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Tendência perigosa? A moda de 2025 e o impacto da magreza extrema na sociedade

O Ozempic na passarela? A moda de 2025 choca ao trazer de volta a magreza extrema

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Tendência perigosa? A moda de 2025 e o impacto da magreza extrema na sociedade
Ozempic - Créditos: depositphotos.com / marcbruxelle

Nos últimos anos, a moda parecia estar caminhando em direção a uma maior inclusão e diversidade corporal. Termos como “inclusão” e “body positivity” ganharam destaque em campanhas publicitárias e nas redes sociais. No entanto, em 2025, observa-se um retorno ao culto à magreza extrema, agora com um novo elemento: a prescrição médica.

Os dados recentes são reveladores. Em 2020, 86 modelos plus size participaram das principais semanas de moda, representando 2,8% dos corpos nas passarelas. Em 2025, esse número caiu drasticamente para 0,3%. Essa redução reflete um fechamento das portas que a indústria da moda parecia ter aberto para a diversidade corporal.

Por que a magreza extrema está de volta?

O retorno à magreza extrema pode ser atribuído a uma combinação de fatores culturais e comerciais. De um lado, medicamentos como Ozempic e Mounjaro ganharam popularidade por oferecerem uma perda de peso rápida. De outro, campanhas publicitárias continuam a exibir alimentos como adereços, mas raramente mostram pessoas consumindo-os.

Essa tendência não se limita ao mundo da moda. A indústria alimentícia também está se adaptando, desenvolvendo produtos específicos para aqueles que utilizam esses medicamentos. Além disso, celebridades como Kourtney Kardashian estão lançando suplementos que complementam o uso de tais medicamentos.

Como a indústria da moda influencia a percepção corporal?

A moda tem um papel significativo na formação de padrões de beleza e na percepção corporal. A volta da magreza extrema, agora associada a medicamentos, representa não apenas uma mudança estética, mas também cultural. Essa mudança afeta como as pessoas veem seus corpos, como se alimentam e como se vestem.

O paradoxo visual criado por campanhas que exibem alimentos sem serem consumidos reflete uma estética do sacrifício, onde a magreza é alcançada não pelo jejum, mas pela medicação. Essa tendência levanta questões sobre o papel da indústria em moldar desejos e padrões corporais.

Quais são as implicações culturais dessa tendência?

O retorno à magreza extrema na moda não é apenas um retrocesso estético, mas também cultural. Ele sugere que, apesar dos avanços em diversidade e inclusão, a indústria ainda valoriza um padrão corporal restrito. Isso pode impactar negativamente a autoestima e a saúde mental de muitas pessoas.

Além disso, a tendência de associar magreza a medicamentos levanta preocupações sobre a medicalização do corpo e a pressão para se conformar a padrões de beleza potencialmente prejudiciais. A moda, que se autoproclama inovadora, parece estar repetindo velhos padrões em vez de promover uma verdadeira inclusão.

O que o futuro reserva para a diversidade na moda?

Enquanto a moda continua a oscilar entre inclusão e exclusão, a questão permanece: quem realmente impulsiona essas tendências? Seriam os consumidores ou a própria indústria? Independentemente da resposta, é crucial lembrar que corpos não são tendências e que a verdadeira inovação reside na celebração da diversidade.

Para a moda se manter relevante e progressista, é essencial que ela abrace todos os tipos de corpos e promova uma imagem mais saudável e inclusiva. Caso contrário, corre o risco de alienar uma geração que valoriza a autenticidade e a diversidade.