Pesquisadores da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, desenvolveram uma molécula que é capaz de simular os efeitos benéficos do exercício físico e do jejum no corpo humano.
O estudo, realizado com sucesso em camundongos e publicado no Journal of Agricultural and Food Chemistry, já avança para testes clínicos em humanos.
Crédito: wikimedia commons kcthetc1Segundo Thomas Poulsen, professor de Química e coautor do estudo, a molécula induz um estado metabólico semelhante ao de correr 10 quilômetros em jejum.
Crédito: Jozsef Hocza UnsplashSegundo os cientistas, muitos benefícios do exercício físico e da restrição calórica estão ligados ao aumento dos níveis de lactatos e cetonas no organismo, substâncias que funcionam como combustível para as células.
Crédito: freepik Drazen Zigic"Quando os níveis de lactato e cetonas no sangue aumentam, a produção de um hormônio supressor de apetite também aumenta e o nível de ácidos graxos livres no sangue diminui", comentou Thomas Poulsen.
Crédito: Imagem de Ovidiu Negrea por Pixabay"Isso traz uma série de benefícios à saúde, como a redução do risco de desenvolver síndrome metabólica”, acrescentou.
Crédito: William Choquette pexelsContudo, o consumo direto de lactatos e cetonas na dieta não foi eficaz porque não eliminou do organismo algumas substâncias prejudiciais como ácido e sal.
Crédito: freepik 8photoPara solucionar esse problema, os cientistas desenvolveram uma molécula inovadora que combina lactatos e cetonas sem esses subprodutos indesejáveis.
Crédito: Chokniti Khongchum por PixabayApós três anos de pesquisas, eles criaram uma substância chamada LaKe, que alcançou resultados promissores.
Crédito: Towfiqu barbhuiya UnsplashQuando testada em camundongos, a molécula LaKe elevou de forma controlada e segura os níveis de lactatos e cetonas no organismo, resultando no aumento de um hormônio peptídico que promove a saciedade.
Crédito: freepik kjpargeterOs cientistas concluíram que LaKe é uma forte candidata para estimular as respostas biológicas benéficas associadas a esses metabólitos.
Crédito: fernando zhiminaicela por PixabayThomas Poulsen destacou que, embora os efeitos fossem esperados devido às propriedades conhecidas das substâncias, a inovação está na criação de uma molécula que permite manipular essas quantidades de maneira segura e eficaz.
Crédito: freepik rawpixel.comSe os ensaios clínicos confirmarem a segurança e eficácia, num próximo passo a molécula LaKe poderá ser usada como um suplemento nutricional avançado.
Crédito: Imagem FreepikOu seja, poderá oferecer benefícios especialmente para aqueles que enfrentam dificuldades em manter uma rotina rigorosa de exercícios e dieta.
Crédito: stocksnap pixabayO professor ressalta que a molécula pode ser uma solução para pessoas com limitações físicas, como problemas cardíacos ou fraqueza geral, ajudando na recuperação e na obtenção dos benefícios metabólicos de forma acessível e prática.
Crédito: Daniel Reche por PixabayEssa não é a única pesquisa obre moléculas que imitam os efeitos dos exercícios físicos. Um estudo publicado no fim de 2023 por cientistas das Universidades de Washington (foto) e da Flórida testou uma substância chamada SLU-PP-332.
Crédito: wikimedia commons Ser Amantio di NicolaoO fármaco atua sobre proteínas chamadas ERRs, responsáveis por ativar vias metabólicas em tecidos como músculos e coração, semelhantes aos efeitos do exercício físico.
Crédito: geniusvv por PixabayNo experimento, camundongos obesos tratados com SLU-PP-332 apresentaram uma redução significativa de gordura e perda de peso, mesmo sem mudanças na alimentação ou prática de exercícios.
Crédito: Cindy Parks por PixabayEles acumularam 10 vezes menos gordura e perderam 12% do peso. O professor Thomas Burris, responsável pelo estudo, explicou que os animais "gastaram mais energia simplesmente vivendo".
Crédito: pixabayA molécula não causou efeitos colaterais graves e os cientistas agora estão trabalhando para aprimorar sua estrutura, visando a administração em forma de pílula.
Crédito: Hal Gatewood Unsplash