Na trama da novela “Vale Tudo”, Afonso Roitman - personagem interpretado por Humberto Carrão - recebeu o diagnóstico de leucemia mieloide. O episódio com essa revelação foi ao ar no dia 30 de agosto.
Assim, o folhetim da Globo retrata os desafios médicos, emocionais e familiares de quem enfrenta esse tipo de câncer que afeta o sangue. Além de mostrar os sintomas precoces da doença.
Crédito: Reprodução Instagram /@humbertocarraoAo longo dos capítulos, Heleninha Roitman, irmã do personagem - que é vivida por Paolla Oliveira -, percebe manchas roxas no braço de Afonso. Depois, ele se queixa de fadiga e exaustão. Por fim, ocorrem sangramentos nasais súbitos que o levam a procurar atendimento médico.
Crédito: Reprodução Instagram /@humbertocarraoApós exames revelarem o câncer, Afonso é informado sobre a necessidade de iniciar quimioterapia. A gravidade da situação o leva a raspar a cabeça preventivamente - nesta cena, é Solange, personagem de Alice Wegmann, que o faz. Ele ainda escreve um testamento - demonstrando o impacto psicológico profundo da notícia.
Crédito: DivulgaçãoEssa não é a primeira vez que um personagem de novela da Globo tem diagnóstico de leucemia. Em “Laços de Família”, de 2000, ficou muito famosa a cena em que Camila, interpretada por Carolina Dieckmann, tem a cabeça raspada ao som da música "Love by grace", de Lara Fabian, devido ao tratamento quimioterápico para a doença.
Crédito: DivulgaçãoNo dia 7 de setembro, a Igreja Católica irá canonizar Carlos Acutis, o primeiro santo da geração millennial. O adolescente italiano nascido na Inglaterra morreu aos 15 anos, em 2006, quando passava por tratamento de leucemia.
Crédito: Reprodução do Instagram @carloacustisChamado de “padroeiro da internet”, Acutis ganhou notoriedade por fazer uso da rede como canal de evangelização e produção de conteúdos sobre o catolicismo.
Crédito: Reprodução do Instagram @carloacustisEle foi beatificado em 2020 e, agora, está prevista a sua canonização pelo papa Leão XIV.
Crédito: Reprodução do Instagram @carloacustisA leucemia mieloide é um tipo de câncer que tem início na medula óssea, tecido gelatinoso onde são produzidas as células do sangue.
Crédito: VashiDonsk/Wikimédia CommonsNessa condição maligna, ocorre uma produção descontrolada de células imaturas da linhagem mieloide - precursoras de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas - que não completam seu desenvolvimento.
Crédito: Alexa Molina/Wikimédia CommonsEsse acúmulo prejudica a formação das células sanguíneas saudáveis, comprometendo funções essenciais do organismo.
Crédito: DivulgaçãoOs sinais da leucemia mieloide podem variar, mas geralmente estão relacionados à redução das células normais do sangue.
Crédito: MCSN Brian A. Stone/Wikimédia CommonsEntre os mais comuns estão cansaço extremo e palidez - devido à anemia -, sangramentos e hematomas, uma consequência da queda de plaquetas.
Crédito:Outros sintomas da doença são: Infecções recorrentes, pela baixa de glóbulos brancos funcionais; febre persistente, perda de peso e suores noturnos; em alguns casos, aumento do fígado, baço ou linfonodos.
Crédito: EternamenteAprendiz/Wikimédia CommonsComo os sintomas podem se confundir com os de outras doenças, é comum que o diagnóstico seja feito apenas após a realização de exames específicos.
Crédito: Imagem FreepikO processo diagnóstico inclui um hemograma completo, exame que analisa os componentes do sangue. Ele pode revelar alterações importantes, como aumento de leucócitos imaturos ou redução significativa de células sanguíneas.
Crédito: Imagem FreepikExames mais detalhados, como mielograma, biópsia de medula óssea, testes de imunofenotipagem e análises genéticas, ajudam a confirmar o tipo de leucemia e a orientar o tratamento.
Crédito: Reprodução do Flickr Universidade Federal do CearáA leucemia mieloide pode se apresentar em duas formas principais: leucemia mieloide aguda, a LMA, e leucemia mieloide crônica, a LMC.
Crédito: Imagem FreepikA leucemia mieloide aguda evolui de forma rápida e requer início imediato de tratamento. É mais comum em adultos, especialmente a partir dos 60 anos.
Crédito: Imagem FreepikJá a leucemia mieloide crônica tem progressão mais lenta e está associada a uma alteração genética chamada cromossomo Filadélfia. É mais comum em adultos de meia-idade.
Crédito: Imagem FreepikO tratamento depende do subtipo da doença, idade do paciente e condições de saúde associadas. Entre as opções estão: quimioterapia, terapias-alvo, transplante de medula óssea - que pode ser indicado em casos de maior risco ou recidiva, oferecendo possibilidade de cura - e terapias de suporte, que incluem transfusões de sangue, antibióticos e medicamentos para controle de sintomas.
Crédito: Reprodução do Flickr Universidade Federal do CearáOs avanços no diagnóstico precoce e nos tratamentos específicos aumentaram significativamente as taxas de sobrevida, sobretudo na LMC, que pode ser controlada por muitos anos com o uso de medicamentos orais.
Crédito: imagem FreepikJá na LMA, o sucesso depende do início rápido do tratamento e da resposta individual, mas o transplante de medula óssea continua sendo uma alternativa fundamental em muitos casos.
Crédito: Tânia Rêgo Agência Brasil