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Automobilismo

Nissan fecha fábricas e corta empregos para evitar colapso

Com prejuízos e concorrência acirrada, a Nissan aposta tudo em mudanças radicais. Entenda o que pode acontecer até 2027.

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Nissan fecha fábricas e corta empregos para evitar colapso
Logo da Nissan -Créditos: depositphotos.com / jetcityimage2

Em um movimento estratégico significativo, a Nissan anunciou um plano de reestruturação que visa otimizar suas operações globais. Este plano inclui o fechamento de várias fábricas e a redução de milhares de empregos até 2027, como parte de um esforço para restaurar a lucratividade da empresa. A iniciativa, denominada “Re:Nissan”, busca simplificar processos e aumentar a eficiência.

Atualmente, a Nissan opera em 17 locais de produção ao redor do mundo, mas planeja reduzir esse número para 10. Nos Estados Unidos, a empresa mantém três fábricas, empregando cerca de 16 mil pessoas, além de uma unidade no México. A reestruturação é uma resposta aos desafios financeiros enfrentados pela montadora nos últimos anos.

Quais são os principais focos do plano “Re:Nissan”?

O plano “Re:Nissan” visa principalmente a simplificação das operações e a redução de custos. A montadora pretende diminuir a complexidade de suas peças em 70% e reavaliar sua estratégia de motores. Além disso, a Nissan decidiu cancelar a construção de uma nova fábrica de baterias no Japão, optando por investir em tecnologias mais avançadas.

Outro objetivo é acelerar o desenvolvimento de novos veículos, reduzindo o tempo necessário de 37 para 30 meses. Até 2035, a Nissan pretende operar com apenas sete plataformas globais, uma redução significativa em comparação com as 13 atuais. Essas mudanças são projetadas para aumentar a eficiência e a competitividade da empresa no mercado global.

Quais são os desafios e estratégias futuras da Nissan?

A Nissan enfrenta desafios em mercados importantes, como os Estados Unidos, onde a demanda por sedãs, um segmento tradicionalmente forte para a empresa, está em declínio. A montadora também foi lenta em atualizar seus modelos de crossovers e expandir sua linha de veículos elétricos após o lançamento do Leaf.

Além disso, a marca de luxo Infiniti não recebeu a atenção necessária nos últimos anos, resultando em um futuro incerto no mercado premium. A tentativa de fusão com a Honda, que poderia ter sido uma aliança estratégica importante, também não se concretizou, forçando a Nissan a buscar novas oportunidades de parceria.

Nissan fecha fábricas e corta empregos para evitar colapso
Logo da Nissan – Créditos: depositphotos.com / apichart

De que maneira a Nissan pretende enfrentar a concorrência crescente?

Para enfrentar a concorrência crescente, especialmente de fabricantes sul-coreanos e chineses, a Nissan está focada em revitalizar sua marca Infiniti e expandir sua presença em segmentos em crescimento, como o de veículos híbridos. A empresa também está buscando sinergias entre suas marcas para fortalecer sua posição no mercado.

Com o plano de recuperação, a Nissan espera retornar à lucratividade operacional até o ano fiscal de 2026. A ascensão das montadoras chinesas, que têm conquistado participação de mercado em várias regiões, representa um desafio contínuo para a Nissan e outras fabricantes japonesas.

Qual é o futuro da Nissan no mercado global?

A Nissan está em um ponto crítico de sua história, com a necessidade de se adaptar rapidamente às mudanças do mercado automotivo global. A implementação bem-sucedida do plano “Re:Nissan” será crucial para a empresa enfrentar a pressão competitiva e garantir sua posição em mercados estratégicos ao redor do mundo.

Com uma abordagem focada em eficiência e inovação, a Nissan busca não apenas superar seus desafios atuais, mas também se posicionar como uma líder no setor automotivo nos próximos anos. A capacidade da empresa de se reinventar será determinante para seu sucesso futuro.