População idosa no interior do Japão enfrenta condições extremas para preservar tradição milenar

O Japão é um dos países mais envelhecidos do mundo, e a agricultura rural reflete essa realidade: a idade média dos agricultores chega a 80 ou até 90 anos em áreas montanhosas.

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Nesse contexto, a trajetória de um agricultor de 89 anos se destaca como símbolo dessa transformação.

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Ele cultiva sozinho uma pequena plantação tradicional de arroz em encostas remotas, utilizando métodos herdados de gerações anteriores.

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O idoso enfrenta diariamente trilhas íngremes, clima rigoroso e a total ausência de mecanização.

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Sua rotina, que começa antes do amanhecer e se mantém mesmo sob neve ou chuva, reflete o espírito japonês do "gaman", a persistência diante das dificuldades.

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Reportagens mostram que a situação do idoso está longe de ser a única. No Japão, centenas de agricultores muito idosos continuam ativos para evitar que terras familiares sejam abandonadas.

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O fenômeno é comum em regiões marcadas pelo “mura shōmetsu”, como são chamados os desaparecimentos de vilarejos rurais.

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Com populações cada vez menores, serviços básicos desaparecem e fazendas são engolidas pelo mato, reforçando o isolamento desses trabalhadores.

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Mesmo assim, o agricultor de 89 anos segue cuidando sozinho da irrigação, do plantio, do controle de ervas e da colheita, demonstrando força física surpreendente para sua idade.

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Para muitos desses idosos, cultivar arroz não é apenas um sustento, mas um dever moral e uma forma de honrar a ancestralidade.

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Além disso, estudos feitos pela Universidade de Tóquio mostram que o esforço físico contínuo contribui para a saúde e mobilidade dessa parcela da população.

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A história desse agricultor evidencia simultaneamente a crise de sucessão agrícola no Japão e a resiliência de uma geração que continua defendendo práticas centenárias.

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Em meio à previsão de que o país pode perder um terço de suas fazendas tradicionais até 2035, essas figuras se tornaram guardiãs de um modo de vida que está desaparecendo, preservando a cultura do arroz e a memória rural japonesa.

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O Japão tem uma das populações mais envelhecidas do mundo no geral: em 2025, cerca de 29,3% das pessoas têm 65 anos ou mais.

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Como consequência desse envelhecimento e da diminuição da população ativa, o mercado de trabalho — inclusive o agrícola — sofre com falta de mão de obra jovem.

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Apesar de sua relevância histórica e cultural, a agricultura representa uma parcela pequena da economia moderna do Japão: em 2023, o setor agrícola respondia por cerca de 1% do PIB e cerca de 3% dos empregos, segundo relatório oficial.

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A maior parte do território japonês é montanhosa. Dessas, apenas cerca de 12% da área total do país é compatível com cultivo agrícola, e mais da metade dessa área é destinada a arrozais.

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Diante da escassez de mão de obra jovem, o governo japonês e empresas privadas têm investido pesadamente em tecnologia e robótica, como tratores autônomos e sistemas de monitoramento por robôs.

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