Leucemia mieloide: entenda a doença descoberta por personagem de ‘Vale Tudo’

Na trama da novela “Vale Tudo”, Afonso Roitman - personagem interpretado por Humberto Carrão - recebeu o diagnóstico de leucemia mieloide. O episódio com essa revelação foi ao ar no dia 30 de agosto.

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Assim, o folhetim da Globo retrata os desafios médicos, emocionais e familiares de quem enfrenta esse tipo de câncer que afeta o sangue. Além de mostrar os sintomas precoces da doença.

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Ao longo dos capítulos, Heleninha Roitman, irmã do personagem - que é vivida por Paolla Oliveira -, percebe manchas roxas no braço de Afonso. Depois, ele se queixa de fadiga e exaustão. Por fim, ocorrem sangramentos nasais súbitos que o levam a procurar atendimento médico.

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Após exames revelarem o câncer, Afonso é informado sobre a necessidade de iniciar quimioterapia. A gravidade da situação o leva a raspar a cabeça preventivamente - nesta cena, é Solange, personagem de Alice Wegmann, que o faz. Ele ainda escreve um testamento - demonstrando o impacto psicológico profundo da notícia.

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Essa não é a primeira vez que um personagem de novela da Globo tem diagnóstico de leucemia. Em “Laços de Família”, de 2000, ficou muito famosa a cena em que Camila, interpretada por Carolina Dieckmann, tem a cabeça raspada ao som da música "Love by grace", de Lara Fabian, devido ao tratamento quimioterápico para a doença.

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No dia 7 de setembro, a Igreja Católica irá canonizar Carlos Acutis, o primeiro santo da geração millennial. O adolescente italiano nascido na Inglaterra morreu aos 15 anos, em 2006, quando passava por tratamento de leucemia.

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Chamado de “padroeiro da internet”, Acutis ganhou notoriedade por fazer uso da rede como canal de evangelização e produção de conteúdos sobre o catolicismo.

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Ele foi beatificado em 2020 e, agora, está prevista a sua canonização pelo papa Leão XIV.

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A leucemia mieloide é um tipo de câncer que tem início na medula óssea, tecido gelatinoso onde são produzidas as células do sangue.

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Nessa condição maligna, ocorre uma produção descontrolada de células imaturas da linhagem mieloide - precursoras de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas - que não completam seu desenvolvimento.

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Esse acúmulo prejudica a formação das células sanguíneas saudáveis, comprometendo funções essenciais do organismo.

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Os sinais da leucemia mieloide podem variar, mas geralmente estão relacionados à redução das células normais do sangue.

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Entre os mais comuns estão cansaço extremo e palidez - devido à anemia -, sangramentos e hematomas, uma consequência da queda de plaquetas.

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Outros sintomas da doença são: Infecções recorrentes, pela baixa de glóbulos brancos funcionais; febre persistente, perda de peso e suores noturnos; em alguns casos, aumento do fígado, baço ou linfonodos.

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Como os sintomas podem se confundir com os de outras doenças, é comum que o diagnóstico seja feito apenas após a realização de exames específicos.

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O processo diagnóstico inclui um hemograma completo, exame que analisa os componentes do sangue. Ele pode revelar alterações importantes, como aumento de leucócitos imaturos ou redução significativa de células sanguíneas.

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Exames mais detalhados, como mielograma, biópsia de medula óssea, testes de imunofenotipagem e análises genéticas, ajudam a confirmar o tipo de leucemia e a orientar o tratamento.

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A leucemia mieloide pode se apresentar em duas formas principais: leucemia mieloide aguda, a LMA, e leucemia mieloide crônica, a LMC.

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A leucemia mieloide aguda evolui de forma rápida e requer início imediato de tratamento. É mais comum em adultos, especialmente a partir dos 60 anos.

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Já a leucemia mieloide crônica tem progressão mais lenta e está associada a uma alteração genética chamada cromossomo Filadélfia. É mais comum em adultos de meia-idade.

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O tratamento depende do subtipo da doença, idade do paciente e condições de saúde associadas. Entre as opções estão: quimioterapia, terapias-alvo, transplante de medula óssea - que pode ser indicado em casos de maior risco ou recidiva, oferecendo possibilidade de cura - e terapias de suporte, que incluem transfusões de sangue, antibióticos e medicamentos para controle de sintomas.

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Os avanços no diagnóstico precoce e nos tratamentos específicos aumentaram significativamente as taxas de sobrevida, sobretudo na LMC, que pode ser controlada por muitos anos com o uso de medicamentos orais.

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Já na LMA, o sucesso depende do início rápido do tratamento e da resposta individual, mas o transplante de medula óssea continua sendo uma alternativa fundamental em muitos casos.

Crédito: Tânia Rêgo Agência Brasil