Energia
Secretário do Ministério de Minas e Energia diz que não há mal em explorar petróleo na Foz da Margem Equatorial
Ele participou de seminário na Fundação Getúlio Vargas
Durante palestra no Centro Cultural da Fundação Getúlio Vargas, nesta quinta-feira (29), o Secretário de Petróleo, Gás e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, Pietro Mendes, disse que não vê mal algum em o país explorar novas fronteiras de Petróleo, como é o caso da Foz da Margem Equatorial, pois isso seria privilegiar aqueles que têm grandes reservas de combustíveis.
“A gente entende que isso não é o posicionamento que deve ser adotado pelo Governo brasileiro, até porque você privilegia países que têm grandes reservas, e a gente não foi responsável ao longo do tempo pela maior parte das emissões que causam o efeito estufa. Então não tem por que prejudicar o Governo, o Brasil, não avançar em áreas de novas fronteiras e, notadamente, a margem equatorial, nós não vemos nenhuma incompatibilidade”, disse o secretário.
Pietro Mendes também disse esperar que na COP30, o país seja reconhecido como produtor de combustíveis sustentáveis.
“Que o Brasil possa atingir as metas e são consideradas muito ousadas as metas das NDCs brasileiras. Por todos os representantes internacionais com quem a gente tem oportunidade de falar, a gente precisa combinar bioenergia com CCS. O BEX é fundamental para tornar a captura negativa do carbono e a gente espera que na COP30, assim como houve no G20, haja um reconhecimento do combustível sustentável produzido no Brasil”, finalizou.
O 12º Seminário Sobre Matriz e Segurança Energética Brasileira foi realizado pelo Centro de Estudos de Energia da Fundação Getúlio Vargas, na Praia de Botafogo.
O evento abordou temáticas como: a transição energética, produtividade e reposição de reservas de óleo e gás, IA generativa – produção e consumo de energia, armazenamento, financiamento sustentável e planejamento energético brasileiro.
Ao longo de suas edições, o Seminário já reuniu mais de 3.300 participantes, contando com a presença de mais de 165 autoridades e o apoio de mais de 40 empresas internacionais e nacionais.