Economia
Alta da Selic impacta no sonho da casa própria e na geração de novos empregos
Essa é a quarta alta seguida e a taxa está no maior nível desde setembro de 2023
O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) aumentou a taxa Selic, juros básicos da economia, em 1 ponto percentual, chegando a 13,25% ao ano. Os juros mais altos implicam diretamente em aumento no custo de financiamento de imóveis, tanto na parcela quanto no valor total pago ao longo dos anos.
Segundo Cláudio Hermolin, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Rio de Janeiro (Sinduscon-Rio), a geração de novos empregos também está comprometida.
“A taxa Selic aumentou 1%, chegando a 13,25% ao ano, com uma tendência de novos aumentos. Isso impacta diretamente os custos de crédito à produção, postergando investimentos que gerariam novos empregos. E também impacta o custo do crédito para a compra do imóvel, aumentando o valor das parcelas e afastando milhares de famílias do sonho da casa própria”, afirmou Hermolin.
Em nota, a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) afirma que a decisão do Copom “intensifica os desafios enfrentados pela economia brasileira”. Diz ainda que “os juros elevados restringem o acesso ao crédito, dificultam investimentos e ampliam as despesas financeiras de famílias e empresas”.
Para Marcos Saceanu, presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-RJ) e da Piimo Empreendimentos Imobiliários, apesar de já previsto há algumas semanas, a alta da taxa Selic também preocupa e impacta o mercado imobiliário carioca.
“Aumenta o custo de crédito e as taxas de financiamento, num momento em que o mercado está bem aquecido e com atividade forte. Temos muitos lançamentos previstos para 2025 em todas as regiões da cidade, e a esperança dos empresários é de que esse ciclo de alta seja revertido ainda este ano”, ressalta.
Em nota enviada à imprensa, a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) afirma que a decisão do Copom “intensifica os desafios enfrentados pela economia brasileira”. Diz ainda que “os juros elevados restringem o acesso ao crédito, dificultam investimentos e ampliam as despesas financeiras de famílias e empresas”.
Essa é a quarta alta seguida e a taxa está no maior nível desde setembro de 2023, quando também estava em 13,25% ao ano.