Estudo publicado no jornal científico “Frontiers in Marine Science” descobriu o método utilizado por orcas na caça a tubarões-baleia, o maior peixe do mundo (chega a até 18 metros de comprimento).
Ao observar imagens e vídeos de orcas se alimentando de tubarões-baleia (foto), os biólogos perceberam que elas atacavam a área pélvica desses peixes. Surpreendidos e assustados, eles viravam de barriga para cima, deixando exposta a sua região menos protegida.
Crédito: Zac Wolf/Wikimedia commonsOs pesquisadores concluíram que deve haver um grupo de orcas no Golfo da Califórnia especializado em caçar tubarões-baleia, pois dos quatro ataques flagrados, em três um macho adulto estava presente. No outro episódio, esse macho, apelidado pelos biólogos de “Moctezuma", acompanhava as fêmeas.
Crédito: domínio públicoOs pesquisadores são do Instituto de Ciências Naturales Alexander von Humboldt, da Universidade de Antofagasta, no Chile.
Crédito: Marcos Escalier wikimedia comonsRecentemente, pesquisadores fizeram um registro que ajuda a compreender hábitos alimentares de orcas que passam pela Corrente de Humboldt, no Chile. Essa corrente nasce na Antártica e segue adiante atravessando o mar na América do Sul.
Crédito: Domínio Público - Wikimédia CommonsEles conseguiram documentar a matriarca, batizada de Dakota, matando um golfinho e deixando partes do animal para o grupo. Como as orcas fazem parte da família dos golfinhos, os cientistas divulgaram o flagrante e destacaram que ainda não sabiam que elas faziam esse tipo de alimentação.
Crédito: Divulgação Luis AguillarAs orcas se espalham por diversas partes do mundo. Recentemente, o governo de Portugal proibiu barcos turísticos de se aproximarem desses animais.
Crédito: Reprodução site CIRCEO Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas de Portugal anunciou que medida se deve a sucessivos ataques de orcas, em bando, contra embarcações. As investidas se intensificaram, causando pânico nos tripulantes e passageiros.
Crédito: PixabayAlém de Portugal, esse problema também vem ocorrendo na Espanha. O instituto Orca Atlântica revelou que houve um aumento das atividades das orcas no Estreito de Gibraltar.
Crédito: PixabayEsse estreito liga o mar Mediterrâneo com o oceano Atlântico, no extremo sul da Espanha, e o Marrocos, no noroeste da África.
Crédito: NASAEm 2023, Greg Blackburn, que estava a bordo de uma embarcação que sofreu um dos ataques, disse que o bando tinha seis orcas e que uma maior apareceu, dando impressão de que seria mãe do grupo.
Crédito: Greg BlackburnPara Greg, essa orca de maior porte agia como se estivesse "educando" os filhotes a avançar contra a embarcação.
Crédito: Greg BlackburnDois dias depois, no mesmo local, um grupo de três orcas atingiu um iate, perfurando o leme. Mais uma vez, ele percebeu a "orientação" da mãe: “As duas pequenas orcas observaram a técnica da maior e, com uma leve correria, também batiam no barco”.
Crédito: Reprodução de vídeo de Greg BlackburnO site Live Science afirmou que esses ataques são dirigidos principalmente a barcos à vela e seguem um padrão: as orcas se aproximam da popa para atingir o leme.
Crédito: Reprodução do site Live ScienceQuando conseguem parar o barco, as orcas parecem perder o interesse. E saem de perto.
Crédito: Reprodução de vídeo do site Newsweek90Barbate é um município da Espanha na província de Cádiz, comunidade autónoma da Andaluzia, com cerca de 23 mil habitantes numa área de 142 km² .
Crédito: Imagem FreepikO biólogo Alfredo López Fernandez, da Universidade de Aveiro, divulgou na ocasião que as interações de orcas com pessoas (no caso, as que estão no barco) já ocorriam, mas o fenômeno do ataque a embarcações tem ganhado impulso recentemente.
Crédito: Divulgação Universidade de AveiroSegundo o especialista, embora possa parecer estranho para os leigos, uma das hipóteses é "trauma" referente a algo que ocorreu e que desencadeou uma postura defensiva.
Crédito: Instagram @april_georginaUm grupo de orcas tem sido acompanhado desde 2020 exatamente por causa desse comportamento incomum de atacar embarcações, especialmente veleiros.
Crédito: Pixabay“Em mais de 500 eventos de interação registrados desde 2020, há três navios afundados. Estimamos que as orcas só tocam um navio em cada cem que navegam por um local”, disse.
Crédito: Arquivo Pessoal, Divulgação Salvamento Marítimo Espanha e Reprodução Twitter Vídeo @salvamentogobAlém do Estreito de Gibraltar, as orcas também chamam atenção na Galiza, comunidade autônoma da Espanha, que fica ao norte de Portugal, com 2,7 milhões de habitantes.
Crédito: Imagem de José A Ortega por PixabayAs orcas, apesar de uma certa confusão em relação a isso, não são baleias. Elas fazem parte da família dos golfinhos. A fama equivocada se propagou por causa do filme "Orca", de 1977, produzido nos Estados Unidos.
Crédito: Reprodução de víddeo Dailymotion e Site Leitura FílmicaEmbora o título original fosse apenas "Orca", no Brasil o distribuidor apelou para atrair atenção e chamou de "Orca, a Baleia Assassina". Já em Portugal, os gajos não cometeram esse erro e deram o nome de "Orca, a Fúria dos Mares"
Crédito: Reprodução dos sites adoro Cinema e Meu CinemaO filme foi estrelado por Richard Harris, no papel de Nolan, capitão de um navio que fere uma orca prenha (e ela perde o filhote). O macho, então, faz de tudo para se vingar dos tripulantes da embarcação.
Crédito: Reprodução dos sites adoro Cinema e Meu CinemaUma orca pode pesar até nove toneladas. Portanto, ao bater no barco, dependendo do tamanho da embarcação, pode causar sérios danos. Curiosamente, a espécie é o segundo mamífero de maior área de distribuição geográfica (perde apenas para o homem,). Ela é encontrada em todos os oceanos.
Crédito: Wolfgang Lucht por Pixabay, Domínio Público e Robert Pitman - Wikimédia Commons