Desde 2018, o Brasil tem reivindicado junto à ONU o controle sobre a Elevação do Rio Grande, uma ilha submersa no Oceano Atlântico localizada a 1.200 km da costa do Rio Grande do Sul.
A formação tem cerca de 500 mil km², comparável em tamanho ao território da Espanha.
Crédito: FreepikEstima-se que a ilha tenha 5 mil metros de profundidade e pode ter sido parte do continente brasileiro no passado.
Crédito: NOAA Digital Atlas / domínio públicoA solicitação do Brasil é baseada na continuidade geológica com o território brasileiro, conforme prevê a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM).
Crédito: ReproduçãoEstudos da USP apontam que o solo da elevação é idêntico ao do interior de São Paulo, com evidências de que a área já foi uma ilha vulcânica tropical, coberta por vegetação e cercada por recifes.
Crédito: Reprodução/USPPesquisas com veículos submarinos revelaram picos com mais de 4 mil metros de altura na ilha submersa.
Crédito: ReproduçãoAinda segundo o estudo, a região abrigaria os chamados "minerais do futuro", como basalto e argila vermelha — recursos essenciais para a transição energética.
Crédito: Divulgação/Serviço Geológico do BrasilO Brasil tem uma das maiores reservas mundiais desses minerais, mas ainda não domina plenamente a tecnologia de processamento industrial.
Crédito: Divulgação/Serviço Geológico do Brasil"São minerais que ocorrem na natureza. Ou o país tem reserva ou não tem, não tem como criar uma indústria de minerais", explicou Carina Ulsen, pesquisadora da USP.
Crédito: H. Hach/Pixabay"Nosso trabalho não é advogar a favor da mineração submarina, mas estudar a região e entender o que temos lá embaixo do ponto de vista mineral, animal e vegetal", acrescentou.
Crédito: Divulgação/Serviço Geológico do BrasilA exploração da Elevação do Rio Grande poderia fortalecer a autonomia tecnológica do país em relação a esses materiais.
Crédito: Luigi Jovane/USPA Elevação do Rio Grande está situada em uma das três áreas que o Brasil reivindica além de sua Zona Econômica Exclusiva (ZEE).
Crédito: Divulgação/Serviço Geológico do BrasilO pedido oficial foi analisado pela Comissão de Limites da Plataforma Continental (CLPC) da ONU em fevereiro de 2025.
Crédito: Wikimedia Commons/John SamuelEm março, o órgão reconheceu a metodologia brasileira, embora ainda não haja prazo para uma decisão final.
Crédito: Ramon Buçard/UnsplashEstudos indicam que a elevação foi erodida por forças naturais e coberta por erupções vulcânicas.
Crédito: divulgação serviço geológico do brasilA análise geológica e biológica do local é conduzida por universidades brasileiras como USP, UNB, UERJ, Mackenzie, UFES e Unisinos.
Crédito: ReproduçãoAtualmente, a zona econômica exclusiva do Brasil vai até 370 km da costa. A elevação está mais distante, em águas internacionais.
Crédito: ReproduçãoAmostras coletadas nessa região na década de 1980 sugeriam a ideia de que essa parte da elevação já esteve acima da água.
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