Projeto de expansão do metrô tem investimento de R$ 28 bi e túnel subaquático

O Governo do Estado anunciou nesta segunda-feira (9) o projeto de expansão do metrô, estimado em R$ 28,8 bilhões. A proposta, lançada em parceria com a Secretaria de Transportes e a Riotrilhos, prevê a criação da Linha 3, a ligação entre Estácio e Praça XV, e a extensão da Linha 4 até o Recreio dos Bandeirantes.

A iniciativa promete transformar a mobilidade urbana da Região Metropolitana, com previsão de entrega dos primeiros trechos em 2031 e conclusão total até o fim de 2032. O anúncio foi feito com a presença do secretário estadual de Transportes, Washington Reis, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, o ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, e prefeitos de outros municípios da Região Metropolitana.

Quais são os trechos previstos no novo plano do metrô?

A futura Linha 3 (Praça XV- Niterói – Guaxindiba), será a primeira intermunicipal do estado, conectando Rio, Niterói e São Gonçalo, com possível extensão até Itaboraí. Serão 28 quilômetros e 15 estações, com capacidade de atender até 650 mil passageiros por dia. O trajeto entre Niterói e São Gonçalo, que hoje leva até duas horas, será reduzido para apenas 40 minutos.

Um dos destaques do projeto é o túnel subaquático entre as estações Praça XV e Arariboia, que será escavado sob a Baía de Guanabara, segundo o Plano Diretor Metroviário (PDM). Após esse trecho, o metrô seguirá pela superfície até Guaxindiba, próximo à BR-101, facilitando a integração com outros modais.

Ligação Estácio–Praça XV e a expansão da Linha 4

O trecho entre Estácio e Praça XV seguirá pela Rua Frei Caneca e terá uma estação em Catumbi, nos fundos da Praça da Apoteose. Essa nova conexão permitirá a separação dos trilhos das Linhas 1 e 2, eliminando cruzamentos operacionais nas estações Central e Botafogo. A mudança deve melhorar os intervalos da Linha 2, otimizando o fluxo de passageiros.

Já a extensão da Linha 4 levará o metrô do Jardim Oceânico até o Recreio dos Bandeirantes, tendo o Terminal Alvorada como ponto central de integração. O objetivo é conectar a nova malha metroviária com outros meios de transporte e aumentar a eficiência da mobilidade urbana na Zona Oeste.

Como será feito o financiamento do projeto?

O investimento será realizado por meio de parcerias público-privadas, com apoio do Governo do Estado, prefeituras e do BNDES. As primeiras licitações e contratações devem ocorrer no início de 2026. Os custos estão divididos da seguinte forma:

• Estácio – Praça XV: R$ 4,4 bilhões
• Linha 3 (Praça XV – Guaxindiba): R$ 14,6 bilhões
• Extensão da Linha 4 até o Recreio: R$ 9,8 bilhões