Nove meses após derrota para Trump, Kamala Harris anuncia afastamento da política

Kamala Harris afirmou que não pretende retornar à política e descreve o sistema político estadunidense como “quebrado”. A ex-candidata à presidência pelo Partido Democrata demonstrou frustração com o cenário atual e indicou que, por ora, não tem planos de voltar à vida pública.

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Em entrevista ao "The Late Show with Stephen Colbert", Kamala Harris explicou sua decisão de não disputar o governo da Califórnia, apesar de despontar como favorita.

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Ao ser questionada sobre ações de Trump no segundo mandato, Harris afirmou que não previu a “rendição” das instituições diante de seus atos.

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Também defendeu que o futuro do Partido Democrata deve ser construído com responsabilidade coletiva, não por um único líder.

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Ela declarou: “É um erro para nós, que queremos descobrir como sair dessa situação e superar isso, colocar a responsabilidade nos ombros de uma única pessoa. Na verdade, a responsabilidade é de todos nós.”

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Em setembro de 2025, Harris lançará o livro "107 Dias", no qual relata como foi sua campanha presidencial em 2024 e o pouco tempo disponível que teve para planejar tudo.

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Em julho de 2024, Joe Biden anunciou sua desistência das eleições presidenciais e endossou Kamala Harris como a candidata presidencial do Partido Democrata.

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Outros nomes importantes do Partido Democrata, como o ex-presidente Bill Clinton e sua esposa, Hillary Clinton, que perdeu a eleição para Trump em 2016, também expressaram apoio a Kamala Harris na época.

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Dados reunidos pelo FiveThirtyEight indicavam que Kamala tinha aprovação de 37% dos americanos e 51% de desaprovação. Por outro lado, uma pesquisa da CNN apontou que ela teria mais chances que Joe Biden de derrotar Donald Trump na eleição presidencial.

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Entretanto, não foi o suficiente. Na eleição de 5 de novembro, Kamala Harris foi derrotada por Donald Trump. Ela admitiu a derrota no dia seguinte, após perder em estados-chave e registrar o pior desempenho democrata desde 1988.

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Primeira mulher a ocupar o posto de vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris nasceu em Oakland, na Califórnia em 20 de outubro de 1964.

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Kamala Harris se formou em Ciência Política e Economia pela Howard University em 1986. Concluiu o curso de Direito na UC Hastings College of the Law em 1989. Essa formação impulsionou sua carreira como promotora e figura política.

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Harris foi promotora-chefe de San Francisco (2004–2010) e a primeira mulher negra a assumir o cargo de procuradora-geral do estado da California (2011–2017).

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Com isso, ganhou projeção no Partido Democrata e foi eleita senadora pela Califórnia (2017–2020). E durante o seu mandato no Senado, se casou com o advogado Doug Emhoff.

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A ex vice-presidente dos Estados Unidos é filha de imigrantes - mãe indiana e pai jamaicano. Quando tinha cinco anos, os pais se separaram e Kamala cresceu mais próxima à mãe, Shyamala Gopalan Harris, uma ativista dos direitos civis.

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De acordo com a autobiografia escrita por Kamala Harris, “The Truths We Hold”, ela e a irmã Maya tiveram um grande contato com as culturas indiana e negra graças à influência da mãe.

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Nas eleições presidenciais de 2020, a presença de Kamala na chapa encabeçada por Biden foi considerada essencial para derrotar Donald Trump, que buscava a reeleição, por atrair os votos de minorias.

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Contrariando as expectativas, a sua baixa popularidade durante o mandato de Biden foi um grande desafio para Kamala Harris.

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Apesar disso, a ex-vice-presidente teve papel importante em temas sensíveis, como o da defesa do direito ao aborto.

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Kamala liderou a “Luta pelas Liberdades Reprodutivas”, uma campanha em prol do direito das mulheres sobre seus corpos.

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Kamala Harris também teve posicionamento incisivo em relação às guerras da Ucrânia e entre Hamas e Israel. A ex-vice-presidente fez um pronunciamento contundente em nome do governo dos Estados Unidos durante a Conferência de Segurança de Berlim, na Alemanha, acusando o governo russo de cometer crimes contra a humanidade na Ucrânia.

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Coube a Kamala dirigir as palavras mais duras ao governo de Israel, chefiado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, ao pedir um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza.

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