Trump nega impacto de tarifas na queda do PIB e pede paciência
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Após queda do PIB dos EUA no 1º trimestre, Trump diz que tarifaço “não tem nada a ver”

Presidente dos EUA, que tem enfrentado crescente desaprovação na área econômica, se revoltou nas redes sociais

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(Foto: Reprodução/ Agência Brasil)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira (30) que a recente contração da economia americana não está relacionada à sua política de tarifas sobre importações. “Isso não tem NADA A VER COM TARIFAS”, escreveu o republicano nas redes sociais.

“Este é o mercado de ações de Biden, não de Trump. Só assumi em 20 de janeiro. As tarifas começarão a valer em breve, e as empresas estão começando a se mudar para os EUA em números recordes. Nosso país prosperará, mas precisamos nos livrar do ‘excesso’ de Biden”, disse. “Sejam pacientes!”, completou.

A declaração veio após a divulgação dos dados preliminares do Departamento do Comércio, que indicam uma queda de 0,3% no Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no primeiro trimestre de 2025, em taxa anualizada. O resultado frustrou as expectativas de analistas, que previam crescimento de 0,3%, e foi puxado por um aumento expressivo nas importações — reflexo da corrida de empresas para antecipar compras antes da entrada em vigor das novas tarifas.

Trump, que completou 100 dias no cargo, tem enfrentado crescente desaprovação na área econômica. Eleito com promessas de revitalizar a economia e conter a inflação, o presidente agora lida com índices de confiança do consumidor em queda e empresários preocupados com os impactos das tarifas. Companhias aéreas e setores industriais citam incertezas provocadas pelas medidas, enquanto economistas alertam para o aumento de custos às famílias e empresas.

Mesmo assim, Trump reforça sua aposta no tarifaço como estratégia para estimular a produção nacional e atrair empresas de volta ao país. No início do mês, ele implementou tarifas “recíprocas” que atingem mais de 180 países. Após críticas crescentes, assinou nesta semana uma ordem para reduzir os efeitos sobre o setor automotivo, oferecendo créditos e isenções a fabricantes.

As novas tarifas de 25% sobre peças automotivas importadas devem entrar em vigor nos próximos dias, mantendo alta a tensão entre empresários e governo.