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Sargento engana PMs e mata esposa durante consulta médica na frente da filha

Vítima levou tiros e facadas diante da filha; criança também foi baleada e segue no hospital

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Foto: Reprodução/Redes sociais

Um crime brutal chocou a cidade de Santos, no litoral de São Paulo, nesta semana. O sargento Samir Carvalho, da Polícia Militar, é acusado de ter enganado colegas de farda para cometer o assassinato da própria esposa, Amanda Fernandes, dentro de uma clínica médica, onde ela estava acompanhada da filha do casal, de apenas 10 anos.

De acordo com o registro da Polícia Civil, Amanda havia alertado o médico durante a consulta de que o marido estava “atrás dela”. O profissional se trancou com a paciente e a filha em uma sala e acionou a PM. Quando os policiais chegaram, Samir levantou a camisa e fingiu estar desarmado. Assim que a porta foi aberta, ele se aproveitou da distração dos PMs, pegou uma arma escondida em outra sala e atirou contra Amanda e a criança.

Como ocorreu o ataque dentro da clínica médica?

Segundo a investigação conduzida pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Santos, Samir não apenas disparou vários tiros, como também teria usado uma faca para desferir cerca de dez golpes na esposa, que morreu no local. A filha, ferida pelos tiros, foi socorrida à Santa Casa de Santos, que informou não ter autorização para divulgar seu estado de saúde.

A versão da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), no entanto, difere da apresentada pela Polícia Civil. Em nota oficial, a SSP-SP afirmou que os policiais chegaram após Amanda já estar morta, e encontraram a filha baleada na clínica.

A Delegacia de Defesa da Mulher e a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo não se pronunciaram sobre a divergência na versão dos fatos.

O que acontece agora com o sargento Samir Carvalho?

Após o crime, Samir foi detido e conduzido à Delegacia da Mulher, onde o caso está sendo apurado como feminicídio, tentativa de homicídio e fraude processual, pela forma como teria manipulado a cena e enganado os colegas policiais. A Polícia Militar também acompanha o andamento das investigações.

O caso levanta mais uma vez o debate sobre violência doméstica e feminicídio praticado por agentes de segurança, e deve gerar novas discussões sobre protocolos de abordagem em situações de risco envolvendo familiares de policiais.