Padre detona as ‘mamães’ de bebês reborn: ‘infantilizadas’

Dessa vez, um padre que tem mais de 6 milhões de seguidores nas redes sociais fez um desabafo sobre mulheres que tratam bonecas reborn como filhos de verdade.

"Não sei o que está acontecendo que aqui no meu Instagram está aparecendo um monte de vídeo das mães de bebês reborn. O que está acontecendo com o mundo?”, questionou Patrick Fernandes.

O padre também perguntou se essas mulheres realmente têm uma ligação emocional com as bonecas ou se fazem isso apenas para gerar engajamento nas redes.

"O que está acontecendo, gente? Está tendo chá revelação, encontro no parque com os nenéns reborn e as mães estão levando (as bonecas) para o hospital. Jesus, volta logo", desabafou.

E o religioso foi além: "É difícil eu assumir, mas está faltando marido para essas mulheres. Não que homem seja a opção, mas está faltando marido para essas mulheres se ocuparem de alguma forma, porque não é possível."

O padre ainda disse que acha os bebês reborn assustadores e que não conseguiria dormir com uma boneca dessas por perto. "Nós estamos vivendo uma geração de adultos infantilizados”, finalizou.

Patrick Fernandes não foi o único padre que comentou sobre o assunto do momento. No dia 16/05, Chrystian Shankar, da Diocese de Divinópolis (MG), se pronunciou dizendo que se recusa a batizar bebês reborn.

De acordo com o padre, quem pedir isso deve "ser encaminhado ao psicólogo ou psiquiatria”.

O fenômeno dos bebês reborn surgiu depois que vídeos com mulheres cuidando dos bonecos como se fossem filhos de verdade começaram a circular na internet.

O assunto está rendendo tanto que foi parar até na Câmara dos Deputados. Parlamentares chegaram a apresentar três projetos de lei para evitar que "mães" desses bonecos recebam benefícios indevidos.

Um deles proíbe profissionais de saúde (SUS ou privado) de simular atendimento médico a bonecos reborn.

Neste domingo (18/05), uma mulher de 25 anos levou um boneco reborn para receber atendimento em uma Unidade de Pronto Atendimento de Guanambi, município da Bahia.

A jovem solicitou um táxi por aplicativo por volta das 23h, afirmando que o "bebê" estava com muita dor e pedindo que o motorista fosse rápido.

Ao chegar à UPA, uma senhora que conhecia a família da jovem percebeu que se tratava de um boneco ao levantar o pano que cobria o rosto da boneca. O atendimento não foi realizado.

Familiares revelaram que a moça, que enfrenta problemas de depressão, havia comprado o bebê reborn por R$ 2,8 mil na internet cerca de um mês antes e saíra de casa sem avisar ninguém.

Os bebês reborn são bonecos feitos à mão para parecerem bebês reais, com detalhes como textura da pele, veias e cabelo aplicados fio a fio.

Em alguns vídeos que circulam pelas redes sociais, é possível ver mulheres passeando com os bonecos em lugares públicos, simulando brincadeiras, colocando de castigo e até "amamentando"!