Corrida pela sucessão papal se intensifica às vésperas do conclave

A sucessão papal domina as atenções no Vaticano, enquanto aumentam as especulações sobre quem será o próximo líder da Igreja Católica. Com o feriado do Dia do Trabalho, celebrado em 1º de maio, os cardeais ainda não iniciaram formalmente as congregações — encontros preparatórios em que discutem os rumos da Igreja e o perfil ideal do futuro Papa.

Segundo o repórter Rodrigo Craveiro, do Correio Braziliense, enviado especial ao Vaticano, essas congregações são fundamentais para o processo. “Elas permitem que os cardeais troquem ideias, se conheçam melhor e construam as bases para a escolha do novo pontífice”, explica. A fase decisiva começa oficialmente em 7 de maio, quando será aberto o conclave.

Cardeais cotados para o conclave

Entre os nomes em destaque está o do cardeal Mario Grech, de Malta, atual secretário-geral do Sínodo dos Bispos. Ele tem ganhado força e é apontado como figura influente nos bastidores do Vaticano. Outro possível sucessor é Pierbattista Pizzaballa, patriarca latino de Jerusalém, cuja postura moderada e alinhada ao Papa Francisco o coloca entre os principais cotados.

O cardeal italiano Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, continua no radar, mas, segundo relatos, seu nome perdeu fôlego nos últimos dias. “Nas ruas de Roma, muitos ainda mencionam Parolin, mas o entusiasmo diminuiu”, relata Craveiro.

Já o cardeal húngaro Péter Erdő, ligado a uma ala mais conservadora, aparece nas apostas, embora também venha perdendo espaço.

As congregações se intensificam nos próximos dias, com encontros que refletirão os desafios e prioridades atuais da Igreja. A partir da próxima semana, todos os olhos estarão voltados à Capela Sistina, onde o conclave definirá o novo Papa.