“Não há protocolo que me cale”, diz Janja após polêmica na China
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“Não há protocolo que me faça calar”, diz Janja após fala polêmica na China

Primeira-dama rebate acusações de quebra de protocolo e afirma que usará sua voz para defender crianças e adolescentes

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Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, respondeu publicamente nesta segunda-feira (19) às críticas por sua participação em um jantar oficial com o presidente chinês Xi Jinping, durante a visita do presidente Lula à China. Acusada de ter “quebrado o protocolo diplomático” ao comentar os impactos do TikTok sobre crianças e adolescentes, Janja rebateu: “Não há protocolo que me faça calar”.

A declaração foi feita durante a Abertura da Semana Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, em Brasília. Em tom firme, Janja reafirmou seu compromisso com a proteção da infância:

“Eu quero dizer que a minha voz vocês podem ter certeza que vai ser usada para isso. E foi para isso que ele foi usada na semana passada quando eu me dirigi ao presidente Xi Jinping após a fala do meu marido sobre uma rede social. Então, eu quero dizer que eu, como mulher, não admito que alguém me dirija dizendo que eu tenho que ficar calada. Eu não me calarei quando for para proteger a vida das nossas crianças e dos nossos adolescentes”.

Veja o discurso da primeira-dama:

O que aconteceu na reunião com Xi Jinping?

A repercussão da fala gerou desconforto entre diplomatas e críticas nas redes sociais, com alegações de que ela teria interferido em um momento reservado à diplomacia oficial. No entanto, Lula saiu em defesa da esposa, dizendo que a atitude foi apropriada e necessária.

“Eu perguntei ao companheiro Xi Jinping se era possível ele enviar para o Brasil uma pessoa da confiança dele para discutirmos a questão digital, sobretudo do Tik Tok. Aí a Janja pediu a palavra para explicar o que é que está acontecendo no Brasil, sobretudo contra as mulheres e contra as crianças”, afirmou Lula.

Como Janja reagiu às críticas?

A primeira-dama atribuiu a polêmica a um viés machista e misógino. “Vejo machismo e misoginia da parte de quem presenciou a reunião e repassou de maneira distorcida o que aconteceu. E vejo a amplificação da misoginia por parte da imprensa, e me entristece que essa amplificação tenha o engajamento de mulheres”, completou.

Janja reforçou que continuará atuando em pautas sociais, especialmente em defesa das crianças, adolescentes e mulheres, mesmo diante de pressões para se silenciar.