Há 226 anos, no dia 15 de julho de 1799, a Pedra de Roseta foi descoberta no Egito por um grupo de soldados franceses durante uma campanha militar liderada por Napoleão Bonaparte.
A Pedra de Roseta é considerada um dos marcos mais importantes da arqueologia e da linguística.
Crédito: Andre Olavo Leite/Wikimédia CommonsEsse fragmento de granito permitiu à humanidade, pela primeira vez em quase 1.500 anos, traduzir e compreender os antigos hieróglifos egípcios, signos de escrita do Egito da época dos Faraós.
Crédito: Captmondo/Wikimédia CommonsO achado da Pedra de Roseta ocorreu nas ruínas de um antigo forte perto da cidade de Roseta - atualmente conhecida como Rashid, no delta do Rio Nilo.
Crédito: Domínio Público/Wikimédia CommonsO responsável direto pela descoberta foi o tenente Pierre-François Bouchard, que era engenheiro militar e notou que a inscrição poderia conter grande valor histórico.
Crédito: Reprodução do Instagram @rivadaviadrummondA Pedra de Roseta é, na verdade, uma rocha semelhante ao granito, chamada laje de granodiorito. Com 114 cm de altura e 72 cm de largura, ela pesa aproximadamente 760 kg.
Crédito: flickr Fink1530O que a torna extraordinária é o fato de conter o mesmo texto gravado em três sistemas de escrita diferentes.
Crédito: Reprodução do Instagram @rivadaviadrummondNa Pedra de Roseta o texto está registrado em hieróglifos e também na escrita demótica egípcia, o idioma administrativo e cotidiano do Egito na época, e em grego antigo, a língua oficial da administração durante a dominação da Grécia durante a dinastia ptolomaica.
Crédito: Reprodução do Instagram @rivadaviadrummondO texto contido no granito é um decreto datado de 196 a.C.. em que sacerdotes egípcios reunidos na cidade de Mênfis proclamam a divinização do rei Ptolomeu V.
Crédito: Domínio Público/Wikimédia CommonsNesses escritos, os sacerdotes reconheciam os feitos de Ptolomeu V e concediam benefícios fiscais aos templos.
Crédito: Reprodução do Instagram @rivadaviadrummondEm 1801, os britânicos tomaram a Pedra de Roseta e enviaram o estimado objeto para Londres após derrotarem as tropas de Napoleão no Egito.
Crédito: Flickr Austrian LancerDesde 1802, a Pedra de Roseta está exposta no British Museum, em Londres, onde se tornou um dos itens mais visitados e simbólicos da instituição.
Crédito: - ProtoplasmaKid/Wikimédia CommonsNesses mais de dois séculos, a França reivindica dos ingleses a devolução do objeto, sem sucesso.
Crédito: Reprodução de vídeo EURONEWSA decifração do texto gravado na Pedra de Roseta exigiu um longo processo. Vários estudiosos se debruçaram sobre ela.
Crédito: Domínio Público/Wikimédia CommonsDois nomes se destacaram nessa empreitada: o inglês Thomas Young, que identificou que os hieróglifos continham elementos fonéticos, ligados ao som das palavras, e o francês Jean-François Champollion, que, em 1822, conseguiu a chave definitiva para a leitura dos hieróglifos.
Crédito: Reprodução de vídeo EURONEWSChampollion notou que os hieróglifos, ao contrário do que se pensava até então, não eram apenas símbolos figurativos ou mágicos, mas um sistema complexo que combinava fonemas e ideogramas.
Crédito: Reprodução de Musée Champollion - les ÉcriA partir dessa constatação, toda a cultura escrita do Antigo Egito pôde ser gradualmente compreendida.
Crédito: Reprodução de vídeo EURONEWSA Pedra de Roseta tornou-se um ícone cultural, frequentemente associada à ideia de “chave de tradução” ou “solução para mistérios complexos”.
Crédito: Reprodução de vídeo EURONEWSHoje, o termo "Pedra de Roseta" é usado metaforicamente para descrever qualquer objeto, código ou ideia que possibilite a compreensão de algo anteriormente inacessível.
Crédito: Flickr T DoksoneAlém disso, seu papel foi fundamental para o nascimento da egiptologia moderna, ciência que estuda a história, religião, escrita e sociedade do Egito Antigo com base em fontes arqueológicas e textuais.
Crédito: - Reprodução de curadores do Mureu Britãnico