O percevejo marrom asiático já é considerado uma das pragas mais preocupantes no Brasil, pois ataca mais de 170 espécies de plantas cultivadas e ornamentais. Sem predadores naturais locais, sua população cresce rapidamente e causa impacto direto na agricultura. A chegada do outono intensifica o problema, já que os insetos buscam abrigo em casas e construções.
Originário do leste asiático, o percevejo marrom se espalhou pelo mundo e encontrou no Brasil condições ideais para se multiplicar. Diferente dos percevejos verdes nativos, que são controlados pelo equilíbrio ecológico, essa espécie invasora não tem predadores naturais. O resultado é uma expansão acelerada que ameaça lavouras e incomoda moradores durante o frio.
Crédito: Paul Resiga/PixabayCom coloração marmorizada em tons de cinza e marrom, o percevejo asiático pode parecer inofensivo dentro das casas, mas seu impacto no campo é enorme. Ao atacar mais de 170 plantas, desde frutíferas até ornamentais, compromete a produção agrícola. Sem inimigos naturais no Brasil, sua multiplicação rápida torna-se um desafio para agricultores e para o equilíbrio ambiental.
Crédito: Vinayaraj/Wikimedia CommonsUma espécie de percevejo originária da China, aliás, começou a ser detectada em cidades do litoral de São Paulo, o que gerou alertas de pesquisadores para possíveis danos ambientais e econômicos caso haja uma expansão da população desse inseto.
Crédito: Chen-Pan Liao/Wikimedia CommonsTrata-se do Erthesina fullo, que se alimenta de diversos tipos de plantas e é considerado uma praga agrícola no continente asiático. Já foram registrados exemplares na Baixada Santista, com predominância na cidade de Santos. Eles teriam entrado na região em contêineres transportados por navios que desembarcaram no porto local.
Crédito: DivulgaçãoNo fim de 2024, bares da região central do Rio de Janeiro passaram a usar mesas e cadeiras de plástico após uma infestação de percevejos. Houve relatos de picadas do inseto em pessoas que estavam em estabelecimentos da Lapa, uma das áreas mais badaladas da cidade, e também nos bairros da Glória e do Catumbi.
Crédito: Carlos Eduardo Sobral Nogueira wikimedia commonsO restaurante Os Ximenes, por exemplo, tomou providências para manter a clientela afastando o risco de ataque dos insetos.
Crédito: DivulgaçãoOs percevejos ficam nas frestas das cadeiras de madeira dos estabelecimentos e atacam quando as pessoas se sentam. Quem não tem alergia sente a picada e pode ficar com coceira e mancha. Mas quem é alérgico pode ter reação mais grave e já houve caso que exigiu atendimento hospitalar.
Crédito: Imagem de congerdesign por PixabayPercevejos são pequenos insetos, muitas das vezes hematófagos, ou seja, alimentam-se de sangue — há também os fitófagos, que comem plantas. Originários da Ásia, se espalharam globalmente devido à migração e ao comércio internacional.
Crédito: Imagem de Chesna por PixabayEles habitam locais escuros, quentes e pouco ventilados, como camas, sofás e frestas de móveis. Esses ambientes favorecem sua sobrevivência e reprodução.
Crédito: Imagem de DerWeg por PixabayOs percevejos são bem pequenos. Eles medem entre 5 e 7 milímetros, com corpo oval e achatado. Cada fêmea põe até 500 ovos em sua vida, e as condições de calor e umidade aceleram sua proliferação. Na foto, um macho inseminando uma fêmea.
Crédito: Rickard Ignell, Swedish University of Agricultural Sciences wikimedia commonsCidades de clima tropical atraem os percevejos, já que eles gostam de calor. O Rio de Janeiro é uma cidade com grande densidade populacional, alto fluxo turístico e condições ideais para o inseto proliferar.
Crédito: PixabayAs picadas dos percevejos não são venenosas, mas podem causar coceira intensa, inchaço e vermelhidão. Para tratar, lave a área com água e sabão, aplique anti-histamínicos e evite coçar. Procure um médico.
Crédito: Imagem de FRANCO PATRIZIA por PixabayMas se a pessoa tiver alergia, ela pode ficar com urticária e anafilaxia, que devem ser tratadas com antialérgicos ou corticosteróides prescritos por médicos de forma controlada.
Crédito: Reprodução de redes sociaisRepelentes comuns contra insetos não costumam ser eficazes contra percevejos. É melhor optar por tratamentos químicos e limpeza profissional caso já haja a infestação.
Crédito: Reprodução TV TemComo prevenção, procure tomar algumas medidas simples, mas que ajudam a impedir a proliferação do percevejo. Entre elas, é importante selar as frestas dos móveis.
Crédito: reproduçãoUtilize óleos de hortelã-pimenta, lavanda, árvore do chá ou capim-limão para afastar os percevejos. Pode-se fazer um spray com esses óleos e aplicá-lo do lado de fora da mala.
Crédito: Imagem de Jill Wellington por PixabayLave as roupas de cama, cortinas e roupas pessoais regularmente por pelo menos 30 minutos. E recomenda-se que esse lavagem seja feita em água quente.
Crédito: FreepikDe vez em quando, procure secar as roupas em uma secadora, pois temperaturas elevadas, acima de 50 graus, ajudam a eliminar os percevejos.
Crédito: FreepikAspire o colchão e as áreas em volta da cama regularmente. Guarde as mochilas e as malas dentro de sacos plásticos.
Crédito: congerdesign/PixabayOs percevejos podem ser confundidos com outros pequenos insetos como as baratinhas de livros (Liposcelis), piolhos-de-pombo e ácaros devido ao tamanho reduzido e presença em locais domésticos.
Crédito: Domínio públicoAlém disso, pelo formato achatado e coloração marrom-avermelhada, os percevejos podem lembrar pequenas ninfas de baratas. Contudo, a alimentação e o comportamento de infestar colchões e móveis são características distintivas dos percevejos.
Crédito: Domínio públicoAlém de humanos, percevejos podem atacar outros mamíferos de sangue quente, como cães, gatos, coelhos e até aves domésticas, se estiverem disponíveis. Espécies relacionadas, como Cimex hemipterus, também podem atacar aves em habitats específicos.
Crédito: Divulgação/Governo de RondôniaJá o percevejo Cimex pilosellus é frequentemente associado a morcegos, pois habita cavernas ou estruturas próximas a colônias dos temidos mamíferos voadores.
Crédito: Imagem de Francisco Corado Rivera por Pixabay