Relato viraliza, e empreendedora “explode” em vendas de bonecos de crochê

O crochê virou debate nas redes após a artesã Letícia Cristina Franskoviak, 19 anos, compartilhar no X (antigo Twitter) a reação de um cliente que achou caro pagar R$ 200 por um boneco de crochê.

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O desabafo viralizou, ultrapassando 1,4 milhão de visualizações, com milhares de curtidas e comentários em defesa da empreendedora. Em poucos dias, o perfil dela ganhou mais de 1,4 mil seguidores e recebeu mais de cem pedidos de encomenda.

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A repercussão evidenciou como peças de crochê, feitas com dedicação e técnica, ainda sofrem desvalorização - mesmo sendo expressões criativas que vão além do artesanato tradicional.

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Seja em peças decorativas, roupas ou presentes especiais, o crochê é uma forma de arte que pode transformar fios em algo único, inspirado e cercado de significados. Todos os anos, em 12 de setembro é comemorada essa forma de arte, que atua com fonte de renda e ajuda na saúde.

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O crochê e outras artes manuais têm se mostrado ferramentas valiosas no enfrentamento do Alzheimer. Ao estimular o cérebro, melhorar a saúde mental e promover a socialização e oferecem benefícios significativos para a prevenção e o tratamento da doença.

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Uma atividade que estimula a concentração, o raciocínio, a memória e a coordenação motora. Essa atividade manual promove o bem-estar ao reduzir o estresse e a ansiedade, aumentando os níveis de hormônios de prazer como a dopamina e a serotonina

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Em primeiro lugar, o Dia Mundial do Crochê procura unir a comunidade global desta atividade em torno de uma paixão comum, assim como reconhecer a importância dessa arte.

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É, portanto, uma oportunidade para crocheteiras e crocheteiros ao redor do mundo compartilharem suas habilidades nesta arte única e inspiradora.

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Na pré-história, desenhos do Paleolítico sugerem que técnicas semelhantes ao crochê eram usadas para criar redes de pesca e outras estruturas.

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Além disso, existem indícios de práticas manuais em diferentes culturas, como na China. Por lá, bonecos eram feitos com essa técnica, assim como no Egito, América do Sul e Oriente Médio.

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Uma das teorias mais aceitas aponta que o crochê evoluiu do "bordado de tambor". Essa é uma técnica chinesa trazida para a Europa por volta do século XVII, onde o fio era trabalhado por baixo de um tecido esticado em um bastidor.

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As agulhas encontradas na antiguidade eram basicamente feitas de ossos e madeira. Posteriormente, com a evolução tecnológica, elas começaram a ser inteiras e com o gancho fixo.

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Atualmente, há uma infinidade de tipos de agulhas, feitas de aço, alumínio, bambu, acrílico e com cabo ergonômico.

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O crochê, então, ganhou grande popularidade na Europa, especialmente na França e, mais tarde, na Irlanda, onde se tornou uma fonte de renda para muitas mulheres durante a fome de batata. Uma época que deu origem ao famoso "crochê irlandês".

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A disseminação da técnica ajudou a salvar diversas famílias. Afinal, homens, mulheres e crianças aprenderam a crochetar durante o período e passaram a sustentar suas casas com esse trabalho.

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A publicação das primeiras revistas com padrões de crochê, a partir de 1850, foi um marco, algo que permitiu que a técnica se espalhasse e se tornasse mais acessível.

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A técnica, antes vista como uma forma de artesanato refinado para a nobreza, tornou-se um passatempo e uma forma de trabalho para diversas classes sociais, transmitida entre gerações.

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Surge então o “crochê no ar”, técnica francesa que utilizava apenas linha e agulha, como conhecemos. Afinal, anteriormente tinha um “tambour”, como nos bordados.

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O crochê chegou ao Brasil com os colonizadores europeus no século XIX, sendo inicialmente adotado pelas elites urbanas que tinham acesso a revistas e manuais importados.

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Tornou-se uma tradição forte e símbolo de resistência e empreendedorismo, especialmente na região Nordeste, e se transformou em uma arte popular passada de geração em geração.

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O baixo custo de materiais e a praticidade da técnica fizeram do crochê uma importante fonte de renda, permitindo que mulheres pudessem conciliar essa atividade com trabalhos domésticos e de cuidado com os filhos.

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Em muitas comunidades, o crochê se tornou uma ferramenta de empoderamento, o que proporcionou uma fonte de renda sustentável e agregando valor a itens básicos como panos de prato.

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O modelo de crochê grampo consiste na produção de peças, como blusas e cachecóis, através de um grampo ou tear que cria tiras de argolas.

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O Granny Square, conhecido como “quadrados da vovó”, como ficaram misturavam diversos pontos e cores e eram utilizados para roupas, colchas e almofadas. Foi extremamente popularizado devido ao movimento hippie, a partir da década de 1960.

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O crochê peruano possui pontos grandes, que formam argolas largas e são muito trabalhadas. Para a criação, se utiliza um rolo ou cabo de madeira e é utilizado para fazer bolsas e gorros.

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Atualmente, o crochê é reconhecido na alta costura e na decoração, com marcas e designers trazendo a técnica para as passarelas e interiores.

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A prática continua a evoluir com novas cores e materiais, sendo também vista como um passatempo relaxante e uma forma de terapia para muitas pessoas.

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Desde 2017 a 2019, o crochê esteve em alta, mas a partir do aumento das práticas manuais durante o período de pandemia, a técnica ganhou uma notoriedade ainda maior, de forma mais moderna.

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