Economia
Aposentados estão ansiosos com nova antecipação do 13º salário
Veja também quando trabalhadores CLT recebem e como calcular o valor
O 13º salário é um benefício aguardado por milhões de brasileiros, incluindo aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e trabalhadores do setor privado. Este abono é crucial para o planejamento financeiro de muitas famílias, além de injetar bilhões na economia, aquecendo setores como comércio e serviços. Em 2025, a expectativa é alta, especialmente devido à possibilidade de antecipação dos pagamentos aos segurados do INSS, uma prática que tem se repetido desde 2020.
Para os trabalhadores regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), as datas seguem prazos fixos definidos por lei, garantindo previsibilidade. Com mais de 90 milhões de pessoas potencialmente beneficiadas entre os dois grupos, o cronograma de liberação desperta interesse generalizado. A seguir, serão abordados os detalhes sobre como esses pagamentos devem ocorrer em 2025.
Como funciona a antecipação do 13º salário do INSS?
A possibilidade de antecipar o décimo terceiro para aposentados e pensionistas do INSS em 2025 é um dos assuntos mais aguardados pelos segurados. Desde o início da pandemia de Covid-19, o governo federal adotou essa medida para oferecer suporte financeiro em um período de crise. O que começou como uma resposta emergencial se transformou em uma estratégia recorrente de estímulo econômico.
Em 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou um decreto em março que liberou as parcelas em abril e maio, injetando bilhões no mercado em um momento de recuperação pós-pandemia. Para 2025, embora ainda não haja anúncio oficial até março, a expectativa é que o governo mantenha o padrão, com a primeira parcela sendo paga entre o final de abril e o início de maio, e a segunda entre maio e junho.
Qual é o cronograma de pagamento para trabalhadores do setor privado?
Diferentemente dos segurados do INSS, os trabalhadores com carteira assinada têm um cronograma fixo para o 13º salário, garantido pela Constituição Federal desde 1962. As empresas são obrigadas a pagar o benefício em duas parcelas: a primeira até 30 de novembro e a segunda até 20 de dezembro. O valor corresponde a um salário mensal integral para quem trabalhou o ano todo, ou é calculado proporcionalmente aos meses trabalhados.
Para empregados com remuneração variável, como comissões ou horas extras, o cálculo leva em conta a média anual, ajustada na segunda parcela, que também inclui descontos como INSS e Imposto de Renda. Em 2024, o benefício beneficiou cerca de 60 milhões de trabalhadores formais, e a expectativa para 2025 é de crescimento, acompanhando a correção do salário mínimo.

Como é calculado o valor do 13º salário?
O valor do 13º salário varia conforme o perfil do beneficiário. Para os segurados do INSS, ele equivale ao benefício mensal recebido, pago integralmente a quem esteve ativo o ano todo ou proporcionalmente ao tempo de recebimento. Um aposentado que ganha o salário mínimo de R$ 1.518 em 2025, por exemplo, receberá R$ 759 na primeira parcela e o restante na segunda, já com eventuais descontos de Imposto de Renda, se aplicável.
No setor privado, o cálculo considera o salário bruto, dividido por 12 e multiplicado pelos meses trabalhados. Um trabalhador com salário de R$ 3.000 que atuou o ano inteiro receberá R$ 1.500 em cada parcela, ajustando-se na segunda para encargos trabalhistas. Horas extras e comissões entram na média anual, garantindo um valor mais justo para quem tem renda variável.
Qual é o impacto econômico do décimo terceiro em 2025?
O pagamento do 13º salário tem um peso significativo na economia brasileira, respondendo por cerca de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) anual. Em 2024, os mais de R$ 320 bilhões liberados entre INSS e setor privado aqueceram o consumo em períodos estratégicos, como o primeiro semestre, com a antecipação do INSS, e o fim do ano, com os depósitos das empresas. Para 2025, a projeção é de um volume ainda maior, considerando o crescimento do número de beneficiários e o reajuste salarial.
Nas cidades menores, o efeito é ainda mais evidente. Aposentados e pensionistas do INSS muitas vezes sustentam a economia local, especialmente em regiões onde o comércio depende desses recursos. No setor privado, o benefício de fim de ano impulsiona as vendas de Natal, beneficiando varejistas e prestadores de serviços. A antecipação do INSS, se confirmada, pode aliviar a pressão financeira no início do ano, período tradicionalmente marcado por gastos com impostos e matrículas escolares.