Um caso que ocorreu na Ilha de Guernsey , no Canal da Mancha, repercutiu na web e atraiu muitos comentários de indignação. É que um patrão decidiu presentear um empregado com 40 enroladinhos de salsicha pelo aniversário de 40 anos do funcionário na empresa. Ou seja, um enroladinho por cada ano de serviço!
O caso foi publicado na página Publity, que tem 40 milhões de seguidores. O profissional Kevin Parsons aceitou com gentileza o "presente", que veio acompanhado com um certificado. "Isso é triste", disse uma internauta. "Trabalhou a vida inteira", postou outra.
Crédito: Reprodução rede socialO presidente da rede de supermercados, Chris Fish, elogiou o funcionário, que começou fazendo entregas e foi transferido depois para a seção de congelados. Mas, com a notícia na internet, ele foi criticado pelo pão-durismo. (imagem ilustrativa)
Crédito:Aproveitamos a deixa, com bom humor, para falar dos lanches com salsicha que - embora não sejam propriamente indicados para presentear alguém - fazem sucesso popular no Brasil. Começamos pelo cachorro-quente da Geneal, que foi até reconhecido pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro como Bem Cultural de Natureza Imaterial da cidade .
Crédito: DivulgaçãoO Projeto de Lei n° 3.203/2024, de autoria do vereador Carlo Caiado (PSD) foi aprovado, com o argumento de que, assim como o Mate Leão e o Biscoito Globo, faz parte da cultura dos cidadãos na cidade.
Crédito: DivulgaçãoO cachorro-quente da Geneal começou a ser vendido nas ruas da Zona Sul do Rio em 1963. Ele ganhou popularidade e se espalhou, sempre com conteúdo simples que se limita ao pão e à salsicha - no máximo com catchup e/ou mostarda.
Crédito: DivulgaçãoOu seja, a Geneal mantém a tradição do cachorro-quente básico que não leva ingredientes, além da salsicha. Bem diferente dos também populares "podrões" que levam ovo de codorna, queijo parmesão, ervilha, milho, batata frita etc.
Crédito: Divulgação/Rafaelle ChaimO assunto cachorro-quente também teve uma notícia recente que ganhou repercussão. Katie McCourt, gerente e bartender do Cira, de Chicago, nos EUA, criou uma bebida à base do pão com salsicha.
Crédito: - Reprodução Redes SociaisO daiquiri é um clássico da coquetelaria, com rum e suco de limão. Mas a ‘ invenção’ do restaurante mediterrâneo viralizou por causa de um ingrediente insólito: salsicha. A bebida tem suco de limão e óleo de tomate, combinados com xarope de mostarda, licor de raiz de aipo e salsicha.
Crédito: Reprodução Redes Sociais"A mistura permite que as pessoas comam o cachorro quente e bebam os acompanhamentos”, afirmou McCourt ao Block Club Chicago. O coquetel é batido, coado e servido com uma miniguarnição de cachorro-quente.
Crédito: Imagem de Billal Bappy por PixabayO cachorro-quente (hot dog) é um lanche muito consumido nos Estados Unidos . Por lá, o preparo é com molho agridoce, picles à base de pepino, mostarda e ketchup.
Crédito: Imagem de PublicDomainPictures por PixabayNo Brasil, há varias formas de fazer o quitute. Em São Paulo, se utiliza purê de batata, enquanto no Rio de Janeiro usa-se frequentemente ovo de codorna.
Crédito: Imagem de PDPhotos por PixabayJá em solo mineiro, o prato é servido com milho verde e batata palha, enquanto, na Paraíba, é feito com carne moída e/ou frango desfiado, com carne moída e verdura picada.
Crédito: Imagem gerada por i.aEm Santa Catarina, especialmente durante a Oktoberfest, em Blumenau, além dos ingredientes tradicionais, acrescenta-se o chucrute (conserva de repolho fermentado típico da culinária germânica). O cliente também pode trocar a tradicional salsicha por linguiça.
Crédito: Thomas pixabayEm geral, acompanha-se o cachorro-quente com maionese, ketchup, mostarda, molhos à base de tomate, pimentão e cebola. Além de batata palha, salpicão, maionese caseira, maionese , tomate, beterraba, pepino, ervilha, milho, purê de batata, toucinho, requeijão, farofa, entre outros.
Crédito: Youtube/ Larica VeganaHá relatos de que o nome cachorro-quente é inspirado na história de um açougueiro de Frankfurt, na Alemanha, que resolveu batizar as salsichas que fabricava com o nome da raça de seu cachorro: Dachshund.
Crédito: Wikimedia CommonsUm imigrante alemão, Charles Feltman, levou essa salsicha para os Estados Unidos em 1880. E criou um sanduíche quente com pão, salsicha e molhos.
Crédito: Wikimedia Commons/Domínio PúblicoMas há outra teoria de que, em 1904, na cidade de Saint Louis (EUA), um vendedor de salsicha quente passou a colocar o pão para evitar que os clientes queimassem a mão segurando a salsicha. E a ideia pegou.
Crédito: Imagem de Songchai Premprasopchok por PixabayNo Brasil, por volta de 1926, o empresário Francisco Serrador, que idealizou a famosa Cinelândia, no Centro do Rio de Janeiro, lançou o cachorro-quente em seus cinemas. A novidade inspirou Lamartine Babo e Ary Barroso, a criarem em 1928, a marchinha de carnaval "Cachorro-Quente".
Crédito: Instagram @poetaviniciusdemoraesApesar da popularidade do cachorro-quente, a salsicha, ingrediente principal, tem um consumo bastante controverso. Afinal, o alimento industrializado contém grandes quantidades de gorduras, conservantes, aditivos, sódio e colesterol.
Crédito: Imagem de PublicDomainPictures por Pixabay"A salsicha fornece uma grande quantidade de proteínas. Isso pode contribuir para reduzir a desnutrição calórica. Mas é um ultraprocessado que deve ser consumido com moderação para não ser prejudicial ao organismo", destacou Paulo Henkin, nutrólogo e diretor da Abran (Associação Brasileira de Nutrologia).
Crédito: Imagem de Светлана por PixabayAtualmente, há diversos tipos de salsichas disponíveis no mercado brasileiro, com carne bovina, suína ou de frango. Elas costumam ser feitas da carne que sobra e fica presa no osso do animal e também de miúdos moídos.
Crédito: PixabayNo entanto, os conservantes e aditivos incorporados à salsicha - para garantir seu aspecto, textura, sabor e cor - são prejudiciais à saúde. De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), consumir cerca de 50 g de carne processada diariamente já é arriscado para a saúde.
Crédito: Imagem de Werner Weisser por PixabayConsumir salsicha regularmente - e outros ultraprocessados, como mortadela, linguiça, hambúrguer e frango empanado (nuggets) - aumenta o risco de diversas doenças: diabetes, obesidade, doenças cardiovasculares, hipertensão, depressão e distúrbios do humor, síndrome metabólica, asma, AVC e câncer.
Crédito: Imagem de Anne Dahl por PixabaySegundo o periódico American Journal of Preventive Medicine, o consumo de ultraprocessados está relacionado à morte prematura de 57 mil pessoas por ano no Brasil.
Crédito: Imagem de Dan-Wolfgang Wirdefalk por PixabayOs compostos químicos adicionados podem alterar o DNA do organismo, que fica mais propenso a doenças. As versões de frango e light são consideradas um pouco menos nocivas.
Crédito: Imagem de Анатолий Стафичук por Pixabay