Tarantino bota lenha na fogueira: “Stephen King imita criação de Wes Craven”

Quentin Tarantino, em participação no podcast "Eli Roth's History of Horror: Uncut", afirmou que "It: A Coisa", de Stephen King, seria basicamente uma cópia do filme "A Hora do Pesadelo" de Wes Craven.

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Embora tenha elogiado o estilo da escrita do autor, Tarantino disse: "O livro 'It' é a versão de Stephen King para 'A Hora do Pesadelo'. Ele apenas substitui Freddy Krueger por Pennywise [...] É como se ele tivesse pensado: 'Isso é uma ideia incrível, vou fazer minha versão'. E aí fez um romance de 560 páginas. Tire todo o glacê, toda a decoração, e o que sobra é uma cópia de A Hora do Pesadelo".

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King, anteriormente, criticou o filme de "Kill Bill" de Tarantino, chamando-o de "narcisista" e "entediante". Portanto, as rusgas vão se somando.

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Em participação em outro podcast, "The Church of Tarantino", o diretor explicou por que desistiu do filme "The Movie Critic", projeto que seria seu décimo e último filme.

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Ele disse: “Houve um desafio que me propus a fazer... Será que consigo pegar a profissão mais chata do mundo e transformá-la em um filme interessante? Todos os títulos de Tarantino prometem muito, exceto 'The Movie Critic'. Quem quer ver um filme chamado 'The Movie Critic'?”.

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Em conversa com o jornalista Baz Bamigboye, durante uma exibição de "Rolling Thunder" em Cannes, Tarantino revelou que a trama se passaria naquele mesmo ano e seria inspirada em uma pessoa real que escrevia críticas de cinema para um determinado tipo de jornal.

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A história tinha base em experiências dele próprio, que trabalhou carregando revistas do tipo em máquinas de venda quando era adolescente e se interessava pelas críticas que lia nelas.

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Tarantino é conhecido por ser um diretor sem histórias lineares. Um filme pode até começar pela cena final. Ele também é famoso por fazer filmes longos, com muita violência e sangue; por retratar personagens irônicos com diálogos ricos e inteligentes; e por usar imagens que lembram histórias em quadrinhos.

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Tarantino nasceu no Tennessee. Ele é filho do ator e músico Tony Tarantino, com a enfermeira Connie McHugh, com quem não tem uma boa relação hoje. Aos 11 anos, ele foi morar na Califórnia, com a mãe e o padrasto.

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Aos 16 anos, Tarantino foi estudar atuação e não demorou muito para escrever roteiros. Sem oportunidades, Quentin foi trabalhar justamente como balconista de uma locadora de filmes. Lá, ele conheceu Roger Avary, que viria a mudar a história do cineasta.

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Em 1987, Tarantino fez seu primeiro filme, mas de forma amadora, sem ganhar dinheiro. Na ocasião, ele escreveu e dirigiu "My Best Friend's Birthday", que tem o próprio Tarantino como um dos protagonistas.

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Uma rápida curiosidade: Quentin Tarantino também fica marcado por participar dos próprios filmes, mas geralmente são personagens com pouco espaço na trama.

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No início dos anos 90, Tarantino finalmente começou a ganhar dinheiro com seus filmes, principalmente com roteiros. Em 1991, por exemplo, ele ajudou Frank Norwood a escrever "Sombras na Noite". O filme tem direção de Jan Eliasberg.

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Em 1992, Quentin Tarantino ganhou muita projeção com "Cães de Aluguel", quando fez o roteiro do filme, ao lado de Avary, e depois dirigiu o longa de 99 minutos.

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Em 1993, foi lançado o filme "Amor à Queima-Roupa". baseado em um roteiro escrito por Tarantino após ler uma história de Avary. Desta vez, porém, a direção ficou por conta de Tony Scott.

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Em 1994, outra obra foi lançada baseada em um roteiro dele: "Assassinos por Natureza", dirigido por Oliver Stone. Ainda em 1994, Quentin Tarantino lançou "Pulp Fiction: Tempo de Violência", mas agora como diretor.

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Quentin Tarantino escreveu o filme junto com Avary, mas dirigiu sozinho o longa de 2h45. O filme até hoje passa com frequência na televisão fechada, dado o sucesso dele.

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Uma das protagonistas daquele filme foi Uma Thurman. Os dois tiveram parcerias também em "Kill Bill" 1 e 2, nos anos de 2003 e 2004. Agora, ela também está cotada para ser a protagonista do novo filme de Tarantino.

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Foi com "Pulp Fiction" que a fama internacional chegou para Quentin Tarantino. Aquela obra teve sete indicações para o Oscar, com uma premiação: a de melhor roteiro.

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Além disso, o filme recebeu 6 indicações para o Globo de Ouro, com uma vitória. Não parou por aí: "Pulp Fiction" recebeu ainda 9 indicações no BAFTA, com 7 vitórias.

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Neste embalo, Quentin Tarantino não parou mais. Só em 1994, foram outros quatro roteiros escritos. Ele voltaria a dirigir e roteirizar em 1997, com "Jackie Brown".

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É importante lembrar que Tarantino assina a trilogia "Um Drink no Inferno", cujos filmes foram lançados em 1996, 1999 e 2000.

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Tarantino lançou, em 2009, "Bastardos Inglórios". Este filme é outro grande sucesso de Quentin, com um Oscar. No ano seguinte, produziu "Machete".

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Já em 2012, foi a vez de "Django Livre" sair com 2 estatuetas. Em 2014, o cineasta lançou "Os Oito Odiados".  Nesses dois filmes, assim como e, "Bastardos Inglórios", Tarantino contou com atuações inesquecíveis de Samuel L. Jackson. 

Crédito: Reprodução / Os Oito Odiados

Durante uma coletiva de imprensa para lançamento do filme "Os Oito Odiados", Tarantino afirmou que estava perto de se aposentar. Ainda assim, viu o longa ganhar 1 Oscar, além de 3 indicações.

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Já em 2019, fez "Era Uma Vez Em... Hollywood". A obra ganhou 10 indicações ao Oscar, além de duas estatuetas. Certamente, isso deu um fôlego para o cineasta.

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Assim, somando estatuetas para ele e "para o filme", Tarantino tem 7, além de 32 indicações. São 12 Globos de Ouro, com 28 indicações. Isso sem contar prêmios menores.

Crédito: Reprodução Youtube Oscars

Por conta disso tudo, Tarantino é amplamente reconhecido como um dos maiores cineastas da história, além de já ter construído sua própria fortuna.

Crédito: Reprodução Youtube Oscars