava como vendedor de tintas.
Crédito: reprodução/globonewsAos 17 anos, Olivetto iniciou o curso de publicidade na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), embora não tenha completado a graduação.
Crédito: reprodução/globonewsSua trajetória profissional começou em 1969, aos 18 anos, quando foi contratado como redator em uma agência de publicidade. Cinco anos depois, já conquistou seu primeiro Leão de Ouro no Festival de Cannes.
Crédito: acervo pessoalNo fim dos anos 1970, Olivetto lançou aquela que seria uma de suas peças mais relembradas: o “Garoto Bombril”.
Crédito: 1970 lançamento do “Garoto Bombril” Reprodução tv globoAs propagandas estreladas pelo ator Carlos Moreno foram uma febre na TV brasileira, que incluíam, além do Bombril, o amaciante Mon Bijou e o pinho Bril.
Crédito: reprodução tv globoA campanha foi tão marcante que entrou para o Guinness Book como a "publicidade que ficou mais tempo no ar em toda a história da propaganda mundial". Foram 337 comerciais ao todo, sendo o último em 2004.
Crédito: reprodução tv globoEm 1986, o publicitário fundou a agência W/Brasil, ao lado dos sócios Javier Llussá Ciuret e Gabriel Zellmeister. O nome da empresa virou até letra de música de Jorge Ben Jor, tamanho o sucesso.
Crédito: reprodução/globonewsUm ano depois, em 1987, lançou outra campanha que fez muito sucesso na época, intitulada "Primeiro Sutiã", para a marca Valisère.
Crédito: reprodução tv globoA peça mostrava uma adolescente indo comprar sua primeira peça íntima e tinha como foco discutir a questão da puberdade feminina.
Crédito: reprodução tv globoOutra propaganda emblemática, "Hitler", feita para o jornal F. de São Paulo em 1989, falava sobre como mentiras são capazes de manipular os pensamentos.
Crédito: reprodução tv globoAs duas criações de Olivetto foram as únicas brasileiras a figurar na lista dos 100 maiores comerciais da história feita pela jornalista norte-americana Berneci Kanner.
Crédito: reprodução tv globoEm 1981, Olivetto ajudou a criar o movimento que ficou conhecido como Democracia Corinthiana, crítico ao regime militar que vigorou no Brasil.
Crédito: reproduçãoJá nos anos 1990, Olivetto foi responsável por mais uma propaganda marcante: a do “cachorrinho da Cofap“, que falava de uma marca de amortecedores.
Crédito: reprodução tv globoEm toda a sua carreira, Olivetto faturou mais de 50 Leões no Festival de Publicidade de Cannes. Além disso, ele também foi nomeado um dos 25 publicitários-chave do mundo pela revista britânica Media Internacional.
Crédito: reprodução tv globoReconhecido mundialmente, o brasileiro faturou o Clio Lifetime Achievement Award, um dos prêmios de maior prestígio da publicidade mundial.
Crédito: reprodução tv globoEm 2014, Olivetto se tornou o único publicitário não anglo-saxão no Hall da Fama do The One Club de Nova York (uma espécie de “Calçada da Fama” do ramo da publicidade).
Crédito: reprodução tv globoA notoriedade internacional de Olivetto também trouxe consequências negativas. Em 2001, ele foi sequestrado por um grupo de chilenos e argentinos e mantido em cativeiro por 53 dias.
Crédito: reprodução tv globoOs criminosos negociaram um resgate milionário com a família, utilizando bilhetes escondidos em entregas de flores, latas de tinta e pacotes de farmácia.
Crédito: reprodução tv globoOlivetto foi libertado após um apagão no bairro do Brooklin (SP), quando os sequestradores, acreditando que se tratava de uma operação policial, abandonaram o local. Todos os criminosos foram presos.
Crédito: reprodução tv globoWashington Olivetto era casado com Patricia Viotti e deixou três filhos — Homero, Antônia e Theo.
Crédito: reprodução tv globo