Pesquisadores brasileiros descobriram que o veneno do escorpião Brotheas amazonicus, espécie comum da região amazônica, pode se tornar um poderoso aliado no tratamento do câncer de mama.
Os estudos foram conduzidos pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto da USP, em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e a Universidade do Estado do Amazonas (UEA).
Crédito: Wikimedia Commons/União da Juventude MestiçaEles revelaram que a toxina isolada – chamada BamazScplp1 – tem ação semelhante à do quimioterápico paclitaxel, frequentemente usado no tratamento da doença.
Crédito: Divulgação/Thiago G. CarvalhoOs testes iniciais mostraram que essa toxina age principalmente por necrose, um mecanismo eficaz contra o câncer.
Crédito: Chokniti Khongchum por PixabayO estudo foi apresentado durante o evento FAPESP Week França, em junho de 2024.
Crédito: Elton Allison/Agência FAPESPEssa pesquisa integra um esforço mais amplo, voltado para o desenvolvimento de biofármacos a partir de moléculas bioativas extraídas de venenos.
Crédito: reprodução youtubeAlém desse avanço, outras pesquisas no Brasil estão explorando substâncias de animais peçonhentos para desenvolver outros tratamentos inovadores.
Crédito: Reprodução do Youtube Canal ButantanUm dos principais resultados é o selante de fibrina, uma espécie de cola biológica usada na medicina, feita com enzimas de veneno de serpentes e crioprecipitados sanguíneos.
Crédito: Reprodução/TV UnespO produto, atualmente em fase 3 de testes clínicos, tem sido avaliado para aplicações como colagem de nervos, tratamento de fraturas e recuperação de lesões medulares.
Crédito: Harlie Raethel/UnsplashNo Centro de Inovação Teranóstica em Câncer (CancerThera), em Campinas, outra abordagem está sendo desenvolvida: a utilização de moléculas marcadas com radioisótopos para diagnosticar e tratar o câncer simultaneamente.
Crédito: DivulgaçãoA técnica vem sendo aplicada em diversos tipos de câncer, como os de fígado, pulmão, tireoide e sarcomas, além de mielomas múltiplos.
Crédito: Unsplash/National Cancer InstituteO Brotheas amazonicus é uma espécie de escorpião pertencente à família Chactidae, endêmica da região amazônica, especialmente encontrada em áreas de floresta tropical no Brasil.
Crédito: Reprodução/YouTubeÉ considerado um escorpião de porte médio, com adultos medindo entre 4 e 6 centímetros.
Crédito: Reprodução/YouTubeDiferentemente de outras espécies mais conhecidas e temidas por seu veneno potente, como o escorpião-amarelo, o Brotheas amazonicus não representa grande perigo para os seres humanos.
Crédito: flickr - José Roberto PerucaO veneno do Brotheas amazonicus é considerado de baixa toxicidade para pessoas, sendo utilizado primariamente para paralisar e capturar presas pequenas, como insetos.
Crédito: Artur Moes/UERJEste escorpião tem hábitos noturnos e vive principalmente no solo da floresta. Durante o dia, costuma se esconder sob troncos caídos, folhas e pedras.
Crédito: Reprodução/YouTubePor ser um predador de invertebrados, esse escorpião desempenha um papel importante no controle de populações de insetos na floresta amazônica.
Crédito: Wikimedia Commons/Ythier E (2018)Sua presença indica equilíbrio ambiental e boa conservação dos habitats onde vive, ou seja, ele é um indicador biológico relevante em estudos ecológicos e ambientais.
Crédito: Rogério Gribel/iNaturalistApesar de não ser considerado ameaçado, o desmatamento e a degradação da floresta amazônica podem impactar suas populações.
Crédito: Gerry van Tonder/iNaturalist