Uma nova biografia de Yoko Ono, escrita pelo jornalista estadunidense David Sheff, propõe uma reinterpretação da trajetória da artista japonesa, desafiando a visão tradicional que a retrata como a responsável pela separação dos Beatles.
O livro “Yoko: Uma Biografia”, lançado no Brasil dia 9 de setembro pela Editora Sextante, destaca a trajetória da japonesa como pioneira na arte conceitual e feminista, além de enfocar o preconceito que enfrentou ao longo de sua carreira.
Crédito: BENJAMIN ANAYA /Wikimédia Commons“Ela ainda é vista como a megera que separou os Beatles e roubou Lennon de nós. Mas o fato é que a maioria das pessoas não conhece realmente sua história”, declarou Sheff em entrevista à revista Veja.
Crédito: Reprodução do FacebookA obra também revela detalhes íntimos sobre a vida pessoal da artista, incluindo sua reação ao receber a notícia da morte de John Lennon. Segundo o relato de Sheff, ela estava em casa quando recebeu a visita de um médico que lhe informou sobre o assassinato do marido
Crédito: Eric Koch /Wikimédia CommonsInicialmente, ela reagiu com incredulidade, dizendo: "Isso não é verdade. Você está mentindo, não pode ser, eu não acredito". Somente quando uma enfermeira lhe entregou o anel de casamento, ela compreendeu a tragédia que havia ocorrido.
Crédito: Reprodução do Instagram @yokoonoO assassinato de Lennon, ocorrido em 8 de dezembro de 1980, abalou profundamente Yoko e teve um impacto significativo em seu filho, Sean Lennon, que na época tinha apenas cinco anos.
Crédito: Reprodução do Instagram @yokoonoEsta biografia se soma a outros esforços recentes para resgatar a imagem de Yoko Ono e valorizar seu legado artístico.
Crédito: Alexander Wladimirowitsch Pljuschtschew /Wikimédia CommonsAos 92 anos, ela vive de forma reclusa em uma fazenda no norte do estado de Nova York, mas sua obra continua a ser celebrada mundialmente, como evidenciado pela retrospectiva realizada na Tate Modern em Londres em 2024.
Crédito: Reprodução do Instagram @yokoonoYoko Ono nasceu em Tóquio, capital do Japão, no dia 18 de fevereiro de 1933. Ela é uma artista multimídia, cantora, compositora e ativista pela paz.
Crédito: Reprodução do Instagram @yokoonoFilha de uma pianista clássica e de um banqueiro, sua infância foi marcada pelos desafios da Segunda Guerra Mundial e pelas transformações sociais no Japão.
Crédito: Reprodução do Instagram @yokoonoApós o conflito, sua família se mudou para os Estados Unidos, onde Yoko estudou filosofia, música e literatura no Sarah Lawrence College, em Nova York, iniciando sua trajetória artística em um ambiente cosmopolita e intelectual.
Crédito: Reprodução do Instagram @yokoonoNos anos 1950 e 1960, Yoko integrou o movimento vanguardista Fluxus, tornando-se referência na arte conceitual e performática.
Crédito: Reprodução do Instagram @yokoonoEntre suas obras mais conhecidas está a performance "Cut Piece", de 1964, em que o público era convidado a cortar pedaços de sua roupa enquanto ela permanecia imóvel, provocando reflexões sobre vulnerabilidade, poder e a presença da mulher na arte.
Crédito: Reprodução do Instagram @yokoonoA relação de Yoko Ono com John Lennon começou em 1966 e foi um marco tanto na vida pessoal quanto na carreira de ambos. O casal se conheceu em uma exposição de arte da japonesa em Londres, e o músico rapidamente se interessou por sua abordagem em relação à arte e à vida.
Crédito: Reprodução do Instagram @yokoonoA partir desse encontro, iniciou-se uma colaboração artística que viria a ter impacto profundo na música e na cultura popular. Em 1969, Yoko e Lennon se casaram e formaram a Plastic Ono Band, grupo que se tornaria o veículo de suas experiências musicais e políticas.
Crédito: Reprodução do Instagram @yokoonoA presença de Yoko ao lado de Lennon foi frequentemente apontada como fator de tensão nos Beatles, principalmente durante o período de gravação dos álbuns “Let it Be” e “Abbey Road” e do fim da banda.
Crédito: Reprodução do Instagram @yokoonoEla participava ativamente das sessões de estúdio, o que gerou críticas de outros integrantes e alimentou a narrativa de que teria sido responsável pela separação do grupo.
Crédito: - Reprodução do Instagram @yokoonoO casal tornou-se conhecido internacionalmente pelo ativismo pela paz, realizando eventos icônicos como o "Bed-In for Peace" em Amsterdã e em Montreal, em 1969. Durante essas ações, Yoko e Lennon utilizavam sua visibilidade para protestar contra guerras e promover mensagens de amor e não violência, criando uma imagem pública que unia música, arte e engajamento social.
Crédito: Reprodução do Instagram @yokoonoApós o assassinato de John Lennon em 1980, Yoko Ono enfrentou o luto e a pressão da opinião pública, mantendo-se fiel à preservação do legado do ex-marido.
Crédito: Reprodução do Instagram @yokoonoEla continuou a produzir música, lançando álbuns como "Milk and Honey", de 1984, que trazia gravações feitas por Lennon antes de sua morte, e realizou diversas exposições de arte ao redor do mundo.
Crédito: Reprodução do Instagram @yokoonoAo longo de sua trajetória, Yoko também se engajou em causas humanitárias e feministas, consolidando sua reputação como artista de vanguarda e defensora da paz mundial.
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