No dia 3 de outubro de 1897 nasceu Francisco Mignone, pianista, regente e compositor que é considerado um dos grandes nomes da música erudita brasileira.
Natural de São Paulo, ele foi autor de balés, óperas, peças sinfônicas e obras para piano. Mignone tornou-se conhecido pela habilidade em trabalhar tanto o repertório nacionalista, inspirado em modinhas e serestas, quanto o modernismo, com incursões mais ousadas.
Crédito: Domínio Público/Wikimédia CommonsEle foi também maestro e educador, tendo contribuído intensamente para a vida musical brasileira do século 20. Veja a seguir outros 10 músicos eruditos importantes da história do Brasil!
Crédito: Domínio Público/Wikimédia CommonsJosé Maurício Nunes Garcia (1767–1830) - Sacerdote e mestre de capela nascido no Rio de Janeiro, ele foi um dos primeiros grandes compositores brasileiros, atuando ainda no período colonial e no início do Império.
Crédito: Reprodução do Flickr brazilgroupEle compôs missas, motetos e obras sacras que rivalizavam em qualidade com as produções europeias da época. Sua música unia o rigor do estilo clássico com a sensibilidade melódica, tornando-o uma figura central na vida musical do Rio de Janeiro no início do século 19.
Crédito: Domínio Público/Wikimédia CommonsCarlos Gomes (1836–1896) - Nascido em Campinas, interior de São Paulo, foi o primeiro compositor brasileiro a alcançar fama internacional com suas óperas.
Crédito: Domínio Públíco/Wikimédia CommonsSua obra-prima, “O Guarani”, baseada no romance de José de Alencar, estreou em 1870 em Milão e foi celebrada na Europa como um exemplo de exotismo romântico. Gomes foi também autor de outras óperas importantes, como “Fosca” e “Lo Schiavo”, e até hoje é lembrado como o mais relevante operista brasileiro, capaz de inserir o país no circuito lírico mundial.
Crédito: Reprodução do livro Carlos Gomes, uma obra em focoHeitor Villa-Lobos (1887–1959) - Natural do Rio de Janeiro, é o mais conhecido compositor erudito do Brasil. Dono de uma produção vastíssima, que inclui os célebres Choros e Bachianas Brasileiras, Villa-Lobos soube unir a tradição europeia com os sons do Brasil profundo, da música indígena ao choro urbano.
Crédito: Domínio Público/Wikimédia CommonsVilla-Lobos também teve papel decisivo na educação musical, criando métodos e participando de programas governamentais que levaram a música às escolas. Sua figura tornou-se símbolo da brasilidade musical.
Crédito: Domínio Público/Wikimédia CommonsAlberto Nepomuceno (1864–1920) - Nascido em Fortaleza, no Ceará, foi um pioneiro ao defender o uso da língua portuguesa na música de concerto, em uma época em que predominava o italiano.
Crédito: Domínio Público/Wikimédia CommonsSua ópera “O Garatuja” e suas canções marcaram o esforço de criar uma música nacional, que incorporasse elementos da cultura brasileira sem abandonar a sofisticação europeia. Considerado o “pai do nacionalismo musical brasileiro”, Nepomuceno abriu caminho para gerações posteriores.
Crédito: Domínio Público/Wikimédia CommonsCamargo Guarnieri (1907–1993) - Natural da cidade de Tietê, em São Paulo, foi um dos mais importantes representantes do nacionalismo musical. Discípulo de Mário de Andrade, acreditava que a música brasileira deveria afirmar suas raízes culturais.
Crédito: Reprodução do YoutubeGuarnieri compôs seis sinfonias, concertos e inúmeras peças de câmara, sempre com forte identidade rítmica e melódica. Além de compositor, ele foi maestro e professor de várias gerações de músicos, consolidando-se como figura-chave da música erudita brasileira.
Crédito: Domínio Público/Wikimédia CommonsCláudio Santoro (1919–1989) - Nascido em Manaus, teve uma carreira marcada pela diversidade estilística. Suas composições passaram pelo nacionalismo, pelo dodecafonismo e pela música de vanguarda, refletindo sua inquietação criativa.
Crédito: Domínio Público/Wikimédia CommonsEle foi também regente de prestígio internacional e fundador da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional de Brasília. Santoro representa o músico múltiplo, comprometido tanto com a criação quanto com a difusão da música de concerto no país.
Crédito: DivulgaçãoRadamés Gnattali (1906–1988) - Maestro gaúcho, destacou-se pela habilidade em transitar entre o erudito e o popular. Pianista, maestro e arranjador, trabalhou com nomes como Pixinguinha, Tom Jobim e Elis Regina, criando arranjos que uniam sofisticação orquestral com a espontaneidade da música popular.
Crédito: Reprodução do Youtube Canal Instituto Piano Brasileiro - IPBNo campo erudito, Gnatalli compôs concertos, sinfonias e música de câmara, mas sempre com traços de brasilidade. Sua obra é lembrada como uma ponte entre mundos musicais muitas vezes separados.
Crédito: Reprodução do Instagram @mis.rioCésar Guerra-Peixe (1914–1993) - Compositor nascido no Rio de Janeiro, foi também um regente e pesquisador que se destacou pela investigação do folclore brasileiro. Inicialmente ligado ao dodecafonismo, acabou enveredando pelo nacionalismo musical, inspirado em ritmos e melodias populares.
Crédito: Domínio Público/Wikimédia CommonsGuerra-Peixe compôs obras orquestrais, corais e peças para conjuntos menores, sempre preocupado em revelar a riqueza da cultura popular dentro de estruturas eruditas.
Crédito: Domínio Público/Wikimédia CommonsEdino Krieger (1928–2022) - Músico catarinense marcou a cena contemporânea brasileira com sua produção diversificada e atuação como gestor cultural. Foi presidente da Funarte e contribuiu para a valorização da música de concerto no Brasil.
Crédito: DivulgaçãoComo compositor, transitou pelo nacionalismo e pela vanguarda, criando obras orquestrais e camerísticas. Também atuou como crítico musical e incentivador de jovens talentos, deixando um legado que vai além de suas próprias composições.
Crédito: Domínio Público/Wikimédia CommonsGilberto Mendes (1922–2016) - Maestro natural de Santos, foi um dos pioneiros da música contemporânea no Brasil, ligado ao movimento da música nova e ao experimentalismo.
Crédito: Reprodução do Youtube Canal bercoesplendidoMendes Incorporou elementos da música concreta, da aleatoriedade e até da cultura pop em suas obras. Reconhecido internacionalmente, ele foi também professor e organizador de festivais, como a Bienal de Música Contemporânea em Santos. Sua obra simboliza a abertura do Brasil às linguagens mais radicais da música do século 20.
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