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Economia

Atenção usuários do Pix! Fraudes crescem assustadoramente, alerta o Banco Central

Golpes digitais crescem no Brasil; BC implementa alertas e limitações para proteger usuários do sistema de pagamentos instantâneos.​

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Uma mensagem, um clique e seu dinheiro desaparece do Pix
Pix (Créditos: depositphotos.com / rafapress)

O sistema de pagamentos instantâneos Pix, lançado pelo Banco Central do Brasil, tem revolucionado a forma como transações financeiras são realizadas no país. No entanto, o aumento da popularidade do Pix também trouxe consigo um crescimento significativo nas fraudes associadas a ele. Em 2024, foram registradas mais de 11 milhões de queixas de fraude, das quais 4,7 milhões foram confirmadas, resultando em prejuízos de quase R$ 6,5 bilhões para os correntistas.

Esse aumento nas fraudes representa um crescimento de cerca de 80% em relação ao ano anterior. Apesar dos esforços do Banco Central para mitigar esses riscos, como a devolução de aproximadamente R$ 459 milhões aos usuários lesados, ainda há desafios significativos a serem enfrentados. A complexidade das fraudes e a rapidez com que os criminosos conseguem movimentar os valores roubados dificultam a recuperação dos montantes.

Como o Banco Central está combatendo as fraudes no Pix?

O Banco Central implementou o Mecanismo Especial de Devolução (MED) em novembro de 2021, como uma tentativa de aumentar a segurança nas transações realizadas via Pix. Este mecanismo permite que as instituições financeiras solicitem a devolução de valores transferidos de forma fraudulenta. Em 2024, foram feitos 5 milhões de pedidos de devolução, dos quais apenas 1,56 milhão foram aceitos.

PIX – Créditos: depositphotos.com / rafapress

Um dos principais obstáculos enfrentados pelo Banco Central é a falta de saldo nas contas de destino das transações fraudulentas, o que impossibilita a devolução completa dos valores. Em muitos casos, as quadrilhas criminosas dispersam rapidamente os valores entre várias contas laranjas, dificultando ainda mais a recuperação dos fundos.

Quais são as medidas de segurança adicionais?

Além do MED, o Banco Central utiliza o sistema Dict, que coleta informações das contas transacionais, como CPF e CNPJ, para rastrear atividades suspeitas. No entanto, o rastreamento pode ser interrompido após um certo número de transferências, devido a limitações tecnológicas. As instituições financeiras têm a capacidade de marcar CPFs ou CNPJs envolvidos em fraudes, encerrando contas associadas a atividades criminosas.

Há também uma colaboração com a Polícia Federal para o compartilhamento de informações sobre crimes financeiros virtuais. Essa cooperação visa fortalecer a capacidade de resposta a fraudes e garantir que os criminosos sejam responsabilizados por suas ações.

Como solicitar a devolução de um Pix após um golpe?

As vítimas de fraudes devem solicitar a devolução à sua instituição financeira em até 80 dias após a transação suspeita. O banco analisará o caso e, se considerar que o pedido atende aos critérios do MED, bloqueará a quantia na conta do recebedor. O processo de análise leva até sete dias, e a devolução do dinheiro, se aprovada, ocorre em até 96 horas.

Em abril de 2025, o Banco Central anunciou que está trabalhando na implementação de um sistema de autoatendimento para o MED, que permitirá aos usuários contestar transações diretamente através dos aplicativos bancários. Essa mudança visa agilizar o processo de devolução e aumentar as chances de recuperação dos valores transferidos indevidamente.

O Futuro do Pix e a Segurança Financeira

O Pix continua a ser uma ferramenta poderosa para facilitar transações financeiras no Brasil. No entanto, a segurança do sistema é uma preocupação constante. O Banco Central e as instituições financeiras estão empenhados em melhorar as medidas de segurança e em educar os usuários sobre práticas seguras de uso do Pix.

Com a implementação de novas tecnologias e a colaboração entre diferentes entidades, espera-se que o número de fraudes diminua nos próximos anos. O sucesso do Pix depende não apenas da inovação tecnológica, mas também da confiança dos usuários no sistema. Portanto, a luta contra as fraudes é uma prioridade contínua para garantir a integridade e a eficiência do sistema de pagamentos instantâneos no Brasil.