‘Livros Proibidos’: conheça a lista da Igreja Católica que censurou pensadores renomados

Você sabia da existência de uma "lista oficial" que condenava e proibia ideias de determinados intelectuais que contrariavam os dogmas da Igreja Católica?

Crédito: Issagm - Wikimédia Commons

Em junho de 2026, completam-se 60 anos da abolição do Índice dos Livros Proibidos, também conhecido como "Index Librorum Prohibitorum". Conheça mais sobre artefato histórico e controverso!

Crédito: wikimedia commons Jl FilpoC

O livro serviu como uma ferramenta de censura que vigorou por mais de 400 anos, de 1559 a 1966, marcando um período de controle rigoroso sobre o conhecimento e as ideias.

Crédito: wikimedia commons Drw1

O surgimento do Índice se deu no contexto da Reforma Protestante e do Concílio de Trento, de 1545 a 1563.

Crédito: wikimedia commons/domínio público

A lista foi elaborada pela primeira vez em 1559 pelo então Papa Paulo IV.

Crédito: wikimedia commons/domínio público

O objetivo do índice era proteger a fé e a moral dos fiéis, evitando que eles fossem expostos a ideias consideradas heréticas ou imorais.

Crédito: pixabay

Entre outras coisas, o Index visava principalmente limitar o acesso a obras que questionavam a doutrina e a autoridade do Papa.

Crédito: stempow por Pixabay

Além disso, o índice queria manter a hegemonia ideológica da Igreja em um período de surgimento de grandes intelectuais.

Crédito: Aaron Burden Unsplash

O Index era elaborado e atualizado periodicamente pela Congregação do Índice, um órgão da Cúria Romana.

Crédito: wikimedia commons/Bartleby08

A inclusão de um livro na lista significava a proibição total de sua leitura, tradução, posse e venda dessa obra.

Crédito: wikimedia commons/domínio público

O impacto do Index foi significativo, moldando o panorama cultural e intelectual da época. Vários autores renomados e obras conceituadas foram censurados, limitando o acesso ao conhecimento e à livre expressão.

Crédito: StockSnap/Pixabay

Ao longo dos séculos, o Index incluiu uma vasta gama de obras e autores de diversas áreas do conhecimento. Conheça alguns dos principais!

Crédito: iammarco Boscaro Unsplash

Galileu Galilei: Físico e astrônomo italiano, proibido por defender o heliocentrismo, contrariando a visão geocêntrica da Igreja.

Crédito: wikimedia commons/domínio público

Nicolau Copérnico: Astrônomo polonês, autor da obra "De Revolutionibus Orbium Coelestium", que propôs o heliocentrismo.

Crédito: wikimedia commons/domínio público

René Descartes: Filósofo francês, considerado um dos fundadores do racionalismo moderno.

Crédito: wikimedia commons/domínio público

John Locke: Filósofo inglês, precursor do liberalismo político e do empirismo.

Crédito: wikimedia commons/domínio público

Voltaire: Filósofo e escritor francês, um dos principais nomes do Iluminismo, crítico ferrenho da Igreja Católica.

Crédito: wikimedia commons/domínio público

Victor Hugo: Romancista, poeta e dramaturgo francês, conhecido por obras como "Os Miseráveis" e "O Corcunda de Notre Dame".

Crédito: wikimedia commons/domínio público

Fiódor Dostoiévski: Escritor russo, autor de obras como "Crime e Castigo" e "Os Irmãos Karamazov".

Crédito: wikimedia commons/domínio público

Giordano Bruno: O filósofo italiano foi incluído no Índice por suas ideias cosmológicas e teológicas que desafiavam a doutrina católica, incluindo a pluralidade dos mundos e a infinitude do universo.

Crédito: wikimedia commons

Immanuel Kant: O filósofo alemão teve algumas de suas obras incluídas no Índice, incluindo "Critique of Pure Reason", devido a suas ideias sobre a autonomia da razão e a religião.

Crédito: wikimedia commons/domínio público

Jean-Jacques Rousseau: O filósofo suíço teve suas obras, como "Emile, ou De l'éducation" e "Du Contrat Social", incluídas no Índice devido às suas ideias sobre a educação e a política, que eram vistas como subversivas pela Igreja.

Crédito: wikimedia commons/domínio público

Com o passar do tempo, a efetividade do Index diminuiu gradativamente. O avanço da imprensa, a crescente contestação à autoridade da Igreja e a mudança no panorama cultural tornaram a censura cada vez mais insustentável.

Crédito: Aaron Burden Unsplash

Em 1966, o Concílio Vaticano II revogou o Index Librorum Prohibitorum, reconhecendo a importância da liberdade de expressão e a necessidade de diálogo com outras culturas e ideias.

Crédito: Simone Savoldi Unsplash