A atriz Lilia Cabral será a intérprete de Rita Lee (1947–2023) nos palcos em um espetáculo que irá retratar os últimos anos de vida da eterna rainha do rock brasileiro.
Intitulada “Rita Lee: Balada da Louca”, a peça é uma criação de Guilherme Samora, inspirada na segunda autobiografia da artista, e busca apresentar ao público um retrato mais íntimo e humano da cantora.
Crédito: Marco Senche/Wikimedia CommonsAdmiradora de longa data de Rita, a atriz revelou a emoção de assumir o papel. “Sempre fui fã da Rita, que, para mim, é uma referência em tudo”, confessou.
Crédito: Reprodução do Instagram @lilia_cabral“Quando recebi esse convite, cheguei a perder um pouco o rumo. Nunca havia pensado nessa possibilidade. Curioso que, quando comentei com algumas pessoas, elas se surpreendiam e diziam que era uma junção de mundos maravilhosa”, completou a atriz.
Crédito: Reprodução do Instagram @lilia_cabralProduzido pela Brancalyone, o monólogo terá direção de Beatriz Barros, nome responsável por montagens de sucesso, como “O Avesso da Pele”. Com estreia prevista para meados de 2026, em São Paulo, “Rita Lee: Balada da Louca” promete ser uma homenagem sensível e profunda à artista que transformou a música brasileira com irreverência, humor e autenticidade.
Crédito: Reprodução/@lilia_cabralLilia Cabral Bertolli Figueiredo nasceu em São Paulo, no dia 13 de julho de 1957, e é uma das atrizes mais respeitadas da dramaturgia brasileira.
Crédito: Reprodução do Instagram @lilia_cabralAo longo de sua trajetória, ela acumulou prêmios importantes, entre eles um Grande Otelo, quatro Troféus Imprensa, um Prêmio APCA, um Prêmio Shell e três Prêmios Qualidade Brasil, além de ter sido indicada duas vezes ao Prêmio Emmy Internacional de Melhor Atriz.
Crédito: Reprodução do Instagram @lilia_cabralFilha do italiano Gino Bertolli e da portuguesa Almedina Sofia Cabral, Lilia cresceu na Lapa, bairro da zona oeste paulistana. A origem familiar e a disciplina herdada dos pais marcaram sua formação artística e pessoal.
Crédito: - Reprodução do Instagram @lilia_cabralEm entrevistas, a atriz já contou que a morte da mãe, em 1987, a levou a enfrentar um período difícil, com episódios de depressão e síndrome do pânico, que superou por meio de acompanhamento psicológico.
Crédito: Reprodução do Instagram @lilia_cabralFormada em Artes Cênicas pela Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo, em 1978, Lilia iniciou a carreira no teatro com a peça “Marat-Sade”, e logo se destacou em montagens como “Divinas Palavras” e “Estado de Sítio”.
Crédito: Reprodução do Instagram @lilia_cabralNo mesmo ano, estreou na televisão e, em 1981, ganhou projeção nacional com a novela “Os Imigrantes”, da Band, escrita por Benedito Ruy Barbosa, onde viveu Angelina, neta do personagem de Rubens de Falco.
Crédito: DivulgaçãoO talento chamou a atenção da Rede Globo, que a contratou em 1984 para o elenco de “Corpo a Corpo”, novela de Gilberto Braga. A partir daí, Lilia nunca mais ficou fora da televisão. Vieram personagens como Antonieta em “Hipertensão” (1986), Lena na primeira fase de “Mandala” (1987) e Aldeíde Candeias em “Vale Tudo” (1988), onde contracenou com Reginaldo Faria.
Crédito: DivulgaçãoNo fim da década, brilhou também em “Tieta” (1989), vivendo a beata Amorzinho, papel que ampliou seu reconhecimento junto ao grande público.
Crédito: DivulgaçãoDurante os anos 1990, a atriz consolidou-se como uma das maiores intérpretes de sua geração. Fez parte de produções como “Salomé”, “Pedra Sobre Pedra” e “Pátria Minha”.
Crédito: Reprodução do Instagram @lilia_cabralA parceria com o autor Manoel Carlos teve início em “História de Amor” (1995), no papel da neurótica Sheila, e se repetiria em várias produções seguintes. Em “Anjo Mau” (1997), interpretou Goreti; em “Meu Bem Querer” (1998), deu vida à perua Verena; e, no ano seguinte, integrou o elenco de “Malhação”, como a mãe da protagonista.
Crédito: Reprodução do Instagram @lilia_cabralNos anos 2000, Lilia manteve uma presença constante nas novelas da Globo. Foi Ingrid em “Laços de Família” (2000), Daphne em “Estrela-Guia” (2001), Edith em “Sabor da Paixão” (2002), e a vilã cômica Bárbara Albuquerque em “Chocolate com Pimenta” (2003).
Crédito: Reprodução do Instagram @lilia_cabralEm “Páginas da Vida” (2006), viveu Marta Toledo Flores, uma das personagens mais marcantes de sua carreira, papel que lhe rendeu prêmios e uma indicação ao Emmy Internacional. Dois anos depois, emocionou o público como Catarina em “A Favorita” (2008) e, em 2009, interpretou Tereza, em “Viver a Vida”, além de protagonizar o filme “Divã”, sucesso de público e crítica.
Crédito: DivulgaçãoEm 2011, alcançou o auge da popularidade ao interpretar Griselda Pereira, a “Pereirão”, protagonista de “Fina Estampa”. A personagem, símbolo de força e dignidade, garantiu à atriz uma série de prêmios de melhor atriz naquele ano.
Crédito: DivulgaçãoNa sequência, protagonizou “Saramandaia” (2013), viveu a poderosa Maria Marta em “Império” (2014), papel que também lhe rendeu reconhecimentos como o Troféu Imprensa e o Prêmio Extra de Televisão, e participou de produções como “Liberdade, Liberdade” (2016), “A Força do Querer” (2017), “O Sétimo Guardião” (2018) e "Garota do Momento" (2024).
Crédito: DivulgaçãoFora da televisão, Lilia mantém uma sólida trajetória no cinema e no teatro. No palco, é lembrada por sua entrega e profundidade emocional em montagens que exploram temas humanos e sociais. Já nas telas, destacou-se em filmes como “Divã 2” e “Maria do Caritó”, reafirmando sua capacidade de transitar entre o drama e a comédia com a mesma intensidade.
Crédito: Reprodução do Instagram @lilia_cabralNa vida pessoal, Lilia foi casada com o cineasta João Henrique Jardim entre 1986 e 1993. Após o divórcio, uniu-se ao economista Iwan Figueiredo, com quem teve sua única filha, Giulia Bertolli Figueiredo, nascida em 1997, que também seguiu os passos da mãe na carreira artística.
Crédito: Reprodução do Instagram @lilia_cabral