Maior aquário de água doce do planeta fica no Brasil

A união entre ciência, arquitetura e conservação ambiental ganhou forma em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, com a inauguração do maior aquário de água doce do mundo.

Crédito: Reprodução do Instagram @bioparquepantanaloficial

O Bioparque Pantanal, inaugurado em 2022, não é apenas um ponto turístico de destaque no Brasil: é um centro de referência internacional em biodiversidade, inovação tecnológica e educação ambiental.

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Com acesso gratuito mediante agendamento, o espaço tem atraído visitantes de todas as idades, encantando não só pela grandiosidade de seus tanques, mas também pelo compromisso com a inclusão, a sustentabilidade e a ciência.

Crédito: Divulgação

O projeto nasceu com uma ambição clara: valorizar os ecossistemas de água doce, especialmente os do Pantanal, maior planície alagável do planeta.

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São mais de 5 milhões de litros de água distribuídos em 239 tanques, sendo 31 deles temáticos, que recriam com detalhes os habitats dos peixes e outros organismos aquáticos.

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O público pode ver de perto espécies como o imponente pirarucu, a jaú Maria Fernanda, as arraias Fernanda Montenegro e Fernanda Torres, a sucuri Gaby Amarantos e o curioso axolote, além da píton-albina Capitu e da jiboia Rachel Carson.

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Em cada um desses tanques, o visitante tem a oportunidade de mergulhar em uma verdadeira aula sobre a fauna brasileira e mundial.

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O edifício onde tudo isso está instalado é, por si só, uma obra de arte. Com assinatura do arquiteto Ruy Ohtake, falecido em 2021, o prédio foi concebido com linhas curvas que lembram o curso sinuoso dos rios pantaneiros.

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Além da beleza estética, a estrutura desafia a engenharia com painéis de acrílico espessos - chegando a 40 centímetros - e um sistema automatizado de suporte à vida, que mantém os ambientes aquáticos em perfeito equilíbrio.

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Nada ali foi feito por acaso. Afinal, cada detalhe do Bioparque foi planejado para unir funcionalidade, acessibilidade e impacto visual.

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O espaço é também um importante centro de pesquisa científica. Em um dos pavimentos funciona o Centro de Conservação de Peixes Neotropicais, responsável por feitos inéditos na reprodução de espécies aquáticas. Já foram registradas mais de 300 reproduções.

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Isso inclui 25 espécies que nunca haviam sido reproduzidas em laboratório em todo o mundo. Outras 15 só haviam sido estudadas fora do Brasil. Essas conquistas ajudam na preservação de espécies ameaçadas e no conhecimento aprofundado dos ciclos de vida desses animais.

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A atuação do Bioparque também se estende para além da biologia. O Nuptec - núcleo interno dedicado à tecnologia - se divide em quatro áreas: Tecnologias Sustentáveis, Tecnologias Educacionais, Tecnologias Sociais e Desenvolvimento e Inovação.

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Isso faz do Bioparque uma referência não apenas em conservação, mas também em pesquisa aplicada com foco na sustentabilidade.

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Outro diferencial é o compromisso com a acessibilidade. O programa “Bioparque para todos - Iguais na diferença” foi criado para garantir que todas as pessoas sejam bem acolhidas, independentemente de suas limitações físicas, sensoriais ou cognitivas.

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A sinalização em português e inglês, o atendimento humanizado e o treinamento constante da equipe contribuem para uma experiência de visita inclusiva, em que o lazer anda de mãos dadas com o conhecimento.

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Além das visitas guiadas pelos aquários, o Bioparque também conta com atividades educativas promovidas pelo Núcleo de Educação Ambiental. Uma das frentes mais abordadas é a economia circular - conceito que propõe o reaproveitamento de recursos.

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Professores e monitores atuam diretamente com o público escolar e também com os visitantes em geral, estimulando reflexões sobre consumo consciente e preservação dos ecossistemas.

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Nos feriados e datas comemorativas, o Bioparque costuma funcionar em horários especiais, com entrada liberada até o início da tarde. Guias treinados ficam disponíveis ao longo do circuito para esclarecer dúvidas e contar curiosidades sobre os animais e os bastidores do aquário.

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Toda essa estrutura transformou o complexo não apenas em uma atração turística de peso, mas também em um instrumento eficaz de popularização da ciência.

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O Bioparque Pantanal, portanto, representa um novo modelo de espaço público. Um lugar onde arquitetura, tecnologia e natureza dialogam com a sociedade de forma direta, educativa e acessível.

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Em tempos de urgência climática e perda de biodiversidade, iniciativas como essa se tornam essenciais para formar novas gerações mais conscientes e preparadas para cuidar do planeta.

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