Influenciadores digitais que ficaram conhecidos nas redes sociais por exibirem seus animais silvestres têm gerado debates acalorados em torno do tema.
Um dos casos mais emblemáticos no Brasil é o do amazonense Agenor Tupinambá, que conquistou milhões de seguidores ao compartilhar o dia a dia ao lado de sua capivara de estimação, Filó.
Crédito: Reprodução/InstagramEle ganhou fama nacional em 2023, após o Ibama apreender o animal.
Crédito: Reprodução/InstagramNa ocasião, o órgão alegou que Tupinambá havia adquirido seguidores explorando a fauna silvestre sem a devida licença ambiental.
Crédito: Reprodução/InstagramNo entanto, após um processo judicial, o influenciador obteve o direito de permanecer com a capivara, sob a justificativa de que ela vivia em harmonia com a natureza.
Crédito: Reprodução/InstagramO caso transformou Tupinambá em uma espécie de celebridade. Ele participou de programas de TV e ganhou até reportagem na revista Caras falando sobre sua vida amorosa.
Crédito: - Reprodução InstagramNa Câmara dos Deputados, seu caso inspirou um projeto de lei (com seu nome) que busca descriminalizar a posse de animais silvestres não ameaçados de extinção.
Crédito: Reprodução/InstagramDois anos depois, seu número de seguidores no Instagram e TikTok mais do que dobrou, ultrapassando 3,5 milhões combinados.
Crédito: Reprodução/InstagramEle abandonou a faculdade de agronomia, mudou-se para um sítio no Amazonas e passou a viver exclusivamente da internet, fechando contratos com empresas e até um site de apostas.
Crédito: Reprodução/InstagramParalelamente, o Ibama vem enfrentando uma onda de críticas e ameaças nas redes sociais, especialmente em casos similares de apreensão de animais silvestres usados como pets por influenciadores.
Crédito: montagem/reprodução redes sociaisUm exemplo foi o caso da modelo Nicole Bahls, que teve dois macacos-pregos apreendidos após postá-los em suas redes.
Crédito: Montagem/Reprodução/InstagramDescobriu-se que os documentos dos animais eram falsos, e o caso levou a uma operação contra o tráfico de animais no Rio de Janeiro.
Crédito: Divulgação/ Vinny NunesOutro exemplo recente foi o da jaguatirica Pituca, apreendida da influenciadora Luciene Cândido (Luh da Roça), que tem quase 500 mil seguidores no Facebook.
Crédito: Reprodução/Redes SociaisO Ibama alegou que o animal apresentava deficiências nutricionais, parasitas e lesões, apesar de ser exibido como "feliz" nas redes. O caso acabou gerando forte reação popular contra o órgão.
Crédito: montagem/reprodução instagram"Vivia livre na fazenda, sumia nas matas e voltava quando queria. Agora ela está definhando em uma jaula no Ibama. Quem é que está causando maus tratos?", criticou uma seguidora.
Crédito: Montagem/Divulgação/IbamaAlguns servidores chegaram a ser ameaçados de agressão física, o que levou o órgão a pedir para que o caso fosse investigado pela Polícia Federal.
Crédito: Montagem/Divulgação IbamaSegundo especialistas, essa exposição de animais nas redes sociais alimenta o tráfico e a exploração da fauna silvestre, muitas vezes mascarada como "carinho" ou "resgate".
Crédito: Reprodução/InstagramUm estudo científico publicado na revista Biological Conservation em 2023 analisou 400 vídeos de animais silvestres no YouTube de 39 países que, juntos, somavam 1 bilhão de visualizações.
Crédito: Reprodução/InstagramMuitos desses conteúdos eram monetizados, gerando lucros médios de US$ 10 mil por vídeo (em torno de R$ 56 mil).
Crédito: Reprodução/InstagramEmbora os vídeos com animais pareçam inofensivos ou até adoráveis, especialistas argumentam que podem haver danos ocultos, como más condições nutricionais, estresse e comprometimento do sistema imunológico.
Crédito: Divulgação/Polícia FederalO Ibama afirma que os animais apreendidos são encaminhados a centros de reabilitação para, quando possível, serem reintroduzidos na natureza.
Crédito: Divulgação/IpaamO YouTube e a Meta reforçam que explorar ou monetizar a imagem de animais silvestres de forma irregular é ilegal e viola políticas das plataformas. Apesar disso, muitos vídeos ainda escapam da moderação.
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