Só uma vez na vida: fenômeno raro, floração das palmeiras Talipot atrai curiosos no Rio de Janeiro

No mês de novembro, um evento raro da natureza chamou a atenção de quem passava por bairros da Zona Sul do Rio de Janeiro.

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Trata-se da floração das palmeiras Talipot, espetáculo que só acontece apenas uma vez durante o ciclo de vida da espécie.

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Exemplares da palmeira floresceram no Jardim Botânico e no Aterro do Flamengo, onde foram introduzidas por Roberto Burle Marx na década de 1960.

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O fenômeno atraiu a atenção de moradores e pesquisadores, sendo considerado uma "oportunidade única" e um convite à reflexão sobre a preservação da natureza.

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"Não é qualquer um que vai ver duas vezes essa floração maravilhosa. Vim só pra isso — e valeu demais", disse ao g1 a aposentada Maria Beatriz de Albuquerque.

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“Talvez seja pra gente repensar o que estamos fazendo com o planeta. Ele tem tantas coisas lindas para nos oferecer. Vamos preservar para que meus netos também possam ver isso", refletiu ela.

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A palmeira Talipot é originária da Índia e Sri Lanka e leva de 40 a 70 anos para florescer uma única vez antes de morrer.

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A floração ocorre no topo da árvore — que pode atingir 30 metros de altura.

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O fenômeno consiste em milhões de pequenas flores amareladas, criando uma grande "coroa" na sua copa.

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Esse processo intenso de frutificação drena completamente a palmeira, levando inevitavelmente à sua morte lenta.

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"Essas flores dão origem aos frutos, que levam cerca de um ano para amadurecer. Quando os frutos caem, ela inicia o processo de morte”, esclareceu o pesquisador Marcus Nadruz.

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Segundo ele, depois do espetáculo, o Jardim Botânico do Rio tem a intenção de produzir mudas a partir dos frutos da árvore, que depois poderão ser cedidos para plantio em praças e espaços públicos.

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O florescimento materializa a visão de longo prazo de Burle Marx, que plantou as palmeiras sabendo que o espetáculo ocorreria décadas após sua morte.

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A talipot prefere climas tropicais e úmidos e cresce bem em solos profundos e bem drenados, sendo bastante valorizada em jardins botânicos e projetos paisagísticos.

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Essas palmeiras também têm profunda importância cultural em sua região de origem, onde suas folhas e sementes foram historicamente usadas em manuscritos e artesanato.

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Na Ásia, as folhas secas da talipot também são tradicionalmente utilizadas para a confecção de telhados, guarda-chuvas e esteiras.

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